Planejamento Estratégico

Ao realizar o planejamento estratégico, faz-se necessário que sejam analisadas determinadas forças que podem intervir, negativamente ou positivamente, o desempenho da organização, ou seja, contribuem ou dificultam suas operações, uma vez que está inserida num cenário mais amplo, sofrendo e causando influências conforme explana Chiavenato (2004), que considera a organização um sistema aberto e dinâmico.

Segundo Certo e Peter (2006, p. 24) “[...] ambiente organizacional é o conjunto de todos os fatores, tanto internos como externos, que podem influenciar o progresso obtido por meio da realização dos objetivos.” Assim, o ambiente organizacional pode ser dividido de acordo com a origem do fator em relação à organização, ou seja, aquilo que pode ou não ser efetivamente controlado por ela. Elementos como legislação e política são externos à organização, por outro lado, produção e cultura organizacional, por exemplo, podem ser geridos diretamente, isto é, são internos.

O ambiente externo é composto por macroambiente e microambiente, no primeiro se situam os segmentos que afetam das empresas em gera, já o segundo é referente ao âmbito específico da de cada empresa, que interage com clientes, fornecedores e concorrentes, dentre outros. Hitt et al (2002, p. 50-51) indica que as energias macroambientais a serem avaliadas no ambiente externo são as econômicas, socioculturais, globais, tecnológicas, político-legais e demográficas.

De acordo com a atividade sugerida, considerando o aumento da renda feminina na participação do mercado brasileiro, pode-se considerar este fenômeno demográfico, sociocultural e econômico. Uma vez que essa mudança no perfil e na constituição das famílias vem transformando os comportamentos dos novos provedores, no caso, as mulheres, e fazendo com que uma boa parcela da população possa dar um novo ritmo ao mercado de trabalho, gerando renda e consumindo mais.

Este novo quadro pode representar uma oportunidade ou uma ameaça. Isso depende de várias circunstâncias como o ramo de atuação da organização e das medidas que ela vai adotar frente a esta nova situação. Por exemplo, uma empresa que fabricava somente calçados masculinos, pode diversificar seus produtos para o público feminino, porém, caso decida não investir nesse novo nicho poderá perder boa fatia do mercado.

Assim, o administrador deve observar o panorama de maneira geral e específica, integrando ambos, para que possa traçar o melhor plano de ação. Para tanto ele deve verificar o ambiente interno e externo, além de utilizar ferramentas que o auxiliem a aumentar as forças, diminuir as fraquezas, evitar as ameaças e aproveitar as oportunidades, visando o alcance dos objetivos.

Referências

CERTO, S.; PETER, P. Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégia. São Paulo: McGraw Hill, 2006.

CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. Elsevier: Rio de Janeiro, 2004.

HITT, Michael A. et al. Administração estratégica. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002.