A Cidade Através da Película

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

MELISSA ALMEIDA SILVA

A CIDADE ATRAVES DA PELÍCULA:

Uma abordagem crítica do novo viver urbano através do cinema

São Luís/MA

2018

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

MELISSA ALMEIDA SILVA

A CIDADE ATRAVES DA PELÍCULA:

Uma abordagem crítica do novo viver urbano através do cinema

Monografia apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão como um dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rose-France de Farias Panet

São Luís/MA

2018

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 04

2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................  05

3 JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 06

4 OBJETIVOS............................................................................................................ 08

4.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 08

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................ 08

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................  08

6 CRONOGRAMA...................................................................................................... 09

7 BIBLIOGRAFIA....................................................................................................... 10

1. INTRODUÇÃO

Com diferentes linguagens e formas de expressão, arquitetura e cinema dialogam entre si de diversas formas. A medida que um se expressa através de som e fotografia, o outro se apresenta por meio do espaço funcional e esteticamente pensado, e como arte do olhar, ambos falam através do espaço construído, como a cenografia, exemplificando de forma um tanto sintetizada. Para Nouvel (1997), o arquiteto, assim como o diretor de cinema, deve saber conduzir luz e o movimento, produzindo por meio dos seus projetos uma cenografia de ritmos.

Mas, a concepção da linguagem cinematográfica e a sua relação com a arquitetura e urbanismo, ultrapassa os cenários tão-somente montados. Com a imagem urbana que ao fim da segunda guerra mundial deixou, um novo olhar, surge trazendo o desejo de voltar a mostrar um cenário familiar, cenário que protagonizou o surgimento do cinema e o qual fora substituído por tempos pelos cenários montados: a cidade. Surge assim, o neorrealismo Italiano, movimento que teve suas maiores expressões na sétima arte. Passando a relatar a atual situação social, o movimento propôs um cenário externo e real, onde a cidade passa a ser não só ator, mas um elemento significativo da narrativa, possibilitando assim, que o cinema passasse a proporcionar experiências diversas a respeito do urbano.

“A arquitetura é muito mais que mera cenografia e deve saber transitar no imaginário fílmico para construir estruturas capazes de resgatar o espírito de uma época ou lançar o de outras. É o espaço
arquitetônico que permite a ligação entre tempo, espaço e
homem. Se a cenografia dos interiores de estúdio estava mais
para um “pano de fundo”, a arquitetura dos exteriores estava
agora desempenhando papel ativo.” (SANTOS, 2004 p. 03).

O cinema cria espaços que antes nunca foram pensados, nos faz compreender a transformação de cidades, tão como trazer reflexões sobre para onde essa cidade têm caminhado e no que ela pode se tornar, além de descrever por meios de suas narrativas como isso pode refletir no viver urbano. Após adotar a cidade como cenário, com o avanço tecnológico acelerado e, - como consequência disso -  com os novos conceitos de cidade que foram surgindo, o cinema passa a relatar cidades caóticas e futuristas, de maneira um tanto pessimistas em relação à estética dos espaços, nos levando a reflexões a respeito da relação entre a sociedade e o uso do espaço urbano. Para aprofundar o estudo, a pesquisa terá como base a análise do filme Jogador Nº1 (2018), do diretor Steven Spielberg, onde se fará um estudo sobre os personagens, suas relações com o ambiente físico (cidade caótica de Columbus) e com o ambiente virtual. A narrativa se passa em 2044, um futuro distópico onde a humanidade prefere a realidade virtual do jogo OASIS ao mundo real, e apresenta como cenário uma cidade futurista e por toda, esquecida e trocada pele cibercidade.

Essa pesquisa propõe identificar alguns pontos de afinidades entre cinema, arquitetura e urbanismo (com ênfase nos estudos das cidades), principalmente através da análise dos espaços cenográficos, dando destaque aos que se revelam como cidades utópicas, tendo em vista que esses trabalham com os mesmos conceitos que a arquitetura. Sendo assim, tem como objetivo geral analisar o novo conceito de cidade que vêm surgindo devido aos avanços tecnológicos, através do ensaio do filme proposto, refletindo como isso já têm modificado nossas relações, nosso meio de interagir com a cidade, o viver urbano e as relações entre sociedade, tecnologia e urbanismo. Assim tomar conhecimentos dos diferentes conceitos de cidade; analisar criticamente como alguns filmes representam as cidades; tomar conhecimentos sobre a história da cidade dentro do cinema e aprimorar o olhar crítico cinéfilo.

Com esse fim, a pesquisa baseia-se em uma recapitulação bibliográfica sobre o tema “afinidades entre cinema e arquitetura”, estendido em dissertações, livros, revistas, artigos e outros trabalhos acadêmicos. Estudaram-se teses sobre os multimodos conceitos de cidade, principalmente sobre as cidades virtuais, e também sobre como as cidades de um modo geral se revelam nos filmes por meio da linguagem cinematográfica, com o intuído de compreender melhor os fundamentos do cinema e do olhar do diretor em relação aos espaços públicos. Foi necessário a análise de filmes ao longo do trabalho que foram apontados como fundamentais ao tema e que acarretassem reflexões desinentes da investigação do mesmo.