Pesquisas de marketing são importante

Pesquisas de marketing são importantes?

Essa foi uma pergunta de uma aluna de MBA de marketing logo no primeiro dia de aula da matéria pesquisa de marketing.

Excelente pergunta e extremamente pertinente. Só que, para responder a essa pergunta, poderia ter sido necessária uma aula inteira. Se a pesquisa é tão importante, por que as empresas, muitas vezes, deixam de fazê-la? Para responder a essa questão, caberia aqui uma lista de explicações e justificativas que geralmente as próprias empresas costumam mencionar.

As duas principais estão diretamente relacionadas ao tempo e principalmente ao custo: demora muito para se obterem os resultados, as respostas, o famoso não se pode e nem se deve perder tempo, custa muito dinheiro, é caríssima. E aqui vale outra questão: é despesa ou investimento?

Mas essa resposta vamos deixar para outra vez. Voltemos a pergunta inicial: mas qual é a reação verdadeira? Com certeza, há uma série de outras razões, além das duas citadas anteriormente.

Defendo, contudo, que uma razão quase nunca mencionada esteja no fato de que há um desconhecimento do valor intrínseco dessa ferramenta, do quanto ela pode contribuir para dizimar incertezas e diminuir riscos, acompanhando as mudanças no ambiente externo, além de produzir um conhecimento profundo sobre seu consumidor ou cliente e, dessa forma, antecipar oportunidades de sucesso e, conseqüentemente, de resultados.

Os gestores que sabem o quanto a pesquisa pode trazer de informações valiosas sobre o seu cliente, produto, a concorrência e o mercado, jamais deixarão de utilizar esse recurso para minimizar os riscos. Neste momento de alta competitividade, conhecer o que pensa seu consumidor/cliente, o que ele deseja, suas insatisfações e principalmente expectativas é de fundamental importância para os resultados dos negócios e mais do que tudo, para estabelecer diferenciais competitivos.

É claro que tempo e investimento são variáveis importantíssimas para se analisar, quando se necessita de informação, o famoso custo-benefício deve sempre estar presente, em qualquer tomada de decisão. Mas o importante é que a possibilidade de se fazer uma investigação – como dizem os espanhóis –, ou melhor, de se procurar basear a tomada de decisão em informações e que essas sejam checadas antes de se decidir que tal decisão é dispendiosa ou que vai levar muito tempo.

Evoluiu-se muito em termos de técnica de pesquisa e tipos de levantamentos. O acesso a essa ferramenta fica cada dia mais acessível. Assim, arrisco dizer que muitas vezes se deixa de compar pesquisa porque nem se cogita essa possibilidade.

E, me desculpe algum gerente pela franqueza: deixar de fazer porque os gestores consideram que conhecem muito bem seu consumidor, mercado e principalmente seu produto, é um ledo engano. Ou seja, o excesso de confiança por parte dos gestores com relação a seu conhecimento sobre o consumidor leva a uma miopia que diminuiu a importância da pesquisa em seu dia-a-dia. Com certeza, se os executivos se cercassem de informações para subsidiar suas decisões, mais chances de acertos teriam, mais pesquisas seriam feitas, ou seja, mais monitoramentos sobre o ambiente e seu negócio seriam realizados e, conseqüentemente, mais resultados e sucesso teriam as empresas.

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