TEORIA X PRATICA, A APLICAÇÃO DA TEORIA NOS DIAS ATUAIS
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UNIVERSIDADE DE FRANCA – UNIFRAN
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
SANDRO JOSÉ DA SILVA
TEORIA X PRATICA, A APLICAÇÃO DA TEORIA NOS DIAS ATUAIS
Franca/SP
2013
SANDRO JOSÉ DA SILVA
TEORIA X PRATICA, A APLICAÇÃO DA TEORIA NOS DIAS ATUAIS
Trabalho de conclusão da disciplina de Teoria Geral da Administração do curso de Bacharel de Ciências Contábeis da Universidade de Franca
Tutora: Taíse Helena de Santana
Franca/SP
2013
SUMÁRIO
1 TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 04
2 TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA 07
3 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 09
4 TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO NEOCLÁSSICA 12
REFERÊNCIAS 14
1 - Teoria da Administração Científica
O crescimento desorganizado e caótico ocorrido após a Revolução Industrial trouxe como consequência um mau aproveitamento dos recursos que afetavam diretamente as empresas, diminuindo a sua produção.
Este cenário foi propício para que o Engenheiro americano Frederick Winslow Taylor desenvolvesse, em 1903, a “Teoria da Administração Científica”. Ele identificou os males que eram as causas dos problemas das indústrias:
• Vadiagem sistêmica dos operários: eles reduziam a produção para evitar a redução das tarifas dos salários.
• Desconhecimento, pela gerencia, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para realiza-los.
• Falta de uniformidade das técnicas de trabalho.
Para resolver os problemas, ensinava que a Administração Cientifica é resultado de 75% de análise e 25% de bom senso, é a combinação de ciência no lugar do empirismo e da harmonia no lugar da discórdia. É a cooperação e não o individualismo.
A Administração Cientifica baseia-se na ênfase colocadas nas tarefas, Taylor concluiu que o operário produtivo perde a motivação se for remunerado igual a um empregado menos produtivo, portanto havia de se criar condições de pagar melhor o empregado que produzisse mais.
Em suas pesquisas, Taylor observou que o trabalho poderia ser realizado com maior rapidez com a utilização instrumentos adequados e com emprego dos métodos corretos. Este método científico foi denominado Organização Racional do Trabalho (ORT). A ORT apresentava os seguintes fundamentos:
• Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos;
• Estudo da fadiga humana;
• Divisão do Trabalho e especializações do Operário;
• Desenho de cargos e tarefas;
• Incentivos salariais e prêmios de produção;
• Conceito do Homo-economicus;
• Condições ambientais de trabalho;
• Padronização de métodos e equipamentos;
• Supervisão Funcional.
Para Taylor a gerencia deve seguir quatro princípios:
• Planejamento:
• Preparo:
• Controle:
• Execução:
Porem, a Administração Científica proposta por Taylor apresentava alguns pontos negativos:
• Mecanismo: deu-se pouca atenção ao elemento humano, nas realizações de suas tarefas era tratado como uma máquina.
• Superespecialização do operário: buscou-se simplificar as tarefas, com a sua divisão e subdivisão, assim poderia ser ensinada e executada com maior facilidade, aumentando a perícia do operário.
• Visão Microscópica do homem: visualizava o empregado de maneira individual, o empregado não tinha nenhuma importância humana ou social.
• Ausência de comprovação científica: não havia comprovação científica para os métodos de Taylor, ele baseava-se, ela baseia-se nas observações dos envolvidos no estudo.
• Abordagem incompleta da organização: limitava apenas aos aspectos formais da organização.
• Limitação do campo de atuação: limitou-se a sua atuação aos problemas de produção da fabrica, não levando em consideração os demais setores.
• Abordagem prescritiva e normativa: focada em apresentar soluções prontas para os problemas através de normatização.
• Abordagem de sistema fechado: vê somente o que ocorre com a empresa, cria um isolamento do mundo externo.
