RESUMO DO LIVRO - A META: um processo de melhoria contínua

UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina[pic 1]

Engenharia de Produção – Gestão da Produção

Professor: Júlio César Ribeiro Lyra

Acadêmica: Patrícia Aparecida Rech

RESUMO DO LIVRO

“A META: um processo de melhoria contínua.” - Eliyahu M. Goldratte Jeff Cox

A meta é um romance que engloba os princípios de funcionamento de uma indústria. O pensamento lógico e consistente dos personagens sobre os problemas na fábrica foram capazes de determinar as relações “causa e efeito” entre ação e resultado, conseguindo nesse processo deduzir alguns princípios básicos os quais são usados para salvar a fábrica e transformá-la em um sucesso.

A história fictícia se passa na década de 1980, onde Alex Rogo é um gerente de fábrica da UniCo, que trabalha sob pressão devido sua unidade estar prestes a entrar em processo de falência, motivo pelo qual Alex recebe um ultimato. Alex então passa á ter três meses para demonstrar melhorias, caso contrário pode ser decretado o fechamento da fábrica. Contudo, o compromisso de tentar salvar a fábrica exige muito empenho de Alex o que atinge sua vida conjugal e a mulher o abandona no meio do caos que está sua vida profissional. Assim, Alex precisa buscar melhorias para manter sua fábrica e seu casamento.

O ultimato recebido fez com que Alex analisasse a situação na qual se encontravam, o que o leva a se perguntar o motivo pelo qual não conseguem produzir rapidamente um produto barato e de boa qualidade para ganhar da concorrência, visto que eles têm a tecnologia necessária, as melhores máquinas de controle numérico, robôs e um sistema de computador eficiente, um pessoal bom e todos os materiais que precisam. A questão era o que ele teria que fazer para se tornar competitivo.

Em busca de respostas, Alex se lembra de um encontro casual com seu ex-professor Jonah, no qual após Alex falar que havia conseguido um aumento de 36% de produtividade com a implantação de robôs em alguns departamentos da produção. Jonah o fez enxergar que não poderia dizer que os robôs aumentaram a produtividade da fábrica uma vez que o inventário não diminuiu, a despesa de mão-de-obra não reduziu e a empresa não vendeu mais produtos. Ele ainda disse que Alex não estava gerenciando a fábrica tão eficientemente. O encontro ainda rendeu uma definição à produtividade, mas para que Alex pudesse entender o significado de produtividade precisaria saber qual a meta da sua empresa.

Alex descobriu que a meta de uma empresa industrial é ganhar dinheiro, assim descobriu que para salvar a fábrica, precisava ganhar dinheiro, torná-la produtiva. E para isso, junto de Lou, seu controller, buscaram as medidas capazes de demonstrar se a empresa está ganhando dinheiro, são elas: lucro líquido, RSI e fluxo de caixa com objetivo de alcançar aumentos simultâneos nas três medidas.

No segundo contato com Jonah, Alex coloca para ele o método de medição encontrado para saber se a empresa está ganhando dinheiro ou não, porém as medidas encontradas não funcionam para o chão de fábrica, sendo assim Alex pede a Jonah como pode fazer, o qual diz sobre o conjunto de medidas por ele desenvolvidas para essa medição: ganho, inventário e despesa operacional. Ganho sendo como a taxa na qual o sistema gera dinheiro através das vendas. Inventário todo o dinheiro que o sistema investiu na compra de coisas que tem a intenção de vender. Despesa operacional como todo o dinheiro que o sistema gasta para transformar inventário em ganho.

Pensando nas medidas que Jonah passou, Alex chega à conclusão de que os robôs aumentaram a despesa operacional e o inventário, mas não sabese tiveram efeito no ganho. O que ficou claro foi que não houve aumento nas vendas, sendo o único aumento o atraso dos pedidos.Para entender a situação, Alex conversou com Stacey, gerente de materiais, que lhe explicou que para manter as eficiências dos robôs num nível aceitável teve de liberar mais material para o chão de fábrica em todas as áreas que alimentavam os robôs. Isso fez com que o inventário aumentasse consideravelmente.

No terceiro contato com Jonah, ele falou sobre eventos dependentes e flutuações estatísticas. Eventos dependentes podem ser vistos quando um evento ou uma série de eventos tem de acontecer antes que outro evento possa começar, assim o evento subsequente depende dos eventos anteriores. As flutuações estatísticas são influências que causam a variação da capacidade e a da demanda dos processos produtivos. O que ficou claro para Alex quando equiparou o gerenciamento da fábrica com a caminhada na trilha com o grupo de escoteiros de seu filho. A analogia de Alex traz como produção a trilha percorrida, a matéria-prima como sendo a trilha ainda não percorrida, e a extensão entre Ron e Alex como inventário. A trilha que fica para trás é comparada ao ganho, assim como a energia que os meninos usam para caminhar são as despesas operacionais. Alex analisa então que se a distância entre ele e Ron (primeiro da fila) aumentar, significa que o inventário está aumentando e que o ganho é sua velocidade de caminhada, que é influenciada pelas velocidades flutuantes dos outros.

Alex observou também durante a caminhada Herbie (gargalo), o garoto mais lento, que mesmo quando estava andando em seu passo ótimo estava andando mais devagar que qualquer pessoa que estava atrás dele. No momento em que Alex se viu limitado por Herbie analisou a situação como sendo dependente de Herbie, o que influencia na taxa de ganho, visto que a velocidade de Alex é determinada pela velocidade de Herbie que é menor que a velocidade potencial de Alex. Assim que Alex passa Herbie para liderar a fila percebe melhorias quanto ao tamanho do inventário (fila) e quando divide a carga que Herbie estava carregando com os demais garotos Herbie consegue andar mais rápido, seguindo a analogia de Alex, o inventário diminuiu e o ganho aumentou.

De volta à fábrica Alex novamente teve problemas com o atraso de pedidos e com o que aprendeu na caminhada pode explicar a sua equipe que o desvio máximo de uma operação anterior se torna o ponto de partida para a operação subsequente.

Alex entendeu que não devem examinar cada área e tentar melhorá-la, mas sim otimizar o sistema como um todo. Alguns recursos têm de ter mais capacidade que outros. Os recursos no final da linha deveriam ter mais capacidade que os do começo. Assim Jonah, abrangeu mais dois conceitos a conversa. Os recursos gargalo e não gargalo. Gargalo segundo Jonah é qualquer recurso cuja capacidade é igual ou menor que a demanda imposta a ele,isso faz com que parte do que esta sendo produzido se torne inventário, o que representa custos para a indústria. Além disso, o fator mais agravante do gargalo é que ele determina a capacidade total da indústria. Os recursos não gargalos são todos os demais, os quais também devem ser controlados, uma vez que capacidade maior que demanda é custo para a indústria. Diante desses conceitos Jonah passa uma regra a Alex, balancear o fluxo, não a capacidade, para que o fluxo feito através do gargalo seja um pouco menor que a demanda.  Assim, onde eles, gargalos, existirem é necessário usá-los para controlar o fluxo do sistema até o mercado.