Trabalho Metodologia de Estudo e de Pesquisa em Administração

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Curso de Administração Pública

Disciplina: Metodologia de Estudo e de Pesquisa em Administração

Nome do Aluno:

Polo: Três Rios

Matrícula:

Questão 1

Segundo Rubem Alves, a ciência é apenas um aprimoramento do senso comum. Temos a visão errada sobre a ciência, pensamos logo nos jalecos brancos e nas pessoas que trabalham em laboratórios, pessoas as quais consideramos como superiores à grande maioria da população (senso comum).

Na verdade, senso comum e ciência estão intimamente ligados e detêm o praticamente o mesmo saber. A grande diferença que pode ser apontada entre os dois é que a ciência é uma especialização, um refinamento de algum saber. Tanto senso comum como a ciência partem do mesmo lugar: algum problema que necessita de solução para o normal andamento da vida, a necessidade de compreender o mundo.

O que não é um problema não é pensado, só quando nos incomodamos com algo é que efetivamente buscamos uma solução e nos botamos a pensar, ou seja, o problema é o ponto de partida de tudo, e para realmente entendermos o problema precisamos enxergá-lo com clareza, pois quem não o faz é incapaz de fazer ciência.

Daí dizemos que o cientista é alguém do senso comum que resolve se especializar em algo em busca de respostas, porém isso é muito perigoso, pois segundo Rubem Alves, quando nos tornamos especialistas em algo acabamos nos atrofiando nas outras áreas.

A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. Só

podemos ensinar e aprender partindo do senso comum de que o aprendiz dispõe. A aprendizagem consiste na manutenção e modificação de capacidades ou habilidades já possuídas pelo aprendiz. (Rubens Alves, 1981).

A ciência nada mais é do que uma maneira mais formal de explicar os fatos do cotidiano, uma sofisticação do senso comum usando a tecnologia em busca das respostas aos problemas que nos incomodam.

A ciência, ainda, se usada de maneira errada pode gerar um grande problema, pois levaria os não-cientistas (senso comum) a uma atrofia do pensamento e a uma aceitação perigosa de tudo que ela propõe, sem pensamento crítico.

Referências

ALVES, Rubens. FILOSOFIA DA CIÊNCIA. Introdução ao jogo e suas regras, 1981.