Os princípios de Taylor são aplicáveis nos dias atuais, o planejamento, o prepara, o controle a e execução, porém torna o método muito rígido, nos dias de hoje um exemplo com características do “Taylorismo” seria o aplicado pela Arcos Dourados Comercia de Alimentos Ltda., detentora da Marca MCDonald´s na América Latina, tanto na sua linha de produção de alimentos como na sua área administrativa a politica empregada tem traços da Administração Científica. Por exemplo, na área administrativa um trabalhador lida somente com INSS, outro com PIS, COFINS e CSLL, outro com IRRF, outro com ISSQN, etc. (Mecanismo e Superespecialização do Operário).
2 - Teoria da Administração Clássica
Quase que paralelamente aos trabalhos de Taylor nos Estados Unidos, na França, em 1916, o Engenheiro Turco, nascido em Istambul, Jules Henri Fayol, idealizava a “Teoria Clássica da Administração”. Cuja característica era a ênfase na estrutura que a empresa deveria possuir, buscado a eficiência dentro das organizações.
De acordo com Fayol a empresa possui seis funções básicas, são elas:
• Funções técnicas – produção de bens e serviços.
• Funções comerciais – compra venda e permuta.
• Funções financeiras – captação e gestão de capitais.
• Função de segurança – proteção e preservação dos bens e pessoas.
• Funções contábeis – inventário, registros, balanço, custos e estratégia.
• Funções Administrativas – coordena e sincroniza as demais funções, está acima das demais.
Ele conceitua administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, e que segundo ele são as funções do administrador.
Fayol se baseia em princípios e afastando a ideia de rigidez. Tudo em Administração é questão de medida, ponderação e bom senso. Define em 14 os Princípios Gerais da Administração:
• Divisão do trabalho.
• Autoridade e responsabilidade.
• Disciplina.
• Unidade de comando.
• Unidade de direção.
• Subordinação dos interesses individuais aos gerais.
• Remuneração do pessoal.
• Centralização.
• Cadeia escalar.
• Ordem.
• Equidade.
• Estabilidade pessoal.
• Iniciativa.
• Espirito de equipe.
Na Teoria Clássica projeta a organização de maneira estruturada como uma organização militar. Constitui-se em uma cadeia de comando, definindo quem se subordina a quem.
Assim como na Teoria da Administração Científica, apresentava pontos negativos, a saber:
• Abordagem simplificada da organização: seus autores acreditavam que a simples adoção dos princípios gerais de administração proporcionaria o máximo de eficiência a organização.
• Ausência de trabalhos experimentais: seus conceitos são fundamentos nas observações e no senso comum.
• Extremo racionalismo na concepção da Administração: a preocupação com a lógica na apresentação sacrifica a clareza das ideias.
• Teoria das máquinas: a organização deveria comporta-se com uma máquina.
• Abordagem incompleta da organização: preocupou-se apenas com, a organização formol, descuidando da organização informal.
• Abordagem de sistema fechado: vê somente o que ocorre com a empresa, cria um isolamento do mundo externo.
Os fundamentos da Teoria da Administração Clássica são aplicados com frequência nos dias atuais, muitas vezes involuntariamente. Seus princípios são largamente utilizados nos dias de hoje, como exemplo onde os Princípios Gerais da Administração, definidos por Fayol, são empregado:
Como exemplo, cito a extinta empresa Fortservice Serviços Especiais de Segurança Ltda., de Ribeirão Preto/SP que possuía a seguinte estrutura:
• Um Diretor de Operações, que comandava:
o Três Gerentes Operacionais, que comandavam:
Três Inspetores, que coordenavam:
• Cinquenta Vigilantes.
Em uma empresa de segurança aplicam-se todos os princípios definidos por Fayol.
3 - Teoria das Relações Humanas
Em 1929, com “Grande Depressão”, buscou-se melhorar a eficiência nas organizações, nesta época, surge nos Estados Unidos, a Teoria da Relações Humanas, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. O que antes dava ênfase às tarefas (Teoria da Administração Científica) e a estrutura (Teoria Clássica), passou a dar ênfase às pessoas que trabalhavam ou participavam da organização.
Seu surgimento se deu graças ao deu graças ao desenvolvimento das ciências sociais (psicologia, psicologia do trabalho, etc.), causando grandes restruturações nos conceitos da Teoria Clássica da Administração.
