Organizações Vistas Como Cerebro
Por: Giulia Vicente • 7/4/2016 • Resenha • 457 Palavras (2 Páginas) • 1.259 Visualizações
As organizações vistas como Cérebro.
Nesta metáfora o autor cita o livro “The natural history of the mind” de G. R Taylor para comparar o funcionamento do cérebro com as organizações, mostrando as diferenças entre cérebros e máquinas. Segundo Taylor, podemos remover uma grande parte do córtex, sem prejudicar o andamento das outras partes, o que nas máquinas não é possível, pois não existe máquina feita pelo homem que removendo grande parte de suas peças continue funcionando, ou seja, o cérebro se baseia em padrões de refinamento crescente e não em cadeias de causa e efeito.
Em 2400 anos, desde que Hipócrates localizou a região do intelecto do crânio, inúmeras metáforas foram usadas para ajudar o entendimento. Muitas dessas imagens focalizam a ideia de que o cérebro é um sistema de processamento de informações semelhante a um computador complexo.
O cérebro também pode ser visto como um sistema de informações, passando uma moderna ideia de planejar as organizações do futuro com base nesse princípio. Ao Cérebro cabe o processamento da informação e suas respectivas reações a fim de atender as necessidades detectadas, á organização cabe se modernizar em conceitos e buscar as ferramentas certas.
Ainda neste capítulo o autor fala da cibernética, como as organizações podem utilizar esse conceito para aprender e aprender a aprender. Compara o cérebro com um disco holográfico, que possui as informações necessárias à produção de uma imagem completa de cada uma das suas partes, analogamente as organizações teriam uma capacidade de recriar o todo a partir de suas partes, permitindo a sua auto-organização. A imagem holográfica parece ser um ideal quase impossível, mas muitas dessas qualidades já existem na realidade organizacional. A capacidade regenerativa que permite que uma organização forme e reforme a si mesma também esta presente. Quando as organizações sofrem desastres que desativam funções importantes, as partes saudáveis assumem o novo desafio.
Existem pontos fortes nesta metáfora, como diretrizes para a criação de organizações capazes de aprender, a informática pode ajudar a evolução da inteligência, a importância de lidar com paradoxos. E pontos fracos pois pode haver conflito entre os requisitos de aprendizado organizacional e as realidades do poder e do controle. Para agirem como cérebro as organizações precisam melhorar a capacidade de inteligência organizacional, valorizando o seu capital humano, permitindo e substanciando-o de ferramentas para tal discernimento e ação. Conseguindo que o todo e suas partes agissem como pequenos comandos ligados a um comando central, com os mesmos objetivos. Este novo modelo “pensante” será um salto enorme onde o processo de racionalidade instrumental daria lugar a um sistema de ação inteligente, como só o cérebro é capaz.
Neste capítulo podemos compreender como as organizações podem ser flexíveis, valorizando o potencial de seus colaboradores e não os colocando uma rotina muitas vezes irracional.
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