OS EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO NA ECONOMIA
Por: José De Oliveira Costa • 28/10/2017 • Trabalho acadêmico • 1.460 Palavras (6 Páginas) • 443 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
Alexandre Marchesano Costa
EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO NA ECONOMIA
São Paulo
2016
Alexandre Marchesano Costa
Efeitos da taxa de câmbio na economia
Atividade apresentada ao Centro Universitário SENAC, como exigência parcial para aprovação na disciplina Finanças Internacionais do 8º semestre do curso de Bacharelado em Administração, sob a orientação do Prof. / Dr. André Martins de Almeida.
São Paulo
2016
Introdução
Atualmente as economias de todos os países estão interligadas, havendo uma integração ainda maior dos meios de comunicação, dos mercados e dos transportes. Esse processo de interligação das economias ficou conhecido como globalização, com essa maior interação entre os países, as relações econômicas internacionais desempenham um papel fundamental para as nações. No entanto, cada país possui a sua própria moeda e para que as transações econômicas ocorram entre eles é preciso que haja uma regra de conversão que permita a comparação entre moedas diferentes, essa regra é a taxa de câmbio.
A taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações da moeda nacional. No Brasil, o dólar dos Estados Unidos é a moeda estrangeira mais negociada, fazendo com que a cotação comumente utilizada seja a dessa moeda. A taxa de câmbio reflete o custo de uma moeda em relação à outra. As cotações apresentam taxas para a compra e para a venda da moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central. Se os agentes no Brasil procuram muito pelo dólar a demanda de moeda estrangeira é alta, com isso o seu preço deve subir, ou seja, a taxa de câmbio deve aumentar.
Quando temos um aumento da taxa cambial, ocorre uma desvalorização cambial, pois a moeda nacional sofreu uma perda no seu poder de compra. Quando ocorre o contrário, há um excesso de dólar no mercado brasileiro, ou seja, a oferta de moda estrangeira está alta, se um bem existe em abundância o seu preço deve cair, dessa forma a taxa de câmbio sofre uma queda, a partir dessa queda ocorre a valorização cambial, pois houve um aumento do poder de compra da moeda nacional.
Tipos de Regimes Cambiais
A seguir vamos apresentar os três principais tipos de regimes cambiais: taxa de câmbio flutuante, taxa de câmbio fixa e taxas de câmbio referenciadas.
Taxa de câmbio flutuante
A taxa de câmbio flutuante é a determinação da cotação do dólar em frente ao real pelo mercado, a famosa lei da oferta e da demanda, ou seja, subindo a demanda o preço eleva, e subindo a oferta o preço desce, por isso recebe o nome de flutuante. A taxa de câmbio varia diariamente ao sabor da oferta de moeda estrangeira, da demanda de estrangeiros pela moeda nacional e, principalmente, da percepção dos investidores estrangeiros e dos especuladores quanto à situação econômica e política do país.
É a taxa vigente na maioria dos países do mundo (majoritariamente em sua versão de "flutuação suja"). Mesmo os países que utilizam o euro possuem uma taxa de câmbio flutuante em relação a todos os outros países que não utilizam o euro. Nesse regime cambial, o Banco Central estipula apenas a política monetária, ou seja, ele controla a taxa básica de juros e a base monetária. O Banco Central não possui nenhuma política cambial explícita.
Taxa de câmbio fixa
Na taxa de câmbio fixa também existe a lei da oferta e da demanda, só que a cotação não pode variar, então para mantê-la fixa quando a demanda por dólares aumenta o Banco Central intervém no mercado vendendo dólares, ou seja, aumentando a oferta de maneira a compensar o aumento da demanda e manter a cotação no mesmo patamar. Sob um arranjo de taxa de câmbio fixa, a taxa de câmbio, tem de ser estritamente imutável ao longo do tempo.
Um arranjo de taxa de câmbio fixa dificilmente pode ser implantado por um Banco Central, pois a função clássica de um Banco Central é estipular juros e manipular a base monetária.
Taxa de câmbio referenciada
Na taxa de câmbio referenciada existe um atrelamento ao preço de outra moeda. O padrão referencial mais usado é o Dólar Americano, isso por tratar-se da moeda-padrão no comércio internacional. Esse regime permite maior previsibilidade, reduzindo os riscos de flutuação de moeda. Por outro lado, para regular a oferta e a demanda e manter a cotação da moeda próxima ao padrão referencia, há a necessidade do governo intervir diariamente no mercado de câmbio comprando e vendendo dólares. Nesse sentido, há a mesma desvantagem do sistema de câmbio fixo com relação à exposição de reservas externas, em especial em período que ocorre forte volatilidade cambial.
Como é determinada a taxa de câmbio (R$-US$) no Brasil?
O Brasil adotou o regime de câmbio flutuante sujo desde janeiro de 1999 com intervenções do Banco Central na compra e venda de dólares. Isto significa dizer que a cotação desta moeda é dada pela lei da oferta e demanda. Assim, a cotação do câmbio depende basicamente da entrada ou saída de dólares do país. Existem três principais canais de entrada: a balança comercial (saldo das exportações menos importações), a balança de serviços (composta por gastos de turistas, pagamento de juros, royalties, remessas de lucros, etc) e a conta capital (principalmente entrada ou saída de capital estrangeiro para o mercado financeiro). Estas classificações servem para identificar e classificar “como” a moeda estrangeira entra e sai do País e são registradas no balanço de pagamentos.
Deste modo, sempre que o saldo do balanço de pagamentos é positivo significa que entrou mais dólares do que saiu. Logo, há um excesso ou sobra de moeda americana em nossa economia e, portanto, o dólar fica “barato” diante do real (moeda local valorizada). Neste cenário é possível comprar mais dólares com a mesma quantidade de reais. Entretanto, se o saldo do balanço de pagamentos for negativo, temos o cenário oposto: dólar “caro” (moeda local desvalorizada).
Exemplo de como a oscilação da taxa de câmbio poderá impactar nas exportações, na balança comercial e no PIB de um país.
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