Seu desenvolvimento está ligado às conclusões da Experiência de Hawthorne, bairro localizado em Chicago, que consistia em verificar a relação entre a iluminação e eficiência dos operários, medidas por meio da produção.
O resultado foi que a experiência era prejudicada por variáveis de natureza psicológicas, os estudos prolongaram-se até 1932.
A Experiência de Hawthorne foi realizada em quatro:
• Primeira fase – avaliava o fator psicológico.
• Segunda fase – avaliava o fator meio ambiente.
• Terceira fase – avaliava a organização informal.
• Quarta fase – avaliava o fator remuneração.
Obteve a seguinte resultado:
• O Nível de produção é resultante da integração social – é determinado pelas normas e expectativas do grupo. Quanto maior o envolvimento pessoal no grupo, maior o potencial para produzir.
• Comportamento social dos empregados – o trabalhador não age ou reage sozinho, ele é arte integrante do grupo. Havendo um descumprimento das normas do grupo ele sofrerá sanções sociais e morais dentro do grupo.
• Recompensas e sanções sociais – Havia uma “cota” a ser produzida, nem mais nem menos. Os que descumprissem essa norma social perderam o respeito e consideração dos demais. Eles preferiam produzir menos e ganhas menos e assim não colocavam em risco a amizade dos colegas.
Concluiu-se:
• A civilização organizada é o homem.
• O trabalho é uma atividade em grupo.
• O operário é um membro do grupo social.
• A tarefa da administração é formar uma elite capaz de entender e comunicar.
• É preciso ampliar a capacidade das pessoas de colaborarem umas com as outras.
• O ser é motivado pela necessidade de estar junto e ser reconhecido
• A civilização industrial tende a dissolver os grupos e fragmentar as relações humanas.
As criticas apresentadas à Teorias das Relações Humanas são:
• Apresentava uma visão inadequada dos problemas. Eram tendenciosos, alguns pesquisadores afirmavam que ela criada baseada nos princípios éticos e sociais existentes na década de 1930, nos Estados Unidos.
• Fazia uma oposição ferrenha a Teoria Clássica da Administração.
• Limitava-se ao ambiente da fabrica e as suas conclusões eram parciais, vindo a cair em descredito.
• Apresentava uma concepção ingênua e romântica do operário, que era supervalorizado e limitava a atenção aos consumidores.
• A ênfase exagerada nos grupos informais levou a uma reavaliação do s seus conceitos.
• Os sindicatos e operários deixaram de acreditar nas suas ideologias, pois viam nelas um enfoque demagogo e manipulador.
Os princípios da Teoria das Relações Humanas serviram de influencia, pois abriu, ao Recursos Humanos, uma série de possibilidade de estudos, como o estudo da motivação humana, dos princípios e fundamentos do trabalho em equipe, da importância da liderança no processo produtivo, os processos de comunicação, entre outros.
São exemplos de aplicação de princípios da Teoria das Relações Humanas é a Google, a Microsoft, a Apple entre outras.
Teoria Neoclássica da Administração
Após o término da Segunda Guerra Mundial, a teoria administrativa passou por um profunda remodelação. Surge em 1954, com ênfase na pratica da administração em busca de resultados, a Teoria Neoclássica da Administração.
Preocupava-se em estabelecer princípios que orientassem os administradores na pratica de suas funções.
Tinha como característica:
• Ênfase na pratica administrativa – forte ênfase na pratica administrativa, na busca de resultados concretos e palpáveis de maneira realista e pratica.
• Reafirmação dos postulados clássicos – os neoclássicos utilizaram de boa parte do conteúdo dos ensinamentos da Teoria Clássica, reorganizando de maneira a atualizar este material de maneira mais flexível.
• Ênfase nos princípios gerais da Administração – retomadas dos princípios administrativos utilizados na Teoria Clássica.
• Ênfase nos objetivos e nos resultados – A organização existe com o propósito de atingir objetivos e resultados, e em razão disso deve ser dimensionada, estruturada e organizada.
• Ecletismo nos conceitos - mesmo baseando-se na Teoria Clássica, conciliava de maneira a absorver o conteúdo das demais teorias administrativas.
