Teoria Geral das Organizações Flexibilidade
Por: Daniela S. Machado • 10/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.361 Palavras (6 Páginas) • 149 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO LA SALLE
ADMINISTRAÇÃO - COMÉRCIO EXTERIOR - Sala 227-4 / 23 - TEORIA GERAL DAS ORGANIZAÇÕES I
Professora Eliane Cortez
Aluno - Daniela , Fernando, Sandro e Vanessa
TEXTO: FLEXIBILIDADE E VANTAGEM COMPETITIVA
As empresas bem-sucedidas serão aquelas que tiverem capacidade de adaptação e criarem um ambiente estável para mudanças, chamadas portanto de organizações flexíveis. Elas estarão sempre desenvolvendo novas estratégias e adaptando-se as novas realidades.
As empresas flexíveis são compostas de pessoas que entendam a necessidade de transformar estruturas e comportamentos conforme o perfil de seus clientes.
Vamos comentar ainda dois elementos citados pelo autor que transformam um processo de desenvolvimento da estratégia de mudança: o primeiro são arquétipos, ou seja, modelos que cumprem diferentes finalidades estratégicas, divido em dois tipos "muito centralizado" e "muito autônomo" que citaremos a seguir, e o segundo que é a congruência, relacionado a coerência na aplicação da estratégia escolhida.
ADMINISTRAÇÃO DO DESENHO
Os executivos tradicionais costumam ignorar o elemento "desenho organizacional" , esses vêem a empresa como uma organização mecanicista, ou seja, que concentra-se nas partes e não no todo. A tendência desses executivos é alinhar componentes, como remuneração e ignorar mudanças em outros aspectos causados por esse realinhamento, já os executivos da empresa flexível são inovadores e se baseiam em vários fatores antes de organizar mudanças como mercado, cultura do país, concorrentes, etc.
ESTRATÉGIA DE MUDANÇA
A seguir alguns passos importantes para formar uma estratégia de mudança:
- Escolha do desenho organizacional que se encaixe na estratégia a ser seguida;
- Avaliar como se dará o trabalho dos funcionários dentro do desenho escolhido;
- Desenvolver uma estratégia coerente com a nova configuração proposta;
Os executivos da empresa flexível vêem com nitidez a necessidade de construir uma organização que cresça e aprenda e que mude conforme as necessidade, portanto a formulação da estratégia de mudança é ponto chave para o sucesso, pois ela é fundamental para administrar a confusão que será criada na mudança de uma configuração para outra. Uma estratégia bem planejada e organizada põe fim a essas confusões pois orienta as energias somente para a nova configuração, já os executivos da organização tradicional ignoram o desenvolvimento dessa estratégia, acreditam que basta ter visão do problema e da solução e aplicá-la, portanto ela não perdura pois as mudanças tendem a ser incoerentes e desequilibradas e na primeira dificuldade as pessoas rapidamente voltam a antiga maneira de trabalhar.
PROCESSO DE MUDANÇA
Os executivos tradicionais impõe uma metodologia de mudança, ou seja um processo independente que é imposto somente quando necessário, já os flexíveis entendem que o processo de renovação deve ser contínuo, ajustando-se a possíveis mudanças.
Os profissionais flexíveis transformam as empresas conforme o necessário, mas sabem que "a boa administração não tem nada a ver com a adequação do desenho organizacional à estratégia, eles somente usam o que funciona" .
ARQUÉTIPOS DE ORGANIZAÇÕES FLEXÍVEIS
Os arquétipos são conjuntos de características que descrevem através de desenhos várias formas de arquiteturas organizacionais, podendo ser centralizados, descentralizados, circulares, pirâmides, invertidas ou não, etc
O processo de desenvolvimento da estratégia dentro de uma organização flexível dá-se da seguinte forma, "alinhar, vincular e harmonizar":
- Identifica o mercado e liga as necessidades dos clientes;
- Identifica as potencialidades da empresa no mercado;
- Associa as estratégias ao desenho organizacional;
- Reequilibra a organização ao fazer o realinhamento dos componentes;
- Vincula o desenho organizacional escolhido aos funcionários, ou seja a aplicação propriamente dita.
O autor propõe no texto quatro perguntas básicas que devem ser feitas aos funcionários para avaliar o bom desempenho do desenho organizacional e da estratégia aplicada que são: A estratégia proposta está alinhada ao mercado?; O desenho organizacional proposto está alinhado com a estratégia?; Nossos componentes organizacionais são coerentes com a proposta do nosso projeto? e Estamos nos de acordo com a filosofia proposta? .
Vamos exemplificar a seguir três modelos de arquétipos mais comuns nas organizações:
Arquétipo "Muito Centralizado"
- Caracteriza uma hierarquia organizada;
- Há um centro de controle de onde partem os comandos para os níveis inferiores ;
- Não há interação entre o nível mais alto e o mais baixo dentro da empresa, a idéia parte de que os executivos dirigem e os funcionários obedecem;
- As áreas de atuação são claras e fixas e a empresa possui vários níveis hierárquicos;
- As decisões estratégicas são tomadas pelo executivo-chefe
- Nas horas de folga os funcionários discutem geralmente assuntos pessoais, evitando conversas relacionadas a trabalho;
- Praticamente não há líderes informais;
- O status é considerado muito importante e demonstrado de várias maneiras como pelo modo de vestir.
Arquétipo "Entre centralizado e autônomo"
- Possui núcleo pequeno de executivos que tomam as decisões mais importantes;
- O grupo central é aberto e há troca de novas experiências;
- O julgamento individual é considerado mas deve haver obediência as regras e procedimentos estabelecidos;
- A hierarquia é pouco enfatizada;
- Há discussão e troca de idéias entre os colegas relativos ao trabalho;
- O status não é tão importante.
Arquétipo "Muito autônomo"
- Possui vários núcleos de poder unidos entre si;
- Os membros dos núcleos mantém contato com todos da organização, discutem os assuntos com qualquer um envolvido no assunto
- Os problemas são resolvidos de acordo com a situação e a hierarquia é mínima;
- Todos da organização tem acesso as finanças, desempenho da empresa, etc;
- O s funcionários tem liberdade de conversar a respeito da maneira ideal de executar as tarefas ;
- Os processos de trabalho fluem e raramente uma tarefa é realizada duas vezes da mesma forma;
- Os funcionários discutem freqüentemente as estratégias e táticas da empresa em qualquer oportunidade;
- O status perde importância.
ARQUÉTIPOS E FLEXIBILIDADE
Mostramos acima as extremidades que vão de "muito centralizado" até outra "muito autônomo". Entre esses podem haver outros vários tipos de arquétipos, cada arquétipo identifica um desenho organizacional. A finalidade do arquétipo é cumprir uma estratégia. O autor indica para uma empresa onde necessita precisão, alta qualidade e grandes volumes um arquétipo onde o ambiente de trabalho seja bastante disciplinado e padronizado como mostrado no arquétipo "muito centralizado". Já o arquétipo "muito autônomo" se encaixa melhor numa empresa que necessite de um perfil criativo, inovador, que aceite riscos e previna falhas.
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