PARADIGMAS E METODOLOGIAS: NÃO EXISTE PECADO
Por: cacaucx • 16/6/2017 • Resenha • 836 Palavras (4 Páginas) • 289 Visualizações
Faculdade Novos Horizontes
Mestrado Acadêmico em Administração
Teorias Organizacionais - 1º bimestre/2016
Prof. Dr. Antônio Luiz Marques
Data de entrega: 26/02/2016
PARADIGMAS E METODOLOGIAS: NÃO EXISTE PECADO DO LADO DE BAIXO DO EQUADOR
Cláudia Caixeta Gomes[1]
Alexandre de Pádua Carrieri é Professor titular UFMG. Doutor em Administração pela UFMG (2001). É professor da UFMG/Face/Cad/Cepead. Coordenador do Núcleo de Estudos Organizacionais e Sociedade. Atua na linha de pesquisa: Estudos Organizacionais e Sociedade (Cepead). Foi editor da Revista G&S (Gestão e Sociedade). Foi coordenador da divisão acadêmica de EOR da Anpad.
Talita Ribeiro da Luz é doutora e mestre em Administração pela UFMG, graduada em Administração Pública e em Sociologia e Política pela UFMG. Professora aposentada da UFMG. Atualmente é professora titular do Mestrado Acadêmico em Administração da Faculdade Novos Horizontes, além de exercer a função de Diretora de Pós-Graduação e Pesquisa.
Esse estudo averiguou a consistência teórico-metodológica de uma amostra das dissertações dos cursos de mestrado da UFMG, nas áreas das Ciências Humanas e Sociais, a saber: Sociologia, Ciência Politica, Administração, Educação e Economia/Demografia. Para a análise utilizou-se de uma amostra de 10 dissertações de cada curso, selcionando aleatoriamente duas dissertações a cada dois anos, no período entre 1992 e 1996. O estudo explorou e comparou algumas áreas da Ciência Social com a Administração. Para tal, foram observados tópicos como, a problemática levantada para estudo, o referêncial teórico, os autores mais citados, bem como a metodologia utilizada nas dissertações. Sequencialmente, as dissertações de Administração tiveram uma atenção especial nos estudos, apoiado no pressuposto de que suas
teorias recebem influência dos modelos sociológicos, causando uma certa subordinação. Para situar a Administração no cenário das Ciências Sociais como um todo, considerou-se os diversos paradigmas dessas Ciências para investigar se há coerência entre as metodologias usadas com cada um dos paradigmas. Como resultado, o estudo revelou que as metodologias utilizadas não tem coerência com os paradigmas escolhidos, pois, com a pouca fundamentação na formação epistemológica básica, existe distorções na adoção de quadros teórico-metodológicos.
A princípio, o estudo explorou os paradigmas das Ciências Sociais, apoiado em uma fiosofia de ciência e em uma teoria de sociedade, a fim de compreender os fenômenos sociais. A Ciência Social tem como base as seguintes suposições: Ontologia, Epistemologia, Natureza Humana e Metodologia. Distintas, cada uma delas direcionam a diferente metodologias. As divergentes teorias trazem diferentes perspectivas, questões e problemas para o estudo, pressupondo uma visão particular da natureza do objeto de investigação. Neste sentido, as Ciências Sociais fornecem abordagens que explicam, de um lado, a natureza em termos de regulação, e do outro, em termos de mudança radical. Estes dois modelos são quadros de referência diferentes e alternativos para a análise dos processos sociais, e que combinados com as dimensões objetiva e subjetiva sobre a natureza da sociedade, definem quatro distintos paradigmas científicos: Funcionalista, Interpretativo, Humanista, Radical e Estruturalista Radical. Todos interpretados de acordo com suas escolas, com reflexões relativas às correntes teóricas. No atual contexto, devido aos diversos aspectos ligados a evolução das organizações, o campo da Administração possui diversos problemas e questões que precisam ser resolvidos, ou mesmo, entendidos. Portanto, o paradigma funcionalista, bastante utilizado pelos pesquisadores, têm se mostrado incapaz de apontar soluções satisfatórias. Isso explica os vários novos modelos e abordagens, de alcance médio, que têm surgido na teoria das organizações.
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