RESENHA CRITICA SOBRE OS PONTOS DE CONVERGENCIA E DIVERGENCIA DE FILOSOFOS
Por: Valéria Souza • 15/9/2021 • Resenha • 1.691 Palavras (7 Páginas) • 120 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
POLÍTICA ENTRE OS FILÓSOFOS OCIDENTAIS
SÃO BERNARDO DO CAMPO 2019
Valéria Souza e Silva
POLÍTICA ENTRE OS FILÓSOFOS OCIDENTAIS
Resenha apresentada para a disciplina Ética, Política e Cidadania no curso de Administração Bacharelado, da Faculdade Anhanguera de São Bernardo do Campo
Prof. Gilson José Fidelis
SÃO BERNARDO DO CAMPO MAIO, 2019
A palavra política basicamente envolve assuntos relacionados a sociedade que impactam direto e indiretamente, podendo ser classificada como o ato de governar, administrar, cuidar do Estado e as instituições públicas que nele contém.
Na Grécia antiga somente como cidadão poderia ter a liberdade de participar das decisões políticas da cidade (pólis). O ato de pensar a respeito sobre o mundo em que vivemos, teve como apoio, a primeira navegação de Sócrates, o pensamento dele é voltado para uma filosofia espiritualista, mesmo não deixando nada escrito sabemos que esse filósofo sempre deu ênfase que a principal verdade a ser percebida pelo sábio é a sua própria ignorância. Sócrates era voltado para antropologia, trouxe questões de como o indivíduo deveria se comportar em sociedade, costumava conversar e discutir com seus concidadãos, estipulando neles o conhecimento que os levassem a praticar o bem e a criarem a liberdade de expressão em uma sociedade dirigida por ideias democráticos. Sócrates acreditava que, só o conhecimento que vem da alma é capaz de revelar o verdadeiro sentido do que é justo, bom e certo.
Platão o discípulo, foi em direção a segunda navegação, tentando explicar questões filosóficas. Segundo ele, não há como viver em sociedade sem regras e normas. Contra o naturalismo de Sócrates usando a razão ,nos diálogos descritos por ele, Sócrates desmonta conceitos e valores com perguntas que seus seguidores não conseguem responder.
Buscando um mundo perfeito, Platão diz que o mundo da matéria deve ser abandonado, com isso inaugura uma perspectiva de uma sociedade ideal. O filosofo acredita que a classe dominante deveria ser dirigida por filósofos, pois compreendem as ideias; buscam a verdade, contudo tem o direito de serem os governantes.
Platão cita outras formas de governo como por exemplo, Aristocracia (governo de uma classe nobres), grupo de pessoas preocupados em somente se manter no poder, mantendo seus privilégios e fazem de tudo para se manterem nesse poder; Democracia (governo do povo) ondem o povo sai do dominado e confronta seus governantes, dando liberdade para os cidadãos defender qualquer tipo de interesse, Platão fala também sobre Tirania, segundo ele, é a pior forma de governo onde somente um tem o direito de governar, direcionando a população, ficando sujeita aos desejos daquele que contém o poder. Contudo, e após observar
as diferentes formas de governos, chega à conclusão de que só os filósofos poderiam tornar a sociedade ideal.
Aristóteles diz que o homem é um animal político, somente é caracterizado como humano quando ele percebe sua vida em comunidade analisando os problemas da pólis para assim interferir nela, devendo haver um objetivo procurando um bem comum, deve haver preocupação não somente com a sua felicidade, mas também com toda pólis. Aristóteles acredita que não há forma de governo ideal, confrontando Platão, Aristóteles argumenta que qualquer sistema pode ser ideal, desde que, quem esteja governando esteja bem influenciado buscando o bem social da pólis, e não necessariamente precisa ser um filósofo, pode ser outro alguém da pólis. O sistema de poder pode caracterizado como bom ou ruim, como por exemplo, a democracia pode ser sim uma excelente forma de governo, desde que a maioria das pessoas estiverem boas intenções.
Santo Agostinho foi influenciado pelas ideias de Platão, ele transfere as ideias sendo algo impessoal como era para Platão, para o intelecto divino. Quando ele fala sobre a cidade de Deus e a cidade dos homens, ele está se reportando a ideia platônica do mundo das ideias e o mundo real. A filosofia passa a ficar ligada à questão da fé, a razão e a fé tentarão se conciliar fortemente. Segundo ele a cidade de Deus é o modelo de organização perfeita a partir da justiça; bem; bondade, vista como uma cidade de política ideal e deve ser o tipo de organização a ser seguida pela cidade dos homens. Outro ponto importante desse filósofo é a ideia do livre arbítrio onde, as pessoas podem ou não escolher como irão se direcionar na vida, pois há uma carência do bem, mas que as pessoas podem escolher, porém se escolherem errado, cairão em pecado e consequentemente sairão da graça de Deus, e terão que fazer algo para voltar a obter essa graça novamente.
São Tómas de Aquino irá tentar conciliar a fé com a razão, até então ambas eram antagônicas, as duas não podiam ser conciliadas. São Tómas partindo do pressuposto diz que ele poderia provar através de argumentos a existência de Deus, esses argumentos foram obtidos através de Aristóteles, foi a sua base. Pra isso ele cria as cincos vias, que são os cincos argumentos desenvolvido por ele para provar a existência de Deus. Essas 5 vias, são baseadas nas causas de Aristóteles (causa material, eficiente, formal, final). São Tómas de Aquino, adaptou essas causas, e com isso a sua primeira via é Deus, aquele que pensou algo sobre tudo, a causa eficiente seria aquele que vai modelando para chegarmos ao que
conhecemos hoje, poderia ser Deus ou até mesmo o homem dependendo das circunstâncias, sempre existiu um ser, que move a existência de outro ser; toda as coisas tem uma causa, logo a primeira causa é Deus; Deus é um ser perfeito e tudo aquilo que vem de Deus é perfeito, ninguém é mais perfeito do que Deus pois segundo argumentos de São Tómas, foi Deus quem
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