Uma Redação Oficial

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

SIMONE DOS SANTOS

FILOSOFIA

POLO CRUZ ALTA

2018

1. No texto apresentado consta a seguinte afirmação: “Um mundo perfeitamente bem administrado pode ser um mundo moralmente mau [...]. O inferno pode ser tanto mais inferno quanto mais bem administrado for! A boa administração não pode ser, por si só, critério para avaliarmos o que quer que seja”. Comente estas afirmações no contexto da administração pública.

Essas informações estão bastante ligadas a fase em que nosso país enfrenta, obras que foram feitas para receber a Copa do Mundo e Olimpíadas, com enorme divulgação no mundo afora, mostrando que podemos ser bons anfitriões, os complexos sendo mostrados nos países participantes, como tendo toda a infraestrutura, para receber delegações, mas no fim muitas não puderam ser usadas, denuncias de super faturamento em licitações, desvios de dinheiro, até mesmo informações de que o Comitê Brasileiro comprou os votos para que esses eventos acontecessem aqui. Assim como a descoberta do Pré-sal que gerou grandes pontos positivos e depois a crise enfrentada na Petrobras e com os royaltes do Petróleo. Assim mostra que pode ser em várias esferas até mesmo nas empresas privadas, as empresas aparentemente bem administradas, com bom capital, mas que não assinam a CTPS do funcionário quando ele entra, não informe acidente de trabalho, pede para bater o ponto em horário adverso ao que de fato começou para não gerar muito imposto, não tira nota de todas as mercadorias vendidas, ou compra com valor adulterado para pagar menos impostos. Então nem sempre as empresas bem administradas são moralmente boas.

1. De que modo você percebe, na sua experiência pessoal e profissional como administrador público, as características apresentadas por Roberto Da Matt a respeito da cultura  brasileira? Tendo em conta a solução sugerida pelo autor, o que você pensa a respeito dela e da possibilidade de vir a ser praticada pelo administrador público?

Com toda a certeza a forma como explicitou “Você sabe com quem está falando?” ou ainda o “jeitinho brasileiro” da “malandragem” é o mais percebido na minha experiência pessoal e profissional, de pessoas que tem algum cargo especifico, ou parentesco com “alguém importante”, ter empregos ajeitados na esfera privada ou pública como é o caso dos CCs pelo Brasil a fora, aquele jeitinho brasileiro e ligar até para uma consulta médica e tentar “arrumar” uma vaga para atendimento e tantas outras coisas, até mesmo em licitações com a modalidade Convite onde já é direcionado para A ou B ganhar. A solução sugerida pela autor é o que pode mudar nossa país, que parta do cidadão, que cada um fazer um pouquinho, de não pedir dinheiro em campanha, de  não votar apenas por partido, ou por alguma vantagem, desde varrer a frente da sua casa, participar de Sessões das Câmaras Municipais, não disseminar notícias falsas, são tantas coisas que podem ser feitas, a tanto a se fazer.