Trabalho da Disciplina Seleção e Viabilidade Financeira de Projetos
Por: diasgf • 27/3/2019 • Resenha • 556 Palavras (3 Páginas) • 299 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Resenha Crítica do Artigo
Gustavo Fernandes dos Santos Dias
Trabalho da disciplina
Seleção e Viabilidade Financeira de Projetos
Tutor: Prof. Diego Lopes Duarte
Rio de Janeiro
2015
Transparência: falta de clareza compromete a imagem do Brasil
O artigo da revista Veja apresenta o despreparo e a falta de transparência que os administradores do país tratam assuntos relevantes e com repercussão internacional. A falta de regulamentação e responsabilização por gastos indevidos dos governantes ficam evidentes.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 apresentou em 2008 na candidatura do país um orçamento de R$ 28,8 bilhões e 17 projetos de legado para a cidade. Em Agosto de 2012 o Prefeito Eduardo Paes afirma que não tem como prever o orçamento, pois algumas obras não estavam licitadas.
Em julho de 2014 o site Gazeta do Povo destaca que o custo das Olimpíadas já estavam em R$ 37,4 bilhões e, que dos 52 projetos essências para a Olimpíadas, 15 ainda estavam sem custo e prazo de início de obras definidos.
Outra discussão importante é o que será considerado como custos de arenas, legado e investimentos do Comitê Rio-2016. Alguns projetos previstos no dossiê de candidatura como legado foram excluídos como R$ 731 milhões em segurança, R$ 20 milhões em saúde e melhorias no aeroporto do Galeão. Temos ainda a construção do BRT TransBrasil anunciada pelo prefeito e, que não ficará pronta para a Olimpíada.
A APO (Autoridade Pública Olímpica) revisou o orçamento oficial da Olimpíada e divulgou em 21/08/2015 que os Jogos Olímpicos custarão pelo menos R$ 38,7 bilhões. Entretanto estes valores estão distante de representarem a realidade, pois muitos custos estão sendo omitidos. Gastos como R$ 62 milhões para mobiliar apartamentos da vila olímpica, R$ 100 milhões com compra de bolas, redes, obstáculos e barcos, R$ 14 milhões com saneamento da Marina da Glória e R$ 80 milhões com a remoção de moradores da Vila do Autódromo não estão contabilizados como gastos.
É aceitável reconhecer que o orçamento final seja diferente do apresentado na candidatura, pois se passaram muitos anos e o valor corrigido atinge os R$ 38 bilhões atuais. Entretanto não é aceitável termos neste momento projetos sem licitações e custos definidos.
A exclusão de investimentos em áreas conhecidamente deficitárias da sociedade carioca como segurança e saúde e a não inclusão de diversos gastos já realizados comprometem a imagem e a credibilidade da organização do evento.
A utilização de metodologias e práticas reconhecidas internacionalmente como as do PMI melhorariam a credibilidade da gestão dos projetos olímpicos. Orçamentos, prazos, escopo definidos e divulgados a população garantiriam o acompanhamento da evolução das obras e mitigariam críticas a organização.
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