Responsabilidade Social Empresarial

CAPITULO I – INTRODUÇÃO

Diante de um contexto de constantes mudanças socioeconômicas, a sociedade está designando ás empresas um novo papel: os agentes sociais, responsáveis por exercer ações sociais e informar a seus usuários seu desempenho nesse sentido. A intenção é abordar uma temática que interessa a todas as áreas de micro e pequenas empresas. Privilegiando a questão da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Os últimos anos têm se caracterizado por intensas transformações no mercado de trabalho formal, que tem se mostrado incapaz de absorver a força de trabalho disponível. Diante deste cenário, para um grande contingente de profissionais faz-se necessário buscar outras formas de alocação de sua força de trabalho, com abertura de uma pessoa jurídica para produção ou venda de bens e serviços, ou prestação de serviços, seja para pessoas físicas ou jurídicas.

Conforme Amaro e Paiva (2002:8).

“O Estado produtor e as grandes e pesadas estruturas empresariais que vigoram no Brasil até os anos 80 perdem cada dia mais espaço no mundo globalizado de hoje. A nova realidade tem exigido estruturas produtivas ágeis e dinâmicas, melhor adaptada ás novas tecnologias e ao ambiente de incerteza. A substituição da relação trabalhista pela comercial (terceirização) e a tendência à redução do núcleo ´duro´ da firma (trabalhadores em tempo integral e com contratos por prazo indefinido) são uma realidade. Com isso, as pequenas firmas crescem graças a terceirização, especialmente no setor de serviços, e também pelo fato de se tornarem mais competitivas em relação às grandes empresas, em vista da maior flexibilidade”.^[1] 

O conceito da RSE está relacionado com a ética e a transparência na gestão dos negócios e deve refletir-se nas decisões cotidianas que podem causar impactos na sociedade, no meio ambiente e no futuro dos próprios negócios.

Diz respeito à maneira como as empresas realizam seus negócios: os critérios que utilizam para a tomada de decisões, os valores que definem suas prioridades e os relacionamentos com todos os públicos com os quais interagem. A gestão da aquisição, conhecida função de compras, assume o papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucros.

 

1.1 - Tema

Responsabilidade Social Empresarial: Uma Reflexão para Micros e Pequenas Empresas.

1.2 - Delimitações do tema

A reflexão do conceito de responsabilidade social empresarial como fator de competitividade, a partir de uma conscientização das micro e pequenas empresas no mercado brasileiro, na atualidade (2009).

1.3 - Objetivos Gerais

Definição e reflexão da gestão nas micro e pequenas empresas atrelados a projetos de responsabilidade social vinculados às necessidades das comunidades.

Estímulo ao fortalecimento nas micro e pequenas empresas, de cooperativas e outras associações do terceiro setor da economia, voltadas para atividades de gestão sociais como diferencial competitivo.

1.4 - Justificativa

A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da sociedade como parte integrante do ecossistema da organização, com necessidades e expectativas que precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas. Trata-se do exercício constante da consciência moral e cívica da organização, advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade.

O respeito à individualidade, ao sentimento coletivo e à liberdade de associação, assim como a adoção de políticas não-discriminatórias e de proteção das minorias são regras básicas nas relações da organização com as pessoas.

E justifica-se priorizar tal assunto, uma vez que o próprio futuro das organizações e – por que não dizê-lo da própria sociedade – implica a incorporação de todas as forças humanas na missão organizacional. O lucro só se efetiva plenamente quando os benefícios dos que trabalham e produzem se distribuem, não só pelos que mantêm o negócio, como também pelos seus clientes e, finalmente, pela sociedade e pelo meio ambiente.

Esta é a única visão da empresa cabível no detalhar deste século. Embora pretensioso, o tema se justifica por chamar a idéia de responder a responsabilidade todos os compartimentos das micro e pequenas empresas. A tese a ser defendida é a de que, sem a incorporação efetiva de todas as forças humanas e naturais na concepção do negócio, dificilmente elimina-se as barreiras socioeconômicas que circundam a sociedade atual e redundam em desigualdades, violência e estagnação. Há, pois, uma missão social da empresa. O tema muito interessa as micro e pequenas empresas, que numa escala mundial o Brasil antes de vários outros países, privilegia a gestão com responsabilidade social empresarial.

1.5 - Problema

Encontrando o caminho da responsabilidade social empresarial. Quais as diretrizes adotadas pelas micro e pequenas empresas?

Ser mais responsável socialmente hoje é fator de competitividade?

1.6 - Metodologia

O procedimento é Monográfico, com base na teoria de Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi (1992), tendo como indutivo método utilizado.  

Além disto, o procedimento utilizado é exploratório, desenvolvido com base em informações de fontes secundárias sobre o tema e o procedimento de reflexão caracterizado pela análise empírico-dedutiva (Melhotra, 2006).

Embasamento Teórico – Tomará como fundamento Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

CAPITULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento é o grande objetivo de todas as nações. Utilizar-se de seus recursos naturais e humanos de forma a garantir o bem estar de suas populações – eis o sonho que move grande parte dos governos de todos os países.

Uma das formas de entendermos o desenvolvimento da responsabilidade social nas empresas é rever o posicionamento dos Estados Liberais, na metade do século XX, sobretudo no que diz respeito aos assuntos do governo. Com a cristalização política das democracias ocidentais, o Estado vem se responsabilizando por uma série de ações políticas que visam no limite, ao bem-estar da sociedade e à melhor qualidade de vida dos cidadãos. Os investimentos sociais das empresas vêm chamando cada vez mais a atenção dos meios de comunicação e da sociedade, contribuindo para a construção de sua imagem pública. Por outro lado, tais instituições intensificam suas ações direcionadas às comunidades localizadas nas suas imediações projetando uma imagem de empresa cidadã.