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Redes Networks e trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.960 Palavras (8 Páginas)  •  185 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

THIAGO RAFAEL NOGUEIRA CARDOSO

Resumo Artigos

Redes, Cooperação e Competitividade

Belo Horizonte

2016


 GRANOVETTER, M. The strength of weak ties. American Journal of Sociology, v.78, n.6, p.1360-1380, 1973.

O artigo apresenta a ideia da importância dos laços frágeis e o quanto os mesmos precisam ser mais estudados. Apresenta algumas analises de network para o fenômeno. O primeiro tópico que o artigo aborda é sobre a força do laço. A força é a combinação de muitos fatores como tempo, intensidade, intimidade. Quando as interações são fortes, por exemplo entre o elemento A e B e também entre o elemento A e C, por consequência os elementos B e C terão uma certa relação.

O texto fala sobre as pontes  dizendo que cada pessoa possui alguns contatos, entre os contatos das pessoas transitam influencia  ou informação, sendo que essas influências ou informações podem transitar para os contatos indiretos dessas pessoas. O autor avalia como importante conhecer o micro e o macro, ou seja o quanto a pessoa está próxima da outra, o quanto estão conectadas. Essas conexões são fortes ou são apenas fracas. Granovertter está interessado em quão forte as relações são e como as relações afetam a vida em sociedade

Entre os seus conceitos estão o da ponte. O autor  acredita que a ponte é um laço fraco, pois se a pessoa possui uma conexão forte, haverá outras pessoas conectadas as mesmas. Apesar de ser um laço fraco, o mesmo é o laço muito importante uma vez que apenas o laço fraco é capaz de conectar grupos distintos, o laço forte apenas reforça        a repetiçao de dois grupos. As pontos são elos importantes de conexões entre grupos ao fluir entre elas, recursos e informações. O autor também afirma que no contexto individual, é extremamente importante manter laços entre colegas de faculdade e outros grupos, pois sem esses laços não obteria acesso a alguns tipos de informações.

O autor conclui afirmando que subestima os laços fortes, no entanto o artigo contribui com um olhar diferenciado  para as relações no olhar individual e no que se refere a comunidade. O foco nos laços fracos precisa ser pensado no âmbito pessoal e profissional, refletir a própria rede, agrupar os contatos por quantidade de interações e avaliar as possibilidade de ganhos que o individuo teria com os laços que os cercam.

Enxergar a própria rede é sinal de inteligência competitiva em um mercado cada vez mais concorrido, sendo necessário estar atento as oportunidade e ameaças do cotidiano.

GRANOVETTER, M. Economic action and social structure: the problem of embeddedness. American Journal of Sociology, v.91, p.481-510, 1985.

O artigo trata da imersão no ambiente econômico e seus problemas decorrentes dele. O autor defende que o nível de imersão do comportamento econômico é mais baixo em sociedades não reguladas pelo mercado. Essa economia em mercados não regulados apresenta características interessantes como grande número de compradores e vendedores, clima de concorrência perfeita, falta de espaço para barganhas e negociações, etc O texto cita Hobbes como a intenção do homem nas relações transacionais muitas delas viesadas pelo interesse próprio. Nesse ambiente livre, o ser humano contribui para isso. Outro autor citado é o de Adam Smith que defendia a não interferência do estado na economia, segundo esse autor existia uma forma de “mão invisível” que regulava o mercado, não sendo necessário uma interferência governamental.

O texto aborda a importância do homos economius e sua influência na sociedade. O ser humano é influenciado pela classe social que ocupa. Apenas pela classe social, a pessoa recebera estímulos que determinarão seu futuro, caso seja de uma classe elitizada, receberá treinamento em faculdades de elite e caso seja de uma classe mais baixa, terá uma formação inferior, mantendo esse ciclo. Outro ponto importante o texto trabalha dois conceitos dos indivíduos econômicos, o primeiro deles é o conceito da racionalidade limitada, ou seja, o individuo não consegue processar todas as suas ações  e todas as leituras do ambiente que o cerca, com isso não consegue enxergar as relações a longo prazo. A segunda é a atitude de agir pensando em si mesmo e em obter vantagens em cada relação.

No entanto, muitas das relações, mesmo empresarias, são formadas no sentido de diretorias integradas, ou seja, os diretores de empresas possuem uma amizadade inicial, podem frequentar mesmos estabelecimentos, jogar golfe ou qualquer outro esporte juntos. Essa amizade de relacionamento leva a uma mudança na relação quando a mesma se passa para o âmbito empresarial, as regras de contrato são flexibilizadas para não gerar atrito e desconfiança da pessoa.

As relações profissionais são muito afetadas pelas relações pessoais, o texto cita exemplos de vendedores que passam informações para fornecedores que lhes são mais simpáticos ou prestativos. As relações favoráveis incentivam as relações transacionais.

COLEMAN, J.S. Social capital in the creation of human capital. American Journal of Sociology, v.94, p.95-120, 1988. Supplement.

O autor critica as duas linhas de pensamento no que se refere as ações sociais. Uma deles de caráter mais sociólogo que vê o homem e suas correntes sociais que estão ligados a ele e a outra como sendo de caráter mais econômico sendo a pessoa  responsável pelo resultados do seu trabalho individual. O autor enxerga defeitos nas duas teorias, sendo que a primeira por acreditar que o individuo não possui uma energia interna capaz de ascender nas áreas de sua vida e o segundo por não considerar a importância devida as relações sociais.

Na visão do autor, as duas teorias deveriam ser unificadas como representação do conceito de capital social. Nesta teoria, aspectos das duas correntes são valorizadas, considerando a sociedade envolta e considerando a atividade individual da pessoa como protagonista.  O autor cita Granovetter, explicando sua teoria de imersão e a importância dessa imersão no ambiente que o cerca. Ao introduzir o conceito de capital social, Coleman utiliza de exemplos práticos, um dos exemplos citados é o mercador de pedras preciosas e suas práticas comuns. Uma das práticas consiste em deixar a quantidade de pedras preciosas com o cliente para que o mesmo as examine. Ao examinar, existe a certeza que as pedras não serão mexidas pois estabeleceu-se uma relação de confiança. Geralmente, são pessoas da comunidade, que seguem grupos religiosos similares. Essas relações de confiança permite a realização de operações mercadológicas desse porte. O autor cita os benefícios de se ter o capital social, até comparado com o capital material. O capital social não apresenta ser tão tangível, no entanto a pessoa que o tem poderá usufruir de muitos benefícios. Há situações em que o acúmulo de responsabilidades podem definir o papel do capital social tanto na família, amigos e sociedade como um todo.

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