Trabalho Analogo a Escravidao no Brasil
Por: amaliaanklan • 6/6/2016 • Projeto de pesquisa • 3.602 Palavras (15 Páginas) • 718 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL[pic 1]
CÂMPUS PO RTO ALEGRE
Amália Anklan de Oliveira
O TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Porto Alegre
2016
Amália Anklan de Oliveira
O TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Trabalho apresentado para conclusão do Curso Técnico em Administração - PROEJA do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Câmpus Porto Alegre, como requisito parcial para a obtenção do grau de Técnico em Administração.
Orientadora: Prof. Dra. Helen Scorsatto Ortiz.
Porto Alegre
2016
AGRADECIMENTOS (opcional)
RESUMO
Apresenta de forma concisa todo o conteúdo do Relatório, desde a caracterização da Organização até os resultados e conclusões. Deve conter no máximo 500 palavras, e no mínimo 250.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (opcional)
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
1.2 OBJETIVO GERAL
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO/ TEORIA/ AUTOR
2.2 CONCEITO/ TEORIA/ AUTOR
2.3 CONCEITO/ TEORIA/ AUTOR
3 MÉTODO
4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
APÊNDICES
- INTRODUÇÃO
Na América espanhola, diferentes formas de trabalho forçado por determinados grupos de indivíduos foram preeminentes, enquanto que uma delas – a escravidão – foi sem dúvidas a dominante no Brasil. Segundo o historiador Boris Fausto, essa opção se deu a partir do entendimento de que se “disponibilizassem as terras aos trabalhadores assalariados, não seria fácil mantê-los nas grandes propriedades, uma vez que os imigrantes poderiam tentar a vida de outra forma criando assim problemas com o fluxo de mão de obra para as empresas mercantis da época”.[1] Assim, na América portuguesa, a opção se deu pela escravidão.
Por que se optou preferencialmente pela escravização de negros e não pela de índios? Isso aconteceu, sobretudo, porque foi mais rentável para as empresas mercantis na economia açucareira a compra do negro, uma vez que era bem mais elevado o preço dele do que do índio. Isso porque o índio não era visto como gente, tanto que o padre Manoel de Nóbrega dizia que índios “são cães em se comerem e matarem, e são porcos nos vícios e na maneira de se tratarem”.[2]
Em termos comparativos, os índios tinham mais condições de resistir às várias sujeições de guerras e formas de escravização, pois o Brasil era a terra deles. Já os negros eram trazidos para um território desconhecido e implantados à força, perdiam suas identidades e a sua dignidade, considerados coisa e não gente. Aos poucos, a escravidão dos índios foi deixada em segundo plano, pois diziam que ao entrarem em contato com os brancos, morriam aos milhares devido a doenças como sarampo, varíola e gripes. Afinal, eles não tinham imunidade o suficiente para superar tais doenças.[3]
Os colonizadores já sabiam das habilidades dos africanos e sobre a rentável utilização de sua mão de obra na atividade açucareira da Ilha do Atlântico e em sua maioria vinham de culturas com uso do ferro e criação de gado. No Brasil, os negros não tinham direitos; nem a Igreja nem a Coroa se opuseram à sua escravização. Ao contrário, ordens religiosas como os beneditinos estiveram entre os grandes proprietários de cativos.[4]
Já no século XIX, o tráfico de escravos ao Brasil aconteceu:
Devido à necessidade de mão de obra nas lavoras de café e aumentou ainda mais após a independência do Brasil em relação ao período anterior. Segundo as estatísticas oficiais daquela época, a média anual de ingressos de escravos no Brasil foi de 32 770 cativos no período 1811 – 1820 e de 43 140 no período de 1821 – 1830 e sua maioria entrou pelo Porto da Bahia.[5]
Ao todo, estima-se que foram traficados ao Brasil, em regime de trabalho escravizado, em torno de cinco milhões de africanos para que trabalhassem em lavouras cafeeiras, açucareiras, de algodão, dentre outras. O Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão. Somente em 1888, com a Lei Áurea, o trabalho escravo formal tornou-se ilegal no país.[6] Isso não significou, contudo, que os negros tenham recebido melhores oportunidades e que a desigualdade social e o preconceito contra eles tenham deixado de existir.
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