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Análise - Catedral Metropolitana De Brasilia

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Por:   •  1/12/2013  •  1.440 Palavras (6 Páginas)  •  729 Visualizações

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Teoria da Arquitetura

Análise da obra

Catedral Metropolitana de Brasília

Oscar Niemeyer

Campo Grande, 27 de Novembro, 2013 

Catedral Metropolitana de Brasília

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi o primeiro monumento a ser criado em Brasília. Sua pedra fundamental foi lançada em 12 de setembro de 1958. Teve sua estrutura pronta em 1960, onde apareciam somente a área circular, da qual se elevam colunas de concreto (pilares de secção parabólica) num formato hiperboloide, que pesam noventa toneladas.

Composto por 16 pilares, com 40m de altura(1), e um anel de concreto na base, de 60m de diâmetro, apoiado no chão e servindo de fundação(2). No topo, uma coroa serve de apoio para garantir a amarração e rigidez e que era apenas para ser uma cinta de concreto a unir os pilares quase no topo, transformou-se em laje, posta um tanto mais abaixo do previsto, permitindo a iluminação pelo alto, atenuando a leveza e transparência da estrutura.

O interior da Catedral é todo revestido de mármore, somando, no total, 500 toneladas desse material(3). Completando o conjunto, o batistério em forma ovoide teve em suas paredes o painel em lajotas cerâmicas pintadas em 1977 por Athos Bulcão(4), e o campanário composto por quatro grandes sinos, doado pela Espanha, finalizam o conjunto arquitetônico. O interior possui três esculturas de anjos, em duralumínio, suspensas por cabos de aço, no centro da nave(5).

A cobertura da nave tem um vitral composto por dezesseis peças, pintados por Marianne Peretti, no total, ocupam uma área de 2.200m2, cada peça tendo 10m de base por 30m de altura, composto por 16 gomos de 140m2 em fibra de vidro nas cores azul, verde e branco, somando, no total, 80 toneladas inseridas entre os pilares de concreto(6). Em 2000, os vitrais foram restaurados com vidros especiais de Milão, receberam uma película de climatização, a qual possibilitaria a passagem de luz, mas não de calor. Antes de a obra ficar pronta, a temperatura interna na catedral chegou a atingir 60ºC.

Os painéis de vidro receberam em sua borda perfis de puro silicone, eliminando-se os quadros de alumínio, material que consome muita energia e contribui para a deterioração do meio ambiente.

Para adentrar ao templo a solução dada ao acesso foi construir um túnel subterrâneo, seguindo o caminho o fiel toma contato com o túnel estreito e escuro, onde uma rampa, com piso de granito preto(7), leva-o abaixo.

Localizada numa praça autônoma – a Praça de Acesso – a Catedral está disposta lateralmente na Esplanada dos Ministérios, por questões de escala e tendo em vista a valorização do Monumento.

O corpo principal do Templo, isto é, a nave, situa-se três metros abaixo do nível da Esplanada dos Ministérios. Para acessá-la a partir do caminho ladeado pelos Evangelistas, segue-se por uma galeria em declive, desenhada por Oscar Niemeyer, com características significativas: um corredor estreito em relação às dimensões do Templo, piso negro e paredes de granito da mesma cor. É assim descrita pelo próprio arquiteto: “Eu criei uma galeria escura de modo que, quando a pessoa chegar à nave, tem um contraste de luz: olha e vê até os espaços infinitos; e o corpo da igreja, esplendorosamente transbordante de luz e cor”.

À saída do túnel escuro, que faz a aproximação exterior/interior, está a nave, corpo principal do Templo, lugar das celebrações. É um plano circular, de setenta metros de diâmetro, com capacidade para abrigar quatro mil fiéis. Percebe-se, aí, sua grandeza, dimensão e estrutura. Parede e cúpula aparentemente unidas legam ao interior quarenta metros de pé direito, com paredes e piso de mármore de Carrara. A cúpula, como se vê do exterior, é de vidro: vitrais, cuja disposição garante iluminação natural à nave. Trinta e seis mil pedaços triangulares de fibra de vidro colorida, unidos por liga de chumbo e assentados em caixilhos de aço, formam o teto da Catedral. Sem abrir mão da transparência, os vitrais enriquecem-se de desenhos coloridos da vitralista francesa Marianne Peretti.

A partir do corpo principal, duas saídas se abrem como passagem para corredores: o que está à direita de quem entra conduz à sacristia, às salas auxiliares e escritórios eclesiásticos e sanitários; já o da esquerda, leva ao Batistério. Por detrás do altar principal, duas escadas, uma de cada lado, conduzem à Cripta, no subterrâneo.

A via sacra é uma obra de Di Cavalcanti. Na entrada da catedral, encontra-se um pilar com passagens da vida de Maria, mãe de Jesus, pintados por Athos Bulcão.

1 - O Templo

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, desenha-se em linhas arquitetônicas singulares e originais, e guarda as marcas características do seu arquiteto: concreto armado, vidro e espelhos d’água.

Descritivamente, ocupa uma área circular de 70 metros de diâmetro. Sua cobertura é sustentada por 16 colunas de concreto, num formato hiperbólico, medindo, cada uma, 42 metros de altura e pesando 90 toneladas.

Figurativamente, o próprio Niemeyer resume: “Pensei que a catedral pudesse refletir, como uma grande escultura, uma ideia religiosa, um momento de oração, por exemplo. Projetei-a circular, com colunas curvas, que se elevam para o céu, como um gesto de reclamo e comunicação.”

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