Os Recursos para um Bom Adestramento
Por: KarlyLove • 24/8/2017 • Resenha • 780 Palavras (4 Páginas) • 633 Visualizações
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GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
RESENHA: OS RECURSOS PARA O BOM ADESTRAMENTO
Profª: Cristiana Cerqueira
Aluna: Karliane Nunes Santos
3° Período, Turma: P
São Luís,
2016
- Os Recursos para um Bom Adestramento
Examinam como as práticas avaliativas tornaram instrumentos de vigilância permanente e de bom adestramento, disciplinando corpos e mentes. A disciplina “fabrica” indivíduos ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos como objetos e como instrumentos de seu exercício. Há um constante jogo de poder/saber que se evidência na avaliação: desde a sujeição dos alunos e alunas às regras estabelecidas na escola, até a divisão do que é permitido ou não é permitido, pela sociedade para transformar algo em saber escolarizável.
- A Vigilância Hierárquica
O exercício da disciplina induz um aparelho onde permitem ver as técnicas dos efeitos de poder, e onde, em troca, os meios de coerção tornem claramente visíveis aqueles sobre quem se aplicam. Foucault, céptico quanto à bondade das suas intenções acreditava que havia um sonho em relação a sociedade e nas engrenagens dessa máquina, numa espécie de disciplina nacional, o que implicava a vigilância hierárquica, a sanção normalizadora e o exame, como formas por excelência de adestramento dos corpos e das mentes. Começando por afirmar que, na época clássica, se desenvolveram técnicas de vigilância, olhares, observatórios humanos que alvejavam um saber novo sobre o homem, através de técnicas e de processos que o submetessem e permitissem a sua utilização. E o modelo que serve como exemplo padrão desses observatórios seria o acampamento militar, com suas filas, colunas e arquitetura que não é mais feita simplesmente para ser vista ou para vigiar o espaço exterior, mas para permitir um controle interior, articulado e detalhado, para tornar visíveis os que nela se encontram.
- Sanção Normalizadora
No contexto histórico de suavização das penas generaliza-se a idéia de utilizar a prisão para cumprimento de praticamente todas as penas e castigos. Resumindo, a arte de punir, no regime do poder disciplinar, não visa nem a expiação, nem mesmo exatamente a repressão. Põem em funcionamento cinco operações bem distintas: relacionar os atos, os desempenhos, os comportamentos singulares a um conjunto, que é ao mesmo campo de comparação, espaço de diferenciação e princípio de uma regra a seguir.
Na época clássica foram construídos alguns dos que viriam a ser considerados os grandes modelos do encarceramento primitivo. O objeto da pena não eram já representações, mas de novo o corpo e a alma do indivíduo. Os instrumentos utilizados não eram mais os discursos, os sinais, as mensagens implícitas, como na época dos suplícios, mas formas de coerção, esquemas de limitação, exercícios repetidos. A finalidade já não era construir o sujeito de direito, o cidadão preso ao pacto social, mas de novo o sujeito obediente, o indivíduo sujeito a hábitos, regras e ordens, e que interiorizaria uma autoridade exterior a si.
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