Os Terminais de contêiner e suas operações
Por: Gabriel Monteiro • 22/1/2018 • Relatório de pesquisa • 963 Palavras (4 Páginas) • 245 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Terminais de contêineres são importantes instrumentos de logística e constituem 90% da movimentação internacional de carga geral. Numa visão objetiva, um terminal de contêineres é um terminal portuário especializado na operação de carga, e descarga de navios, armazenagem e serviços acessórios ligados a cargas conteinerizadas.
Um terminal se divide basicamente em três grandes áreas: gates, pátios e cais. Os contêineres chegam e saem do terminal portuário por via rodoviária, ferroviária ou marítima. São diferenciados em função do regime aduaneiro aplicado a eles: exportação, importação e cabotagem (navegação costeira). Essas diferenciações são feitas nos gates implicam diretamente na arrumação dos pátios.
Com média de movimentação de 3.279.391 boxs por ano e aumento médio de 10% em relação ao ano anterior (ANTAQ, 2012), é inegável a importância desse instrumento para a logística nacional. Com isso, em dezembro de 2012 o governo federal anunciou o Programa de Investimento em Logística e Portos. Nele há um conjunto de medias para incentivar a modernização da infraestrutura e gestão portuária. Tais estatísticas e investimentos comprovam a relevância de um estudo sobre esse sistema.
O principal objetivo deste estudo é determinar a capacidade máxima efetiva de um determinado terminal portuário para contêineres (Sepetiba - TECON) e analisar possíveis alterações na quantidade de recursos de relativo baixo custo, visando aumentar a sua capacidade, utilizando a técnica de simulação, utilizando informações baseadas na realidade do terminal.
O terminal TECON de Itaguaí é um importante componente da logística nacional, pois suporta juntamente com o Porto do Rio de Janeiro, todo aumento de demanda por movimentação de cargas. Dessa forma, um estudo das operações do terminal, e da viabilidade de otimização dos processos, é de extrema relevância não só para o terminal, mas também para o sistema logístico nacional.
A metodologia desta proposta consta da construção do modelo de simulação baseando-se parcialmente em dados reais. Após isso, será determinado diferentes cenários em relação aos recursos do terminal, onde se busca uma possível otimização do sistema.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para o progresso desse trabalho, se analisou na pesquisa bibliográfica, o agrupamento de trabalhos e publicações contemporâneas que tratassem o terminal de contêineres como um sistema e tivesse uma abordagem com diferentes enfoques.
2.1 Terminais de contêiner e suas operações
O porto é um meio de convergência dos transportes intermodais e ao mesmo tempo o local onde se opera um centro de logística. Para SILVA (2010), os terminais portuários de movimentação de contêiner são terminais especializados em movimentar cargas contêinerizadas. Para tal, toda a infraestrutura do terminal é arquitetada de maneira a ofertar equipamentos específicos para a movimentação dos contêineres, além de planejamento da área necessária para movimentá-los/armazená-los. Valentine & Gray (2001) e Bichou (2004) vão além, definindo os terminais portuários como entidades complexas, com diversidade de entradas e saídas.
Segundo Kim & Gunther (2007), os terminais de contêiner podem se diferenciar em tamanho, função e layout, entretanto preservam os mesmos sistemas principais. A área de costado é equipada com equipamentos de cais, os chamados portainers, para carga e descarga das embarcações. Contêineres de exportação e importação são armazenados em seus respectivos pátios, e separados em blocos. Diferentes áreas também são designadas para contêineres com cargas perigosas e/ou radioativas, e contêineres do tipo reefer. Há ainda blocos para contêineres vazios. A chegada de contêineres se dá através dos gates, podendo ocorrer via modal ferroviário ou rodoviário. O conjunto de operações que compõem os processos de importação e exportação também são, geralmente, os mesmos para diferentes terminais. Essas utilizam também de diversos tipos de recursos internos, como reach stackers, empilhadeiras, RTG’s e caminhões. Tais operações compartilhadas por diferentes tipos de terminais facilitam o processo de aplicação do estudo de simulação nos terminais.
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