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A ARQUITETURA COLONIAL - BRASIL

Por:   •  15/3/2020  •  Resenha  •  1.705 Palavras (7 Páginas)  •  308 Visualizações

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Periodo Colonial

Para a arquitetura, o período colonial não começa com o “ciclo do pau-brasil”, pois este não deixou restos materiais. A historia da arquitetura brasileira começa em 1560 (acho que é isso mesmo, não ta dando pra ver o ano), ano que marca o inicio da dominação espanhola no Brasil. Este ano é significativo para a história de Portugal, pois quem realmente começou com a colonização brasileira foi a Espanha. A costa brasileira era apenas um ponto de reabastecimento da marinha Portuguesa.

Começaram a ser feitos muitos investimentos na produção de cana de açúcar no Brasil,o que resultou em altos índices econômicos, e despertou a cobiça de outros povos. Visando a defesa do território, a administração da colônia construiu várias fortificações.

Em 1640, quando Portugal reconquistou sua independência, lutou para expulsar os invasores que estavam na colônia para aprender o processo de fabricação do açúcar. Estes resolveram explorar a cana de açúcar no Caribe, pois teriam menos custos, o que resultou na queda do preço do açúcar e estagnação, encerrando a primeira fase da arquitetra brasileira.

Em meados de 1700, foram descobertas em Minas Gerais minas de ouro e pedras preciosas. A economia açucareira entrou na crise mais completa e as atenções voltaram-se pra a mineração.  A descoberta de locais com alta concentração de riqueza fez surgir uma grande desigualdade social, onde alguns eram muito ricos, outros muito pobres. A concentração da riqueza refletiu diretamente na arquitetura, foram construídos casarões e templetes de beleza excepcional.  

Por volta de 1780, esgotaram-se as minas e a economia agrícola voltou a ser o centro das atenções, e gradualmente a economia se redimiu e estabilizou.

A Arquitetura e o Urbanismo nos séculos XVIII e XIX

Historicismo

Na busca por uma linguagem que rompa com os valores estéticos desgastados de um passado imediato, surgem linguagens estéticas que não soam inovadoras e nem representam os novos tempos.

Após o desgaste da estética barroca, foram adotadas diferentes estéticas que caracterizaram um período eclético e sem novidades, porem com a coexistência de vários Historicismos ou Revivalismos.

As obras neoclássicas, concebidas sob um Revivalismo “clássico” se baseiam na cultura Greco-romana , com regras compositivas baseadas na razão, no equilíbrio e na pureza das criações como padrão referencial para o julgamento artístico. A razão da valorização está na literatura do iluminismo e também na descoberta das ruínas de Pompeia. Na arquitetura, a estética neoclássica se baseou na simetria, na ordem, no ritmo, no racionalismo e na simplificação de elementos normatizados pela École Nationale Supérieure de Beaux Arts de Paris, a mais antiga academia de ensino superior de arquitetura, criada por Colbert em 1671.

Dentre as obras realizadas sob um revivalismo não clássico, destacaram-se aquelas voltadas à nostalgia de um passado mais natural, sem a frivolidade do barroco e sem o racionalismo neoclássico. Conhecidas como românticas, essas obras se inspiraram na idade media, na construção de castelos medievais e edifícios religiosos, alem de sutis associações com a natureza selvagem.

Esse ideário romântico expressou se pela construção de ruínas artificiais e passaram a ser conhecidas como pinturescas ou pitorescas, pois se inspiraram nas obras pictóricas de paisagens edilicas (?) compostas por ampla área verde entremeada com uma imagem arquitetônica envelhecida. Essa formou-se na época dos ingleses que, ao simularem a paisagem natural, revolucionaram a arte do paisagismo.

No Brasil, o pensamento iluminista esteve presente desde a tentativa da inconfidência mineira de substituir a monarquia burguesa pela democracia teorizada. Com a chegada da corte de Portugal em 1808, o neoclássico tornou se a estética dominante para abrigar e representar o poder nas grandes intervenções brasileiras. Nesse período, D João possibilitou a vinda de vários artistas da Europa para o Brasil no que foi chamado Missão Artística Francesa para a Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, aberta em 1826. Multiplicou-se a influência dos revivals, principalmente o neoclássico que estendeu-se as edificações publicas do interior e grandes propriedades rurais como meio de materializar o novo poder político-econômico, a agricultura. Motivos autenticamente brasileiros apareceram somente ao final da fase da construção do Brasil.

Industrialização

Em 1750, foi criada na França uma escola superior de engenharia a École des Ponts et Chaussées, que foi ampliada esse transformou na École Polytechnique. A distinção entre arquitetura e engenharia, gerada em meio à revolução industrial, oscilou entre o tradicionalismo acadêmico no campo da arquitetura e o sistema moderno recém-adotado e difundido pela escola de engenharia voltada a estruturas econômicas e rapidamente executáveis.

Esse pensamento associou-se às urgentes necessidades industriais de edificações destinadas a funções ate então não existentes como as que passaram a ser exercidas em estações ferroviárias e fabricas.

Mesmo que fosse elaborada pela arquitetura uma linguagem estética, neste momento, preferiu-se a engenharia com sua praticidade, pois a arquitetura era vista como contraria ao desenvolvimento industrial.

Foram feitas varias tentativas de adequar a arquitetura à era industrial, o que só foi estabelecido por volta de 1915. A partir da proposta da Fabrica Moderna esquematizada como porta voz da Estética da Maquina, que impressionou operários e estreitou a relação entre engenharia e arquitetura porque uniu as reações nos dois campos contra as posições externas adotadas em cada campo. Por um lado, as obras tradicionais acadêmicas eram criticadas por sua pompa centrada em Revivalismos e Ecletismos, por outro, a forma técnica pura geralmente definidora do invólucro padrão das obras da engenharia, voltadas s novas funções eram consideradas obras meramente utilitárias.  

Nas Américas do Norte e do Sul, as edificações ferroviárias e fabris, alcançaram uma monumentalidade e majestosidade superiores aos similares europeus, fato justificável, no caso do Brasil pela alta concentração de riquezas provindas da agricultura.

Alem de terem sido investidas verbas na criação de bancos e industrias, principalmente nas regiões de alta concentração de população, renda, condições de mercado e transporte, as industrias criaram uma nova realidade para a classe mais rica e também para a classe mais humilde.

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