PRODUÇÃO TEXTUAL: Texto dissertativo argumentativo
Por: Francisco Souza • 6/12/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 2.427 Palavras (10 Páginas) • 410 Visualizações
PRODUÇÃO TEXTUAL: Texto dissertativo- argumentativo
Keila Regina de Souza Costa [1]
Jéssica Carla
Tayrone Cabral
Resumo:
O referente artigo trata-se de uma pesquisa com características descritivas. Feita através de uma análise de observação de 8/h aula da disciplina de Língua Portuguesa, realizadas entre os dias 06 e 13 de novembro, no ano de 2018, no 1º ano (ensino médio) em uma escola da rede estadual, do município de Mossoró/RN. Com um proposito de analisar práticas didáticas quanto aos conhecimentos da produção textual. O tipo de texto analisado foi o dissertativo - argumentativo, apresentando seus conceitos e executando metodologias favoráveis ao processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Foi realizada uma representação do que foi observado em sala de aula, tendo como base as de teorias de ensino. O método utilizado para a realização da aula foi através de slides e data show. O professor iniciou a aula fazendo alguns questionamentos sobre, o que é dissertar? O que é argumentar? O que é um texto argumentativo- dissertativo? a turma toda participou dando suas opiniões. Em seguida o professor falou dos elementos que devem conter no texto dissertativo-argumentativo: introdução, desenvolvimento e conclusão, destacando também a estrutura do texto e as cinco competências que são utilizadas nas correções das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Palavras-chave: Produção textual, ensino, observação, texto dissertativo – argumentativo,
- Introdução:
Verificamos que ainda há uma grande dificuldade dos alunos do ensino médio, com relação à produção e intepretação de textos, identificando-se a necessidade da construção de um novo caminho para o ensino de Língua Portuguesa. Com base nessa perspectiva, o presente artigo pretende esclarecer e ressaltar a importância do ensino de Língua Portuguesa com a prática de produção textual na sala de aula.
É de grande importância que os professores de Língua Portuguesa sejam capacitados para enfrenta um grande desafio de formar cidadãos críticos, capazes de entender e diferenciar os diversos tipos gêneros textuais que serão vivenciados no dia a dia de cada pessoa. Na aula observada o professor lecionou apenas o texto dissertativo-argumentativo, mas sabemos que existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Mesmo assim, é de grande valia para os alunos, pois os mesmos estão passando por mudanças significativas no seu processo de ensino e de formação.
Como o objetivo de analisar o desempenho e aprendizado de cada aluno o professor sugeriu que a turma realizasse uma redação com o tema, “O Racismo no Brasil”, o tema foi bem aceito pela turma. Com base nas observações feitas em sala de aula e em conversas informais realizadas com o professor titular, vimos a dificuldade de interpretação, oralidade, ortografia, coesão e coerência entre outras dificuldades discursivas na realização do texto dissertativo – argumentativo realizado pelos os alunos. Diante dessas dificuldades foi feito pelo o professor o reforço do assunto abordado, e na próxima aula a realização da reescrita do texto, que segundo o docente foi de mera importância, pois o mesmo afirmou que houve uma grande melhora na produção textual dos alunos.
Diante dessa pesquisa é importante ressaltar que o professor da referente escola buscou em sua aula métodos e estratégias que facilitasse o entendimento e aprendizado de cada aluno. De uma forma geral os professores de Língua Portuguesa de todas as rede de ensino tem um papel de suma importância na formação de pessoas para o mundo. Educar de forma crítica é um trabalho ardo que precisa de reconhecimento e respeito por parte de toda a sociedade.
As observações foram feitas a partir dos estudos nas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa – como também foram observadas teorias de alguns autores como referência, Geraldi, e Alencar, vale ressaltar alguns outros fatos, como: a forma da textualidade, isto é, sob a forma de textos orais ou escritos, sejam eles breves ou longos, a relação professor-aluno assim como a importância da reescrita dos textos produzidos pelos próprios alunos antes da correção final.
2. a importância do professor no processo da produção de texto.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, pg. 19) afirmam que dominar a língua é como uma atividade discursiva e cognitiva, e o sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística, são condições de possibilidade de plena participação social. É através da linguagem que os homens e mulheres se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, e produzem cultura.
É necessário saber usar a língua em seus diversos aspectos e está atento às relações de qualidades sociais, e garantir que os alunos tenham acesso aos saberes linguísticos. Para isso, o professor assume papel fundamental de mediador nas aulas de Língua Portuguesa, o mesmo tem a função de selecionar/priorizar os assuntos mais relevantes dentro da comunidade escolar que está inserido.
Em relação a produção textual, é dever da escola garantir ao aluno, que durante a sua passagem no ensino básico seja adquirida a capacidade de produzir e interpretar diferentes textos e gêneros desenvolvidos pela sociedade e dessa maneira cada indivíduo desenvolva sua competência discursiva. Os professores devem realizar uma seleção de conteúdo, englobando nessa seleção, textos que tenham a capacidade de contribuir para a reflexão crítica, exercício de raciocínio que utilize de forma mais elaborada e uso adequado da linguagem.
Segundo Geraldi (2000), embora o ensino de Língua Portuguesa seja alvo de tantas críticas a cerca do baixo desempenho que os estudantes demonstram ao utilizar a língua – seja na modalidade falada ou escrita – ou por atualmente existir uma falta de capacidade ao expressar seu pensamento ou estruturar um discurso, ainda assim, não se pode responsabilizar inteiramente o professor caso receba resultados insatisfatórios, é necessário ser levado em conta as condições de trabalho em que ele se encontram.
Geraldi (2000) defende ainda, que para o ensino da língua o mais fundamental é estudar as relações que existem entre os sujeitos enquanto falam e “tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala”, ao invés de apenas estabelecer classificações. Dessa forma, o que se propõe é que o ensino seja voltado para o funcionamento da língua, com atividades que apresente aos alunos outra forma de falar as variedades linguísticas e padrão, sem que isso promova uma diminuição ou desvalorização na forma que utilizam para falar com qualquer indivíduo.
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