Teorias de gestão organizacional

As teorias administrativas organizacionais tem também sua importância, dentre elas a primeira razão é o interesse em melhorar o modo como às organizações são administradas e a interação de todos dentro da mesma. Empresas bem administradas crescem e prosperam, as más declinam ou vão à falência, e só é possível a recuperação com uma boa administração. A utilização dessa teoria faz-se necessário para a tomada de boas decisões e no mundo capitalista em que vivemos estudar e conseguir aplicar tais teorias são vitais para uma empresa.

O exercício do administrador é complexo e desafiador ele alimenta-se pelo constante aprofundamento teórico e prático, a teoria serve como fonte de compreensão e/ou previsão de práticas observadas nas organizações; influenciam a prática, servindo como guia para tomada de decisões da administração e a forma como enxergamos as pessoas, as organizações e o meio em que elas estão inseridas.

O contexto histórico tem grande influencia para o surgimento de cada uma das escolas de pensamentos, dentre elas são:

Escola Clássica - Surgimento do Capitalismo. Os primeiros estudos sistematizados acerca da administração, dando inicio a sua demarcação como uma nova disciplina. Principais autores Taylor, Fayol e Weber.

Enfoque comportamental - Crise do Capitalismo 1930. A importância do fator humano na administração com a incorporação das dimensões humanas no estudo da administração. Principal autor Elton Mayo.

Abordagem Quantitativa - Segunda Guerra Mundial. Desenvolvimento da área da administração em vários sentidos, sendo a abordagem quantitativa um resultado imediato da transposição de técnicas de Pesquisa Operacional.

Teoria dos Sistemas - Impacto da Segunda Guerra Mundial. As organizações são vistas como sistemas abertos.

Enfoque Contingencial - Impacto da Segunda Guerra Mundial. Consolida-se a partir dos conceitos da teoria dos Sistemas. Baseia-se na concepção da organização como um sistema aberto, em contínua interação com o ambiente onde está inserida. Refuta os princípios da administração universal.

Em suas principais escolas há algumas diferenças para a composição da teoria clássica, onde Taylor foca na analise dos processos operacionais de trabalho; Fayol foca na análise da organização como um todo e Weber foca na orientação do modelo teórico e descritivo.

A administração científica e a gestão administrativa são estudadas no âmbito da mesma escola porque a principal característica de ambas é a busca contínua de métodos e técnicas científicas racionais, de caráter universal, sendo assim, o resultado imediato dessa escola é a busca da melhor forma de organizar e administrar.

A burocracia foi considerada um modelo ideal por ser baseada totalmente na lógica, além de apresentar um perfil democrático e objetivo, enquanto isso, entre as suas maiores disfunções podemos citar a incapacidade de resposta e adaptação organizacional, com sua ênfase na impessoalidade, este modelo não leva em conta os elementos subjetivos presentes nas organizações, impedindo assim a tomada de decisões adequadamente rápidas em ambientes dinâmicos; sua outra grande disfuncionalidade seria o processo decisório lento, resultado das regras excessivas e detalhadas requeridas no uso deste método. Por exemplo, podemos tomar o governo, que possuindo uma ótima estrutura, muitas vezes não é eficiente por motivos de inflexibilidade e processo decisório lento, ambos devidos a suas leis e normas altamente especificadas.

Os princípios de Fayol, por mais antigos que possam ser, são considerados validos até hoje, por sua divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação dos interesses individuais ao interesse geral, remuneração do pessoal, centralização, hierarquia, ordem, equidade, estabilidade de pessoal, iniciativa e espírito de equipe.

Sendo que muitas empresas utilizam uma mescla de metodologia para seu ambiente de trabalho entre as quais se encontram muitas contribuições de Taylor, como por exemplo, remuneração por produtividade.

As teorias de transição possuem algumas ideias que são defendidas pelos seus autores, que faz referencia a comunicação e a organização social dentro dos modelos administrativos, apoiando-se no declínio do individualismo, os pensadores desta teoria defendiam uma maior cooperação entre funcionários e gerentes, apoiando noções que mais tarde seriam conhecidas, como o empowerment e o modelo holístico de controle. A abordagem comportamental e a teoria dos sistemas se basearam nos conceitos fundados pelos autores destas teorias.

Existiram alguns experimentos em Hawthorne que contribuíram para a consolidação da escola de relações humanas, foram realizadas 1.924 pesquisa sobre os efeitos da iluminação no local de trabalho; até 1.927, os pesquisadores não tinham sido capazes de estabelecer nenhuma relação direta entre iluminação e produtividade, após isso um pesquisador contínuo com essa pesquisa, e foi descoberto que mesmo com a redução da iluminação a produção aumentava, notou-se que os trabalhadores quando observados pelos pesquisadores e com a comunicação entre eles, influenciava diretamente na produção.

A partir desse experimento a escola de relações humanas, Elton Mayo, professor da Universidade de Harvard, visitou a fabrica onde ocorreu esse estudo e foi envolvido nessa pesquisa, esse experimento estabeleceu que a qualidade de supervisão e dos relacionamentos com os empregados melhora a produtividade.

Assim conclui-se que: o funcionário estabelece a integração social com as demais áreas e também com seus superiores, conversando, sugerindo o que pode ser melhorado; as normas fazem com que o homem quando se sente monitorado/observado, automaticamente ele muda seu comportamento produtivo e passa a produzir cada vez mais, atingindo cada vez mais as metas, uma supervisão bem trabalhada resulta na eficiência organizacional.

Quando se fala em motivação e liderança na administração há algumas contribuições sobre esse estudo, onde podemos citar a visão de que as organizações são dependentes dos indivíduos que a ela pertencem, sendo necessário assim sua motivação, não só nos fatores básicos, mas também nos fatores intrínsecos, necessário para o comprometimento dos trabalhadores. No âmbito da liderança, destaca-se a crescente compreensão das variáveis que influenciam o fenômeno de liderança, tais como nível de maturidade dos subordinados e características próprias de determinadas tarefas.

Pesquisa operacional também chamada como abordagem quantitativa, diz respeito ao uso de técnicas matemáticas