Origem e evolução da análise organizacional no Brasil

A análise feita por Carlos Osmar Bertero e Tania Margarete Mezzono Keinert no artigo A EVOLUÇÃO DA ANÁLISE ORGANIZACIONAL NO BRASIL (1961-93), dos artigos escritos ao longo de quarenta anos, podem ser classificados como referencia à teoria organizacional, administração e comportamento organizacional.

Defenderam que a analise organizacional surgiu com a influência exclusivamente norte-americana e em um segundo momento sofrendo influencia de professores de universidades europeias. O artigo tem como objetivo realizar uma análise histórica a fim de identificar as origens e evolução da análise organizacional no Brasil.

Diversas escolas de teorias surgiram, mas em especial se destacam as variáveis de estrutura organizacional, processo decisório, objetivos, metas, missão, recursos humanos, motivação, ambiente organizacional e tecnologia.

A grande evidencia presente na produção brasileira, acumula ao longo de mais de trinta anos, é que continuamos consumidores, repetidores e divulgadores de ideias produzidas com predominância norte americana.

Embora a administração seja classificada como ciência social aplicada, os administradores não parecem ter sido tão sensíveis ao paradigma interpretacionista durantes os anos 60 e 70 e até mesmo na década de 80. Considerando o impacto que o marxismo teve sobre as ciências sociais brasileiras durante os anos 60 e 70, chegando a ser quase que exclusivo, especialmente na versão para-marxista latino americana da teoria da dependência, é digna de menção a ausência de artigos em analise organizacional.

Inegavelmente, a comprovação do predomínio do funcionalismo e de alguma defasagem entre o surgimento da literatura interpretacionista, especialmente na Europa e sua divulgação entre nós.

Com base nas teorias estudadas, concluímos que, sofremos de forte influencia de ideias de pensadores e empreendedores de outros países, mostrando deficiência nesse sentido do empreendedorismo brasileiro.