TRABALHO DE METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA
Por: Emily Zancanaro • 19/6/2017 • Trabalho acadêmico • 826 Palavras (4 Páginas) • 411 Visualizações
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FACULDADE DE PATO BRANCO
CURSO ENFERMAGEM
EMILY ZANCANARO
RESENHA LIVRO: EU SOU MALALA
TRABALHO DE METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA
Pato Branco
2017
RESENHA CRÍTICA: EU SOU MALALA
YOUSAFAZAI, Malala; LAMB, Christina, EU SOU MALALA. 1.ed São Paulo Companhia das letras, 2013 360 p.
Eu sou Malala (LAMB, YOUSAFZAL, 2012) conta a história da menina Malala e sua familia paquistanês que foram exilados de sua cidade por lutar a favor do direito a educação feminina e dos obstáculos a valorização da mulher em uma sociedade onde só e valorizados filhos homens.
Malala nasceu no dia 12 de julho de 1997, no vale do Swat, no Paquistão. Desde muito pequena Malala lidou com a diferenciação entre homens e mulheres na região em que vivia. Enquanto os meninos podiam fazer o que bem entendessem, além de pensar em sua educação e sucesso profissional, as meninas deveriam se comportar, se preocupando com os afazeres domésticos e com um bom casamento. Mesmo com tudo isso, Malala sempre recebeu incentivo de seu pai, Ziauddin, para que estudasse e sonhasse em ser algo mais do que uma esposa e uma mãe.
‘’ No dia em que nasci, as pessoas da nossa aldeia tiveram pena de minha mãe, e ninguém deu os parabéns a meu pai. (...) nasci menina num lugar onde rifles são disparados em comemoração a um filho, ao passo que as filhas são escondidas atrás de cortinas, sendo seu papel na vida apenas fazer comida e procriar...’’ (Pág.15)
A mãe, Tor Pekai Yousafzai, começou a estudar aos seis anos, mas não continuou com os estudos, ela até gostava da escola, mas considerava um desperdício estudar para depois ficar restrita ao espaço doméstico e ao cuidado dos filhos. E acabou continuando analfabeta e acabou se arrependendo de ter largado os estudos depois de se casar com Ziauddin, um homem muito inteligente e grande amante de poesia. Mas, Malala e seu pai insiste que a mãe tem um outro tipo de inteligência, voltada para relacionamentos e pessoas. E seu pai sempre lhe pede conselhos e valoriza muito a sua opinião, mesmo que os outros o insultasse por isso.
‘’ Ele até pede a opinião dela! ’’, comentavam sobre meu pai... (Pág.21)
Com a chegada do talibã ao Vale do Swat, teve início um período de punição em que novas leis foram colocadas e quem ousasse desobedecê-las deveria sofrer com as consequências, que são açoitamentos públicos a execuções. E as meninas eram proibidas de irem à escola, e as mulheres só podiam sair se fossem acompanhadas de um homem de sua familia. Seu pai Ziauddin não aceitou as novas leis, e sendo dono de uma escola, continuou incentivando a educação feminina.
Assim como o pai, Malala também passou a lutar por seus direitos e frequentemente participava de palestras em que falava para meninas sobre a importância de ir para a escola e do valor que tem o ensino, e em 2009, até participou de um documentário para o New York Times. Malala era uma menina dedicada em seus estudos, se destacava em tudo. E era ótima em para falar em público.
Sua luta começou quando um jornalista amigo de seu pai pediu que escolhesse uma aluna para relatar como era o dia a dia de uma garota do Paquistão em um diário na internet. É claro que seria segredo e então Malala se ofereceu. Foi assim que começou sua luta pelo direito de estudar. Ia para a escola escondida com outras alunas, sem um uniforme que as identificasse como estudantes. E foi através de sua luta pelos direitos ao estudo ao lado de seu pai que Malala se tornou um alvo. Voltando da aula, quando um jovem barbudo entrou no ônibus aonde estava, e disparou três tiros, onde dois acertou suas amigas e um acertou seu rosto que a deixou em coma. Todos pensaram que Malala não sobreviveria, mais a menina tinha tanta força que conseguiu sobreviver, e escreveu o livro sobre sua vida, Eu sou Malala, com a ajuda da escritora Christina Lamb.
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