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Os Tempos Modernos

Por:   •  11/5/2015  •  Resenha  •  6.798 Palavras (28 Páginas)  •  150 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TEMPOS MODERNOS

SÃO PAULO – SP

2014

Felipe Augusto da Cruz – C0374J1

Henrique Varolo Luis – C160AE1

Lilian Sabino – A1594D3

Renan Ribeiro da Silva – C06BII8

Vitor Hugo Avelino – C032816

Yasmin Pires Paulino – C1906I0

FILME TEMPOS MODERNOS

Resumo da obra Tempos Modernos e analogia traçada com os temas e conteúdos da matéria EPA (Evolução do Pensamento Administrativo) da professora Silvia.

SÃO PAULO – SP

2014

INTRODUÇÃO

        Atualmente muitas organizações ainda exploram o trabalho humano, seja com várias horas na jornada de trabalho, exploração da mão de obra barata ou até mesmo com falta de incentivo ao trabalhador.

         Na época da revolução industrial, os trabalhadores eram vistos como “objetos”, pois a única coisa que realmente importava era o lucro. O presidente da fábrica, do seu escritório, comandava e vigiava tudo. As ordens eram passadas a um funcionário que se encarregava de repassá-las aos operários que executavam o que era mandado. O ritmo de trabalho dos operários era determinado pela velocidade das máquinas, que ficava a cargo de um técnico que a controlava. Todo trabalho era em série, visando só à produtividade. Portanto o trabalho intelectual era exercido por quem comandava e o trabalho manual por aqueles que trabalhavam pesados.

O filme “Tempos Modernos” retrata exatamente esta realidade de forma irreverente e cômica, nos mostram certos abusos que as organizações submetem aos seus funcionários e que podem ser visto até mesmo nos dias de hoje e que causou diversas revoluções ao longo dos anos.

RESUMO DO FILME

        O filme Tempos Modernos é uma crítica à mecanização do trabalho, ao modernismo, ao capitalismo e a desvalorização do indivíduo, representado através da industrialização. É mostrado à vida de um operário, num processo em que se perder um segundo vai atrapalhar o serviço da próxima pessoa na linha de produção responsável pela fixação da peça seguinte, ou seja, baseada na incansável linha de montagem de uma indústria.

        Carlitos, personagem principal interpretado por Charles Chaplin, é um trabalhador que tem o objetivo de apertar parafusos sem parar um segundo sequer, deixando claro o excesso de trabalho ao qual era submetido, tanto que ao termino de sua jornada de trabalho, se comportava como se ainda estivesse exercendo tal função.

É possível notar a limitação do trabalhador frente às atividades que desenvolviam, eram treinados e obrigatoriamente forçados a desenvolver as mesmas funções para sempre, tornando até se possível dizer um “especialista”. No entanto essa “especialização” era vantajosa apenas para o dono da fábrica, pois seus funcionários ficavam cada vez mais rápidos e consequentemente mais produtivos, o que caracterizava a produção em massa e elevadas jornadas de trabalho.

Sob uma saturação, Carlitos adoece e é internado em um sanatório. Logo que sai do hospital, se depara com a fábrica fechada e em meio à crise de 29, na qual toda parte empregativa estava falindo e o país passava por uma grande miséria, por esse motivo se vê obrigado a ir à busca de um novo emprego para que pudesse sobreviver a toda aquela crise.

Em meio a toda confusão das manifestações que aconteciam na cidade, como protesto e greves, ele acaba sendo confundido com um comunista e é preso. Após algum tempo o operário é solto pela polícia por agradecimentos, uma vez que ajudou na prisão de um traficante que tentava fugir. Em meio a outras prisões posteriores conhece uma moça pela qual se apaixona.

O operário consegue alguns empregos dos quais não se mantém em nenhum. Acaba trabalhando com a moça em um café onde expressa o prazer de trabalhar em algo gratificante e criativo.

Charles Chaplin consegue transmitir com esse clássico uma ideia clara de como o mundo capitalista e industrial nos escravizou e escravizam até os dias de hoje, nos robotizando a exercer sempre nossas mesmas funções e viver em uma eterna ameaça, com a correria diária, a poluição sonora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as multidões nas ruas, o desemprego, a fome, e a miséria.

ANALOGIA COM OS TEMAS/CONTEÚDO EPA

        Após o entendimento do filme “Tempos Modernos”, podemos associar o que foi apresentado com alguns conteúdos que estamos aprendendo em EPA.

Nas primeiras cenas, observamos que a linha de montagem e o invento da máquina alimentadora desenvolvida para eliminar o desperdício de tempo de produção, tinham a finalidade de aumentar a produtividade das organizações enfocando apenas a realização das tarefas de forma rápida e eficiente, sem se preocupar com as limitações físicas e psicológicas do ser humano, trazendo com isso algumas consequências como a intensificação e especialização do trabalho do operário, o que acaba tornando desnecessária a sua qualificação. O filme deixou clara a exploração do homem como se ele fosse à extensão da própria máquina.

Charles Chaplin retratou bem alguns assuntos discutidos por Taylor (ORT), como o estudo dos tempos e movimentos, relacionado às tarefas das organizações no seu menor movimento possível, para dali verificar o tempo necessário para os funcionários executarem as atividades industriais, essas atividades eram reorganizadas de maneira a eliminar movimentos inúteis e customizar os movimentos úteis. Vimos também como era feita a divisão do trabalho (Fayol) dentro da fábrica, o personagem principal era responsável apenas por apertar parafusos e em seguida vinham outras pessoas para dar continuidade à produção dos materiais, isso era feito de um modo totalmente mecanizado, desta maneira o funcionário adquiria especialização naquilo que ele fazia, justamente por fazer sem parar repetidas vezes.

Em outro momento essa mesma visão de superespecialização do trabalho acarreta problemas ao operário com vimos na cena do novo emprego de Carlitos (Charles Chaplin), onde o ex-operário tinha a tarefa de encontrar um pedaço de madeira que fosse parecido com o que ele tinha em suas mãos. Parecia ser uma tarefa tão fácil quanto apertar parafusos, mas trouxe consequências desastrosas, pois como era de costume, realizou a tarefa apenas de acordo com a ordem que recebeu do patrão, não utilizou de raciocínio, o que levou o navio para seu desespero deslizar e afundar no lago. Como abordava Taylor, o empregado não tem condições de analisar o trabalho e estabelecer o melhor método de fazê-lo, devido a sua falta de qualificação.

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