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Toyota novo Modelo de Gestão

Por:   •  2/7/2023  •  Artigo  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  72 Visualizações

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O novo percurso da Toyota

Sua história começou no Japão no final do século XIX, quando Sakichi Toyoda inventou o primeiro tear elétrico, que revolucionou a indústria têxtil do país. Em janeiro de 1918, Sakichi fundou a Toyoda Spinning and Weaving Co. Ltd. e, com a ajuda de seu filho, Kiichiro Toyoda, realizou o sonho de construir o primeiro tear automático, em 1924. Depois de enfrentar uma séria crise econômica no Japão que o forçou a deixar a empresa, Sakichi se restabeleceu e criou, dois anos mais tarde, a Toyoda Automatic Loom Works, garantindo a continuidade da família na indústria têxtil nipônica.

Kiichiro herdou a veia inovadora do pai. Durante suas visitas à Europa e aos Estados Unidos, na década de 1920, começou a interessar-se pela então iniciante indústria automotiva. Com os fundos obtidos na venda da patente do tear automático inventado por seu pai, Kiichiro produziu o primeiro protótipo de automóvel e, assim, estabeleceu os alicerces da TMC, hoje um colosso que produz 10,5 milhões de veículos por ano em 67 fábricas espalhadas pelo mundo.

As velozes transformações socioeconômicas, entretanto, têm acrescentado alguns desafios à companhia e a todo o setor automobilístico. Os jovens já não manifestam o mesmo interesse de seus antepassados recentes de serem proprietários de automóveis, e sim de ter a disponibilidade de usar o veículo quando julgarem necessário. Ao mesmo tempo, graças aos avanços da medicina e da tecnologia alimentar, seus pais e avós tendem a viver muito mais que as gerações que os antecederam. Ambas as situações apresentam significativas mudanças de hábitos e de necessidades, bem como oportunidades de novos negócios relativos à mobilidade, como o aluguel de carros da marca nas próprias concessionárias da Toyota (serviço que também passou a ser oferecido em meados de setembro no Brasil) e a oferta de veículos destinados a um único passageiro.

Além disso, a companhia já planeja robôs domésticos que ajudem as pessoas a lembrar de tomar um medicamento e as auxiliem em outras tarefas para quem tem mobilidade reduzida. Boa parte dessas novidades tecnológicas será apresentada pela companhia nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, evento do qual a Toyota é um dos patrocinadores.

E, a depender de Rafael Chang, presidente da subsidiária brasileira da Toyota, o País continuará tendo papel significativo nesse processo de transição da companhia, de adaptar-se às novas necessidades mercadológicas sem perder o jeito Toyota de produzir com elevados níveis de qualidade e manter-se entre as primeiras opções na predileção dos consumidores, dada a excelência dos serviços que lhes presta. “Estamos no Brasil desde 1958, o que revela que nossa matriz sempre enxergou um potencial muito alto no Brasil”, afirma Chang. O País foi o primeiro a receber uma fábrica da marca fora do Japão, em 1961, em São Bernardo do Campo (SP). “Desde então, a Toyota do Brasil participou ativamente da evolução industrial e econômica do País, recebendo grandes investimentos com foco no crescimento sustentável e no desenvolvimento da sociedade brasileira, além de tornar-se base de exportação para a América Latina, o que demonstra grande confiança no trabalho realizado por aqui e na qualidade dos produtos fabricados em território nacional.”

Na segunda quinzena de setembro, essa confiança foi reforçada, com o anúncio de investimento de R$ 1 bilhão para produzir um novo modelo de automóvel na unidade de Sorocaba (SP). Segundo Rafael Chang, o compromisso da Toyota com a indústria brasileira, que já vem de longa data, permanece firme, independentemente dos movimentos de altos e baixos vividos pelo mercado nos últimos anos. “Esse compromisso é baseado em crescimento sustentável, respeito às pessoas e ao meio ambiente. Oferecer ao consumidor brasileiro um novo produto, além de nos dar muito orgulho, nos abre portas para prosseguirmos com nossa estratégia focada no longo prazo e que nos permite trabalhar juntos e próximos com toda a cadeia. E, claro, reforça a nossa confiança na retomada de crescimento do País, que vem estruturando pilares significativos e essenciais para tornar isso possível.”

SUSTENTABILIDADE

Crescimento sustentável e respeito ao meio ambiente integram o plano global da Toyota de, gradativamente, substituir todos os combustíveis fósseis que movem seus veículos por eletricidade. Os preceitos para tanto foram compilados no Desafio Ambiental Global 2050, lançado em 2015, pela Toyota. “Em nossa região e em nosso País, demos o primeiro passo quando introduzimos por aqui o modelo híbrido Prius, em 2013”, lembra Chang. Segundo o presidente da Toyota no Brasil, o Prius foi o primeiro carro com propulsão híbrida (equipado com motores a combustão e a eletricidade) produzido em escala no mundo e tem hoje o mérito de ser o híbrido mais vendido da história, além de disseminar os benefícios dessa tecnologia em termos de eficiência e baixa emissão de poluentes em todo o planeta.

“Quando a quarta geração do Prius foi lançada no Brasil, em 2016, reforçamos as ações para potencializar o entendimento do público nesse sentido e fortalecer a cultura híbrida neste País”, diz Chang. Políticas favoráveis para esse entendimento também foram e continuam sendo criadas pelo governo, seguindo o exemplo de outros países. Conforme Thiago Sugahara, gerente de relações governamentais da Toyota do Brasil, desde que foi lançado, em 2013, o modelo Prius já ultrapassa a marca de 6.000 unidades vendidas. “No ano passado, anunciamos um portfólio 100% híbrido para nossa marca de luxo, a Lexus, que conta com cinco modelos de diferentes categorias. O Brasil foi o primeiro a apostar nessa estratégia para a marca Lexus em todo o mundo.”

Neste ano, também foi lançado Toyota RAV4 com motorização exclusivamente híbrida nas duas versões oferecidas por aqui, e as vendas seguem surpreendendo pela grande procura. “Agora, com a tecnologia híbrida flex equipando o Novo Corolla, um carro já consolidado no País, não temos dúvidas de que a disseminação dos benefícios de veículos movidos a energias alternativas e com menor impacto ambiental será ainda maior”, prevê Sugahara. “Com esse lançamento, iniciamos a produção do primeiro veículo híbrido no Brasil e partimos agora rumo a objetivos maiores: potencializar a nacionalização de híbridos no País.”

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