Resenha do Livro Gestão estratégica
Por: João Tadeu • 1/7/2018 • Resenha • 2.163 Palavras (9 Páginas) • 942 Visualizações
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
MBA EM GESTÃO: SERVIÇOS EM SAÚDE
Disciplina:
Gestão Estratégica
Trabalho individual: Resumo do Livro
Gestão estratégica
David Menezes Lobato
Editora FGV, 2017
O livro apresenta como objetivo oferecer um referencial teórico e prático que proporcione uma visão estruturada de gestão estratégica e contribua para o aperfeiçoamento desta temática no ambiente de negócios.
O primeiro capítulo tem como objetivo proporcionar uma reflexão sobre os conceitos de estratégia e apresentar os aspectos da evolução de pensamento estratégico. A palavra estratégia vem de strategós (de stratos = exército, e ago = liderança ou comando, tendo significado inicialmente a arte do general) e designava o comandante militar. Segundo Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010), a estratégia pode ser: 1) um plano (plan), uma direção, um guia ou curso de ação para o futuro, um caminho a ser seguido para levar a organização de um estado atual, corrente, para um estado futuro desejado; 2) um padrão (pattern), isto é, a consistência do comportamento ao longo do tempo; 3) uma posição (position), ou seja, o posicionamento (ou localização) de determinados produtos ou serviços em determinados mercados; 4) uma perspectiva (perspective), uma maneira fundamental de a organização fazer as coisas. Na visão de Mintzberg e Quinn (2010), existem 3 níveis de estratégia: 1) estratégia corporativa; 2) estratégia competitiva ou de negócio; e 3) estratégia funcional. As escolas do pensamento estratégico são formas diversas de apresentar apresenta suas soluções de acordo com as suas premissas. Nenhuma visualiza a estratégia como um todo, mas em conjunto auxiliam em compreender o todo. Citamos as escolas: do design, do planejamento, do posicionamento, do empreendedorismo, cognitiva, do aprendizado, do poder, cultural, ambiental e da configuração. A partir dessas reflexões, consideramos estratégia como o conjunto de escolhas e não escolhas, de modo a criar singularidade no mercado e promover crescimento sustentável. A estratégia adequadamente estabelecida permite que a organização crie singularidade no mercado, diferenciando-se, em termos competitivos, de outras instituições. Possibilita também o desenvolvimento sustentável da empresa, estabelecendo ações integradas que permitem seu crescimento, respeitando as premissas de comprometimento ambiental e social. Ao entendermos o significado de estratégia, temos melhores condições de refletir sobre gestão estratégica.
O segundo capítulo destaca a importância da administração estratégica e do alinhamento. A administração estratégica evoluiu do planejamento financeiro, materializado no orçamento, para o planejamento de longo prazo, passando dele para o planejamento estratégico. Este último foi incorporado pela administração estratégica, que uniu, em um mesmo processo, planejamento e administração, adicionando-lhes a preocupação com sua implementação. Dessa forma, gestão estratégica pode ser entendida como o processo contínuo e circular que visa manter a empresa como um conjunto adequadamente integrado ao seu ambiente. Esse processo abrange o cumprimento, por parte do gestor, de uma série de etapas que envolvem análise do ambiente, estabelecimento de diretrizes organizacionais e formulação, implementação controle da estratégia. O processo de gestão estratégica envolve oito principais características que influenciam no seu sucesso: 1) atuação global; 2) pro-atividade e foco participativo; 3) criatividade e inovação; 4) aprendizagem; 5) organização em unidades estratégicas de negócio; 6) ênfase em alianças; 7) sustentabilidade; 8) alinhamento estratégico. Especificamente sobre o último, é importante na gestão estratégica o alinhamento estratégico da corporação, das unidades de negócio, dos departamentos, dos parceiros externos e do conselho de administração com a estratégia. Para obter o alinhamento, as empresas devem implementar as práticas de governança corporativa e do balanced scorecard (BSC). O BSC é uma ferramenta de alinhamento estratégico na qual é utilizado um sistema de controle que permite à organização usar o desdobramento da estratégia para fazer seu planejamento. Trata-se de um sistema de gestão baseado em indicadores que impulsionam o desempenho, proporcionando à organização as visões atual e futura do negócio, de forma abrangente e com um controle proativo dos objetivos planejados.
No capítulo 3 os autores apresentam os referenciais estratégicos, considerados metodologia-base para o processo de gestão estratégica, que compreendem o processo de definição do negócio, a elaboração da visão, a determinação da missão e dos valores fundamentais da organização. Pelos referenciais estratégicos é definida a orientação geral que a empresa precisa seguir para sobreviver e evoluir em determinado cenário. Os referenciais estratégicos são formados pela definição do negócio, da visão, da missão e dos valores da organização: 1) a definição do negócio foca o entendimento de quais são as necessidades dos clientes e quais são os benefícios que eles buscam para atender às suas necessidades e desejos. Dessa forma é importante determina a identificação do negocio atual e adequar as tendências do ambiente de negócio. Essas definições são apresentadas nas formas ampla e restrita. 2) a visão é a explicação do que se idealiza para a organização, como a organização deseja ser reconhecida no futuro. 3) a missão é a expressão da razão de existência da organização; é a função que esta desempenha no mercado, de modo a tornar útil sua ação, justificar seus lucros do ponto de vista dos acionistas e da sociedade em que está inserida. 4) os valores da organização são definidos como crenças básicas para a tomada de decisão na empresa.
No capítulo 4 é realizada a análise do ambiente externo para detectar os sinais de mudança, identificar as oportunidades, planejar de forma sintonizada com o negócio e criar as condições para as ações proativas, de modo que a empresa tenha sucesso em seus desafios. A análise do ambiente geral aborda elementos que formam a própria vida da sociedade e que influenciam, de maneira direta ou indireta, as organizações. Os ambientes gerais a serem estudados pelos estrategistas compreendem o ambiente demográfico, o sociocultural, o político-jurídico, o tecnológico, o econômico e o global. Nesse contexto é importante detectar as oportunidades e ameaças. As oportunidades são as situações ou os acontecimentos externos à organização que podem contribuir positivamente para o exercício da sua missão e o alcance de sua visão. As ameaças são situações ou acontecimentos externos à organização que podem prejudicar o exercício de sua missão e o alcance de sua visão. Essas análises, segundo Porter, baseia-se na estrutura do modelo das cinco forças competitivas: 1) o grau de rivalidade entre as empresas; 2) a ameaça dos novos entrantes potenciais; 3) a ameaça dos produtos substitutos; 4) o poder de barganha dos compradores; e 5) o poder de barganha dos fornecedores.
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