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PARADIGMAS SOBRE O USO DA ÁGUA

Por:   •  18/10/2015  •  Seminário  •  1.973 Palavras (8 Páginas)  •  221 Visualizações

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PARADIGMAS SOBRE O USO DA ÁGUA

Resumo

        O referido trabalho tem como objetivo destacar as condições atuais que enfrentamos ao que refere-se ao consumo, tratamento e prevenção dos recursos hídricos em nosso país, por meio de dados que justificam a preocupação que devemos ter para com esse bem natural da qual se encontra escasso. Buscou-se analisar os motivos que nos direcionam a refletir sobre tal assunto e apontar algumas ações possíveis de serem praticadas por todos os integrantes do meio social, sendo estes moradores de determinada região, atuantes da área política e pública ou proprietários de empresas que usufruem de recursos ambientais para atividades econômicas.

Introdução

Primeiramente, o país possui uma das maiores reservas de água do mundo, porém ela está desigualmente distribuída no espaço geográfico brasileiro. Notoriamente, a Bacia do Rio Amazonas, situada na região norte é aquela que possui a maior concentração de água no país, conta também com a presença do Aquífero Alter do Chão, uma importante reserva hídrica brasileira.

Outro fator importante é regiões que possuem maiores demandas hídrica e baixa concentração de recursos, estes por sua vez aliados a problemas de planejamento, e infraestrutura acabando por causar problemas de maior dimensão, chegando a níveis críticos e assim exigindo que sejam feitos racionamentos, dentre outras medidas.

A ocorrência da falta de água em determinadas regiões não é um problema que surgiu hoje, vem se arrastando de muito tempo, devido à negligência de seus administradores, bem como sua falta de planejamento, ou seja, os estados detentores do controle destes fatos pararam de investir, juntamente com uma população que não possui consciência de sustentabilidade, ocorre à vivência da atual situação.

Além das questões citadas anteriormente, não podemos deixar de ressaltar a questão da urbanização, que aumenta a poluição dos rios e dificulta o acesso à água potável, associada à verticalização, impermeabilização do solo, sobrecarga do sistema de abastecimento e coleta.

Metodologia da pesquisa

Este estudo foi construído através do levantamento de dados encontrados na internet, onde foi realizada a pesquisa bibliográficas, por meio de artigos, sites e revistas.

Desenvolvimento

Em diversos centros urbanos de grandes potencias industriais e índice populacional elevado, principalmente em São Paulo e região sudeste do Brasil, a crise hídrica desperta a atenção de diferentes setores de ordem pública e privada pela influência social e econômica gerada em torno dessa temática. Para Pereira (2011), o Estado mais rico, industrializado e mais populoso do Brasil corre sério risco de haver uma crise de saúde pública, ambiental, econômica e institucional sem precedentes na América.”

A ocupação desordenada desencadeia um conjunto de fatores responsáveis diretamente e indiretamente a problemática social decorrente dessa crise pela sociedade ao ocupar terras protegidas por legislações ambientais que afetam o ecossistema, desmatando a mata ciliar, causando assoreamento dos rios, desaparecimento de nascentes, falta de planejamento dos espaços físicos e ocupação inapropriada dos ambientes públicos como um todo.

Os ecossistemas já existentes após a ocupação servem como meio de efusão de efluentes para a comunidade que ali habitam. Tal atitude faz com que o ser humano livre-se temporariamente desse resíduo. No entanto, quando a deposição é elevada em demasia os processos químicos da água como autodepuração não conseguem obter resultados positivos de toda matéria orgânica existente causando a defasagem desse processo e, consequentemente, a perda da qualidade desse recurso natural.

Esse fato pode ser observado na cidade de São Paulo por meio do rio Tietê. Até a chegada do rio ao município citado, a água do mesmo é própria para o consumo. Ao passar pelo município a mesma é inutilizada devido a grande deposição de resíduos pelas grandes empresas instaladas nessa metrópole, pela questão dos esgotos fluviais, pelos esgotos domiciliares que não possuem tratamento adequado. Ao decorrer do rio a mesma vai dissolvendo a poluição chegando a um certo ponto, em que está em um estado que não encontra-se própria para consumo mas com uma concentração de poluentes bem pequena. A concentração populacional elevada é um dos fatores responsáveis pela produção desses resíduos gerando assim, uma dificuldade na coleta e tratamento desses efluentes.

[pic 1]

Figura 1: Rio Tietê e o lixo urbano produzido.

        Outro aspecto a ser considerado refere-se à objeção econômica interligada a dificuldade de manter esse patrimônio essencial. Exemplo visto de forma clara por meio de atividades agrícolas principalmente a produção alimentícia, além de atividades industriais relacionadas a bens de consumo, dentre outras.

Por outro lado, a produção de alimentos para exportação, atividade essencialmente desenvolvida pelo Agronegócio, coloca o Brasil entre os países que mais exporta água. Com base nos dados de exportação disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em 2013, o País exportou cerca de 200 trilhões de litros de água “virtual”, somente contando soja, carne bovina e suína, milho e café. Esse volume equivale a 200 vezes o Sistema Cantareira cheio e daria para abastecer a Região Metropolitana de São Paulo por cerca de 100 anos. (PEREIRA, 2011)

A produção de alimentos em larga escala traz benefícios a serem debatidos. O consumo de água na agricultura é considerado alto, cerca de 70% da água, já a indústria fica com 22% e residências 8%. Os prejuízos pertinentes ao bioma e a supervalorização desse recurso provoca anseios quanto à geração de lucro em momentos futuros. Observe à seguir a tabela que representa o consumo de água em algumas produções agrícolas:

Produto

Litros de água para produzir 1 kg

Farelo de soja

2.400 L

Óleo de soja

5.400 L

Soja grão

1.800 L

Carne bovina

15.497 L

Carne porco

6.309 L

Milho

909 L

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