Resenha Toyota

Resenha crítica: Toyota Motor Manufactoring.

A Toyota, diferente das montadoras nacionais, busca em suas preocupações, ter qualidade e preço acessível (justo) para as pessoas, entrega no prazo certo. Mesmo diante da crise ocorrida após a Segunda Guerra Mundial. Drásticos foram os cortes nos custos, um dos maiores desafios ocasionados para a Toyota, ainda sim, diante de tantos problemas, a evolução não parou.

A redução nos custos ocorreu, mas o mesmo era para garantir a eliminação dos desperdícios, ou seja, produzir somente o que era e quando necessário qualquer outra forma a ser realizada na plataforma de produção era denunciado como desperdícios. Quando aconteciam alguns tipos de problema na produção, o mesmo era detectado rapidamente, evitando assim o agravamento no processo da produção, e com isso evitando que os veículos saíssem com algum “defeito”, e zelando pela qualidade do mesmo.

A adequação do sistema “puxado” evitava o acumulo no estoque e o desperdício, o que no sistema “empurrado” não ocorria, o cliente faz o pedido e leva o que tem, sem ter a flexibilidade.

Além disso, a Toyota instigou o “pensamento certo, produtos certos”, ou seja, programas de incentivo como treinamento e capacitação para todos os empregados, para que dessa maneira pudessem obter o “mudar para melhor”, busca essa que era continua. Com esses treinamentos o intuito era motivar cada colaborador, pois bem treinados e capacitados os mesmos poderiam ajudar de maneira mais adequada na produção e crescimento da empresa, ou seja, o desenvolvimento da infraestrutura humana era a principal prioridade, para que assim fossem capazes de resolver problemas encontrados nas produções. Por mais que a empresa seja robotizada, modernizada, com melhores programas, sempre terá por traz dos bastidores a peça fundamental, o ser humano, para que toda a engrenagem possa dar continuidade.

Por esse e outros motivos, a busca continua para um desenvolvimento eficiente e eficaz é necessário, observar de perto o andamento da produção, o chão de fábrica, melhor lugar para sanar problemas ocorridos. Mas o mesmo não era uma tarefa fácil, as pessoas deveriam praticar em observar os problemas; não sendo como uma obrigação, mas como uma prática de querer e poder colaborar por algo melhor, e para isso, era necessário ter o conhecimento melhor de seus colaboradores.

As vendas pela Toyota foram supridas como os novos modelos Sedans e o aumento da produção Station Wangon. Ocorreram horas extras, para compensar a produção perdida de inicio do mês, pois a taxa de utilização da linha estava abaixo da meta projetada, a necessidade de estarem no chão de fábrica, para poder observar melhor os problemas ocorridos na montagem dos bancos, fatores esses ocorridos dentro dessa grande montadora, nos mostra que mesmo com uma grande infraestrutura, a mesma não está isenta de problemas, seja com produção ou com empregados, todas passam por algum tipo de dificuldade, mas o posicionamento e postura, diferencial que faz da Toyota na sua busca em ser a melhor, aumento de produtividade na linha de montagem, mantendo sempre a qualidade e custos baixos, projetados a 20% (1992), que foram de 200.000 para 240.000 anuais.

Os princípios usados pela Toyota no seu controle de produção são eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade.

O princípio de eliminação de desperdícios era aplicado a fábrica, constitui a produção enxuta, também conhecida como lean production, consiste em fabricar com o máximo de economia de recursos. O princípio da fabricação com qualidade objetiva produzir sem defeitos, que também é uma forma de eliminar desperdícios.

Além dos dois princípios citados acima a Toyota também tem um terceiro princípio que é essencial para o funcionamento dos outros dois, que é o comprometimento e envolvimento dos funcionários ao lado da fabricação com qualidade e da eliminação de desperdícios.

Depois de reduzir ou eliminar os desperdícios, o que sobra são os esforços para agregar valor ao produto, ou seja, realizar operações de transformação de materiais e componentes estritamente relacionados com a elaboração de um produto. Diminuindo os desperdícios diminui os custos de produção sem comprometer o valor final do produto para o cliente.

O Sistema Toyota aplica três ideias principais para eliminação de desperdícios: racionalização da força de trabalho, just in time e produção flexível.

A racionalização da força de trabalho consiste em agrupar os operários em equipes com um líder para cada equipe, tendo como função coordenar o grupo e substituir qualquer funcionário que faltasse.

O método just in time consiste em reduzir o mínimo o tempo de fabricação e os estoques, produzirem somente o que é necessário na hora certa com produto certo.

Produção flexível consiste em fabricar somente o que era demanda dos clientes, fabricar em pequenos lotes. A produção flexível da Toyota opõe-se à filosofia ocidental de fabricar lotes.

O método para avaliar a produção da Toyota se dá inspecionar um a um cada veículo e observar a satisfação dos clientes. Os engenheiros têm como função ajudar a produção a identificar e resolver problemas de qualidade na montagem e problemas de qualidade com fornecedores, também era avaliado através de feedback. A avaliação final era checada a qualidade de montagem dos carros antes que saíssem para inspeção de embarque de forma que ao encontrar algum problema o carro era devolvido imediatamente para montagem não causando nenhum desconforto aos clientes.