Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem
Por: KarinaN • 11/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.213 Palavras (5 Páginas) • 1.647 Visualizações
Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem
- No final do século XIX e início do século XX apareceram os primeiros trabalhos tratando da administração com o objetivo de racionalização do trabalho.
- A Teoria da Administração Científica iniciada por Frederick W. Taylor (1856-1915) onde são aplicados métodos da ciência positiva, racional e metódica aos problemas administrativos, a fim de alcançar a máxima produtividade, propondo métodos e sistemas de racionalização do trabalho e disciplina do conhecimento operário colocando-o sob comando da gerência; a seleção rigorosa dos mais aptos para realizar as tarefas; a fragmentação e hierarquização do trabalho.
- Henry Ford, em 1913, aplica a tecnologia da linha de montagem na fabricação de automóveis. Utiliza os mesmo princípios desenvolvidos pelo taylorismo, porém com maior estratégia de organização da produção, envolvendo extensa mecanização, como uso de máquinas-ferramentas especializadas, linha de montagem e de esteira rolante e crescente divisão do trabalho.
- Há algumas décadas, debatem-se os efeitos negativos da organização do trabalho taylorista/fordista sobre os trabalhadores, levando-os a desmotivação e alienação, bem como a desequilíbrios nas cargas de trabalho.
- A Teoria Clássica de Fayol complementou o trabalho de Taylor, substituindo a abordagem analítica e concreta de Taylor por uma abordagem sintética, global e universal. Propôs a racionalização da estrutura administrativa e a empresa passa a ser percebida como uma síntese dos diversos órgãos que compõe uma estrutura. Estabeleceu os princípios da boa administração, sendo dele a clássica visão das funções do administrador: organizar, planejar, coordenar, comandar e controlar.
- A Teoria Burocrática de Max Weber identifica certas características de organização formal voltada exclusivamente para a racionalidade e para a eficiência. Alguns dos seus aspectos são: a divisão do trabalho baseada na especialização funcional; hierarquia e autoridade definidas; sistema de regras e regulamentos que descrevem direitos e deveres dos ocupantes dos cargos; sistema de procedimentos e rotinas; impessoalidade nas relações interpessoais, promoção e seleções baseadas na competência técnica, dentre outros.
- O Movimento das Relações Humanas combate o formalismo na administração e desloca o foco da administração para os grupos informais e suas inter-relações, oferecendo incentivos psicossociais, por entender que o ser humano não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas. Defende a participação do trabalhador nas decisões que envolvem tarefa, porém essa participação sofre restrições e deve estar de acordo com o padrão de liderança adotado.
- A Teoria Estruturalista avança em relação às demais teorias ao reconhecer a existência do conflito nas organizações, assumindo que este é inerente aos grupos e às relações de produção.
- A Teoria Comportamentalista tem sua ênfase mais significativa nas ciências do comportamento e na busca de soluções democráticas e flexíveis para os problemas organizacionais preocupando-se mais com os processos e com a dinâmica organizacional do que com a estrutura. Fundamenta-se nos princípios de: emprego estável; baixa especialização; avaliação permanente do desempenho e promoção lenta; democracia e participação nas decisões; valorização da pessoa.
- A Teoria dos Sistemas busca formulações conceituais passíveis de aplicação na realidade empírica. Para este autor “um sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação”.
- A Teoria do Desenvolvimento Organizacional trata-se do conjunto de idéias a respeito do ser humano, da organização e do ambiente na perspectiva de propiciar o crescimento e desenvolvimento organizacional, de acordo com suas potencialidades. Ocorrem intervenção e mudanças envolvendo modificações estruturais ao lado de modificações comportamentais para melhorar a eficiência e eficácia das empresas.
A busca por modelos e estruturas organizacionais eficazes, relacionando variáveis ambientais e formas estruturais, dá origem a Abordagem Contingencial e marca o surgimento de um modelo denominado orgânico nas organizações, dotado de bastante flexibilidade, descentralização e desburocratização, é colocado como opção para ambientes em constante mutação e condições instáveis.
De um amplo arranjo de teorias e técnicas das ciências comportamentais surge a Abordagem Sócio- Técnica com ênfase nas relações entre o funcionamento dos sub-sistemas social e técnico; princípio da otimização conjunta; escolha organizacional; desenvolvimento de trabalho em grupos semi-autônomos; preocupação com evolução e aprendizado contínuo.
As influências para o Setor Saúde
A atenção à saúde ao longo da história da humanidade vem sendo desenvolvida de muitos modos e por diversos atores sociais. É possível identificar em diferentes períodos históricos abordagens hegemônicas. Desenvolve-se em diversos espaços sociais, porém, atualmente, no mundo todo ocorre, majoritariamente em instituições formais públicas e privadas de âmbito ambulatorial ou hospitalar.
O trabalho em saúde envolve um trabalho profissional, realizado por trabalhadores que dominam os conhecimentos e técnicas especiais para assistir o indivíduo ou grupo com problemas de saúde ou com risco de adoecer, em atividades de cunho investigativo, preventivo, curativo ou com objetivo de reabilitação. No espaço institucional, esse trabalho envolve um conjunto de profissionais especializados, sendo que o número e a composição da equipe são definidos, dentre outros critérios, pelo tipo e complexidade do serviço prestado.
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