A teoria Neoclássica sustenta que o papel do Administrador, atribui a ele quatro funções que são:
• Planejamento: deve definir porque a empresa está no mercado, quais os caminhos que a empresa quer traças e quais os objetivos. Quais os princípios éticos e morais que a empresa quer. Defini os planos de ação e de que forma irá alcançar estes objetivos. O planejamento pode ser:
o ESTRATÉGICO - amplo e abrange toda empresa, de longo prazo e definido pela cúpula.
o TÁTICO - abrange cada departamento ou unidade, de médio prazo, definido a nível intermediário ou seja pelo departamento ou unidade.
o OPERACIONAL - abrange tarefa ou atividade, de curto prazo ou imediato, definido no nível operacional.
• Organização: Dividir o trabalho, designar as atividades, agrupara as atividades em órgãos e cargos, alocar os recursos e definir a autoridade e responsabilidade. É simplesmente organizar toda a estrutura da empresa para que aquilo que foi definido no planejamento seja concretizado, cada coisa no seu lugar.
• Direção: Fazer as coisas acontecerem. O Administrador, através de um curso, de treinamentos, etc., adquire habilidades técnicas. Porem o Grande diferencial e tornar o planejamento em realidade. Este é o grande papel do administrador. As empresas são constituídas de pessoas, "não existe empresas sem pessoas". Por isso o administrador o Administrador deve desenvolver a habilidade de direção para que possa conquistar os objetos propostos a ele.
• Controle: Definir os padrões, monitorar o desempenho e avaliar o desempenho e ser for necessário agir com uma ação preventiva.
O Administrador já PLANEJOU a meta, ORGANIZOU a equipe e DIRIGIU a equipe ao objetivo proposto. Agora ele tem que CONTROLAR a equipe naquilo que foi proposta, controlar o desempenho dessa e equipe e se for necessário utilizar ações corretivas necessárias se ocorrer das discordâncias ou dissonância no processo.
O Controle é um processo cíclico: estabelece o padrão – Observa o desempenho – compara o desempenho com o padrão estabelecido – executa ação corretiva.
É a teoria mais aplicada na administração, como exemplo cito a FJ Projetos e Construções de Batatais/SP, construtora especializada em obras comerciais:
Planejamento: Definido no plano de negócios “Tornar-se referência estadual em obras do setor comercial e industrial, fidelizar seus clientes e promover a satisfação total de seus funcionários”.
Organização: Estruturada em Departamentos, cada um independente e administrado por profissionais treinados e qualificados. Os departamentos subordinados ao Diretor Presidente.
Direção: Cada departamento , mesmo independente necessita de informações dos demais para gerencias as suas tarefas e fazer com que as cosias aconteçam.
Controle: Toda esta estrutura segue segundo a norma NBR ISO 9001:2008, Programa Qualihab - Sistema de qualificação de empresas de serviços e obras do Estado de São Paulo e SiAC (PBQP-H) - Nível A.
REFERÊNCIAS
- CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª Edição . 2004.
- Santana, Taise Helena de. Teoria Geral da Administração. Universidade de Franca. Curso de Ciências Contábeis. Apostilas e Materiais de Apoio. http://www.unifran.br.
KLERING, Luís Roque. Teorias Organizacionais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. http://gestor.ea.ufrgs.br/
- BARROS, Érison. Introdução à Teoria Geral da Administração. SENAC/PE. http://www.educacaoexecutiva.com.br/.
- MARIETTO, Marcio Luiz. Escolas da Administração. http://www.sinapse.inf.br/sa/ marcio/Escolas.da.ADM.-.EAP.-.UNIP.-.MLM.ppt.
- SILVA, Prof. Ana Cristina Gonçalves da. Teoria Geral da Administração. Curso de Administração I. Centro de Ensino Superior do Amapá. http://www.ceap.br/.
- MAGJEWSKI, Prof. Flávio. Teoria Geral da Administração. Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina. www.unisul.br.
- WINKIPÉDIA. Administração. http://pt.wikipedia.org/wiki/Administracao/Teoria_ Geral_da_Administracao.
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