Sintese - Metodologia do Trabalho Cientifico
Por: Luiza Amancio • 30/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.605 Palavras (7 Páginas) • 564 Visualizações
Síntese: Metodologia do Trabalho científico
Ao iniciar a universidade o estudante se encontra em uma nova etapa de sua formação, cheia de novos desafios, os quais exigem uma nova postura do aluno para que ele alcance o sua meta acadêmica com sucesso. Alcançar esse objetivo depende fundamentalmente do aluno, porque a universidade exige do estudante uma maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior independência em relação aos subsídios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que ainda continuam sendo oferecidos e uma postura de autoatividade didática que precisa ser crítica e rigorosa. Depois de se conscientizar da especificidade da situação, o estudante deve começar a procurar instrumentos de trabalho para servir de base para o estudo pessoal e para a complementação da aprendizagem em sala de aula.
A assimilação da matéria é feita através do ensino em classe, mas é garantida pelo estudo pessoal de cada estudante e, por isso, ao dar início a sua vida universitária, ele precisa dispor de uma biblioteca pessoal especializada e qualificada, adquirindo aos poucos os livros fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. Essa biblioteca deve conter textos básicos para estudo de sua área específica, os quais são necessários no momento de iniciação, mas depois são substituídos por textos especializados. Nesse momento os textos básicos servirão apenas para preencher lacunas do processo sequencial de aprendizagem. Esses tipos de textos genéricos não podem ser os únicos componentes nessa biblioteca pessoal, deve-se ter também periódicos, além de participação em acontecimentos extracurriculares.
Esse material didático científico é uma base do estudo pessoal do aluno e complementará as informações adquiridas em sala. Uma vez documentada a matéria abordada em aula, devem ser igualmente documentados os elementos complementares a essa matéria, essa maneira de documentação é a mais adequada e eficiente para fazer anotações. As informações colhidas na sala de aula são assinaladas, de maneira precária e provisória, nos cadernos de anotações. Ao chegar em casa, o estudante deve refazer estas anotações em uma estruturação, adicionando informações complementares adquiridas através de pesquisas e da biblioteca pessoal do aluno. Feito isso, pode-se passar toda a informação para as fichas de documentação. Essa rotina faz com que o aluno trabalhe de maneira inteligente e racional, adquirindo maior familiaridade com o assunto por mais difícil e estranho que possa parecer à primeira vista. Essa metodologia de estudo é bem rígida e exige uma organização sistemática do pouco tempo disponível em casa, indispensável para um aproveitamento mais inteligente do seu curso de graduação, mas é, sem dúvida, a metodologia mais eficiente.
Diante de uma ampla biblioteca pessoal o aluno precisa de mais duas habilidades além da organização: a leitura e documentação. Textos filosóficos e científicos apresentam obstáculos específicos e é preciso criar condições de abordagem e de inteligibilidade do texto, aplicando alguns recursos que, apesar de não substituírem a capacidade de intuição do leitor na apreensão da forma lógica dos raciocínios em jogo, ajudam muito na análise e interpretação dos textos. Antes de abordar as diretrizes para a leitura e análise de textos, vale lembrar que o texto-linguagem é, antes de tudo, o meio intermediário pelo qual duas consciências, o autor e o leitor, se comunicam. O autor codifica sua mensagem que, por sua vez, já tinha sido pensada, concebida e o leitor, ao ler um texto, decodifica a mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a: assim se completa a comunicação entre essas duas consciências.
Para interpretar textos filosóficos e científicos o leitor deve seguir seis passos fundamentais: delimitação da unidade de leitura, onde ele define o que vai ler; Análise textual, onde o estudante faz uma preparação do texto, fazendo uma leitura seguida e completa da unidade do texto em estudo; Análise temática, onde o leitor constrói uma compreensão do texto; Análise interpretativa, onde ele faz a interpretação do texto; A problematização, onde o leitor faz a discussão do texto; Síntese pessoal, onde o leitor faz uma reelaboração pessoal da mensagem e a construção lógica.
Após a interpretação dos diferentes textos disponíveis na sua biblioteca pessoal o estudante deve fazer a documentação desta bibliografia e das anotações feitas em sala para ter um melhor aproveitamento do conteúdo aprendido. Um tipo de documentação que pode ser praticada pelo estudante é a documentação temática, a qual visa coletar elementos relevantes para o estudo em geral ou para a realização de um trabalho em particular, sempre dentro de determinada área, esses elementos são determinados em função da própria estrutura do conteúdo da área estudada ou do trabalho em realização. Tal documentação se completa pela documentação bibliográfica: as fichas de documentação bibliográfica organizam-se de acordo com um critério de natureza temática. Esse tipo de documentação deve ser realizada paulatinamente, à medida que o estudante toma contato com os livros ou com os informes sobre os mesmos. Outro tipo de documentação é a geral, a qual organiza e guarda documentos úteis retirados de fontes perecíveis.
Todo texto científico presente na biblioteca pessoal de cada um, tem a forma de um discurso textual, ou seja, um texto que é portador de uma mensagem codificada pelo seu autor e a ser decodificada pelo seu leitor. Dissertação é a forma geral desse discurso textual e quer dizer que o discurso está pretendendo demonstrar uma tese mediante argumentos. A argumentação, por sua vez, funda-se na evidência racional e na evidência dos fatos. A evidência racional justifica-se pelos princípios da lógica. A argumentação consiste em apresentar uma tese e um dos seus elementos mais importantes é o raciocínio, porque suas conclusões fornecem bases sólidas para os argumentos.
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