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Tipos de conhecimentos

Por:   •  8/12/2015  •  Artigo  •  3.028 Palavras (13 Páginas)  •  151 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Durante centenas de anos a história ocidental é transformada, e dessa forma a sociedade se reorganiza, mudando a visão de mundo, os valores básicos, sua estrutura social e política.

Atualmente estamos vivendo na sociedade pós-capitalista, e suas transformações se iniciaram durante o século XII. Com o desenvolvimento do mundo Europeu de forma completa, através da arquitetura, da arte, cultura, e do conhecimento.

Ao longo de cento e cinqüenta anos (1750-1900) o capitalismo e a tecnologia tomaram o globo e criaram uma civilização mundial, a sociedade da informação. Através dela, apenas a informação pura e simples já não garante um diferencial competitivo. A organização passa aprender a transformar as informações em conhecimento e utilizá-lo da melhor forma, trazendo benefícios para dentro da organização.

Dessa forma, a gestão do conhecimento passa a ser fundamental para a sobrevivência da organização, pois ela esta inserida em um ambiente instável e mutável.

TIPOS DE CONHECIMENTO

O conhecimento é a base estrutural do desempenho das sociedades, regiões e organizações. Aprimorar tal competência está se tornando vital para que as nações e organizações possam acelerar o ritmo de seu desenvolvimento.

O conhecimento possui quatro características: conhecimento tácito, orientado para a ação, sustentado por regras e mutável. O tácito é o conhecimento pessoal, é formado dentro de um contexto social e individual; o orientado para a ação é refletido em verbos como aprender, lembrar, esquecer e compreender. O ser humano está sempre gerando novos conhecimentos através das analises das impressões sensoriais que recebe e perde. O conhecimento sustentado por regras são padrões criados dentro do nosso cérebro que agem como regras inconscientes de procedimento para lidar com todo tipo de situação. O conhecimento esta em constante mutação, pois não é estático e é construído e reconstruído na mente das pessoas.

Existem dois tipos de conhecimento, o tácito e o explicito. O conhecimento tácito é o conhecimento que está na mente das pessoas e é derivado de suas experiências e vivencias pessoais. É o conhecimento mais corrente dentro das organizações e está diretamente ligado com a cultura organizacional.

O conhecimento explícito é estruturado e documentado, são manuais e livros que direcionam os funcionários da organização na hora de realizar determinada tarefa. Ele forma a base das operações da organização. Dentro de uma organização o conhecimento tácito e explicito andam lado a lado, pois para que ocorra a prosperidade dentro da organização os dois tem que esta bastante equilibrados. Se dentro de uma organização possui todo o seu conhecimento de forma explicita, cada pessoa irá fazer o seu trabalho de acordo com as regras e manuais, gerando dessa forma dificuldade em adaptar-se às mudanças no ambiente de negócios. Se uma organização possui todo o seu conhecimento de uma forma tácita, ela não será muito produtiva, pois irá encontrar dificuldade em acessar o conhecimento corporativo durante as operações cotidianas. Dessa forma concluímos que para o funcionamento saudável de qualquer organização é necessário o equilíbrio entre o conhecimento tácito e explicito.

Para que ocorra o desenvolvimento organizacional é necessário o desenvolvimento da socialização, através dela o conhecimento tácito e explicito se compartilham, gerando uma troca de informações que são fundamentais para a organização. A externalização do conhecimento tácito para o conhecimento explicito, é a articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos, na forma de analogias, metáforas, conceitos, hipóteses. E por final a internalização do conhecimento explicito para o conhecimento tácito, que é o processo de incorporação. Quando são internalizadas nas bases do conhecimento tácito das pessoas sob a forma de modelos mentais ou através de experiências por meio da socialização.

O conhecimento é utilizado através de dois tipos: Just- in-case e Just- in-time. O Just in case é o conhecimento necessário pelas pessoas antes de efetuar o seu trabalho. São treinamentos e manuais que são fornecidos para o novo funcionário a fim de que ele possa obter um conhecimento prévio do que ele de fato irá trabalhar. O conhecimento Just in time é utilizado quando as pessoas já estão executando o seu trabalho, para o aprimoramento do que esta sendo trabalhado. Dessa forma, a organização investe em tecnologia da informação para que o conhecimento Just in time ocorra, gerando uma rápida distribuição do conhecimento.

CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

Para que ocorra a formação do conhecimento dentro de uma organização é fundamental a participação dos indivíduos interagindo entre si e/ou entre os grupos que compõem toda a organização. Tendo em vista, que esse conhecimento não surge de maneira espontânea, se for levado em conta só a estrutura organizacional. Pois para que esse processo ocorra precisa-se da participação maciça dos indivíduos, não ocorrendo só pelo simples fato de ter uma organização e de estar inserido nessa organização. Ou seja, “a organização não pode criar conhecimento por si mesma sem a iniciativa dos indivíduos e da interação que ocorre dentro dos grupos” (CHIAVENATO, 2005).

Dentro do contexto organizacional em que a gestão do conhecimento tem como finalidade potencializar os conhecimentos, há o desencadeamento do conhecimento tácito e subjetivo de cada individuo, para que assim possa ser compartilhado e aprimorado com o grupo através de discussões, compartilhando experiências e observações.

Para Nonaka e Takeuchi, a criação do conhecimento organizacional é uma interação continua e dinâmica entre o conhecimento tácito, no qual as formas de conhecimento são entrelaçadas nas organizações. A criação do conhecimento organizacional é formado devido a quatro fatores. A construção do campo que é resultado da socialização do conhecimento, criando-se assim, um campo que é resultado da socialização do conhecimento, criando-se assim, um campo de interação comum que propicie o comportamento dos mesmos. Já o dialogo promove a externalização que tem por finalidade criar um ambiente propício para o desencadeamento do conhecimento tácito onde ocorre a interação entre os indivíduos. No modo de combinação promove-se o processo de associação do conhecimento recém-criado com o conhecimento já existente, possibilitando, assim a criação de um novo produto, serviço ou sistema. A internalização só é alcançada nesse processo com o método do “aprender fazendo”,

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