A Catedral de Peterborough

HISTÓRICO

A Catedral de Peterborough, sede da Diocese de Peterborough é dedicada a São Pedro, São Paulo e Santo André, cujas estátuas se encontram em cada um de seus três espigões que compõem sua fachada oeste. Fundada no início do período saxão, pertence principalmente à arquitetura normanda¹, depois de sua remodelação no século XII. Junto com a Catedral de Durham e a Catedral de Ely, é um dos edifícios mais importantes do século XII, preservado quase intacto, mas com algumas extensões de restaurações.

Com uma história que remota mais de 1350 anos (e a construção atual se aproximando dos 900 anos), a igreja foi fundamental durante o governo do rei anglo-saxão de Mercia por volta do ano de 655 e foi um dos primeiros centros do cristianismo na Inglaterra. A povoação monástica foi toda destruída pelos vikings em 870 e reconstruída como uma abadia beneditina entre os anos de 960 e 970. A igreja da abadia se permaneceu intacta até que um incêndio acidental a destruiu em 1116, e foi reconstruída na sua forma atual entre 118 e 1238. Se tornou catedral da nova diocese de Peterborough em 1541 e agora é conhecida como Catedral de São Pedro, São Paulo e Santo André.

A Planta: Como é típico do período Românico, a Catedral de Peterborough possui a planta de plano em cruz. Pode-se identificar algumas áreas em sua planta, são elas: a nave central e duas naves laterais, cada uma com metade da largura da central, um transepto, um coro, a abside e o santuário.

A fachada: A Catedral é muito conhecida por sua fachada oeste, a qual não se conhecem precedentes nem sucessores diretos. Apesar da arquitetura românica possuir como característica a utilização de arcos plenos, sua fachada é composta por arcos ogivais, característica do gótico. O românico é uma transição para o gótico, portanto a catedral de Peterborough possui muitas características do estilo. Sua aparência é ligeiramente assimétrica, já que umas das torres nunca foi terminada. Acima dos três longos arcos possui, sobre cada um, uma rosácea em um frontão. No estilo românico é comum que a entrada de luz seja feita através das rosáceas já que as construções do estilo são, normalmente, com poucas aberturas. No entanto, no caso da Peterborough, a iluminação é feita também através das numerosas janelas, portanto a igreja é bastante iluminada; característica que se aproxima, também, ao estilo gótico. Além disso, a fachada é decorada também por esculturas e possui contrafortes (reforço da parede).

A estrutura: Depois do incêndio em 1116, foi iniciada a construção de uma nova igreja, esta estilo normando, que foi iniciada pelo Abade João de Sais em 1118. Em 1193, ele estava sobre a ala oeste do prédio, incluindo a parte da nave, a torre central e tetos de madeira, que, concluída entre 1230 e 1250, ainda sobrevive. É um teto único na Grã-Bretanha, existem apenas três similares a este em toda a Europa (em Zillis, Suíça; Hildesheim, na Alemanha; e Dädesjö, Suécia). A nova igreja foi construída principalmente com calcário Barnack, extraídas por pedreiras de seu próprio território. Durante o processo de construção, os arquitetos decidiram mudar para o novo estilo gótico perpendicular. Exceto por pequenas mudanças nas janelas, a inserção de pórtico para sustentar os pilares da fachada e da adição de um edifício "novo" do século XVI, a igreja permanece essencialmente em seu aspecto original, como que foi construído há cerca de 800 anos atrás.

A nova igreja teve como ponto mais alto a nova torre, encimada por um teto do tipo Rhenish Helm e foi construído principalmente por cantaria, apenas uma pequena parte das fundações da igreja saxônica anterior permaneceu sob o transepto sul, mas que conservou diversos artefatos saxões significativos, entre os que se destacam a Hedda Stone.

A fachada oeste é grande a imagem mais representativa da catedral de Peterborough, graças principalmente aos seus três arcos longos. O grupo de agulhas que está por trás dessa fachada é por razões mais práticas do que estética: em vez de demolir