A Cidade-território ou a pós metrópole
Por: 31589391 • 4/12/2017 • Trabalho acadêmico • 1.000 Palavras (4 Páginas) • 491 Visualizações
A cidade-território (ou a pósmetrópole) – Capitulo 4: Cacciari
Resumo
Nos séculos XIX e XX, as metrópoles eram estruturadas por espaços com funções definidas (residenciais, produtivas e terciárias), sendo ultrapassada e constituindo a cidade-território, um espaço agora indefinido, homogêneo, onde os acontecimentos se modificam com rapidez, impedindo que essa geração conserve memórias do passado.
O crescimento populacional é constante e possui índices cada vez mais alto principalmente em países pobres. Cacciari questiona qual a configuração para essa cidade, caracterizando espaços indiferenciados do ponto de vista arquitetônico, sem funções de representação financeiras, de governação, cercada por áreas periféricas. O todo relacionado por acontecimentos fora de qualquer lógica urbanística e administrativa.
Esse território se contrapõe a todas as formas tradicionais da vida comunitária, sendo necessário assumir uma forma a priori, equivalente e homogêneo, ou seja, não definir lugares dentro do espaço, ou caracterizar este último segundo uma hierarquia de lugares simbolicamente significativos.
O autor aponta que a casa não é apenas o lugar de morar e só uma cidade pode ser habitada, mas precisa se dar lugares, este é o sítio, o lugar onde paramos, ao contrário do que acontece na pós-metrópole, que não nos permite parar e habitar. O lugar perde intensidade e torna-se lugar de passagem, um momento de mobilização universal, e esses novos lugares precisam que essas características sejam representadas.
Cacciari demonstra que precisamos de lugar por causa de nossa dimensão física mais primitiva, nosso corpo, que também é lugar, transmissível, como qualquer outra informação.
Os homens da pós-metrópole não reconhece como seus os lugares dos antigos espaços urbanos, nem os das antigas metrópoles, não possui vontade de restaurar ou recuperar os lugares da antiga cidade e também nenhuma ideologia futurologista, tornando a arquitetura em apenas jogo formal, perdendo a sua potência construtiva.
O espaço metropolitano tinha uma precisa hierarquia entre edifícios, que desempenhavam a função de corpos de referência. Todo corpo-edifício de referência desempenha uma tarefa definida, tem qualidade e propriedades específicas, deste ponto o espaço metropolitano não difere substancialmente do espaço urbano.
No texto o autor questiona a eliminação do espaço, e tratando o nosso corpo como informação, somos capazes de a manipular e transmitir.
A energia que o território pós metropolitano liberta é anti-espacial. Toda métrica espacial é um obstáculo a se passar. Essa ideia reguladora na direção de uma forma de comunicação que torne o espaço perfeitamente indiferenciado e homogêneo, deixando de apresentar qualquer saliência significativa, caracterizando em um transparência e fiabilidade das informações. Mas o espaço vinga-se de duas maneiras, quanto mais a cidade de desenvolve, mais temos o desejo de nos mover, isso caba desenvolvendo o transito, que não nos deixa movimentar-se. O outro modo é o peso da arquitetura como um conjunto monumental único, pois elas se contrastam radicalmente.
Os espaços fechados possuem a existência pós-metropolitana, pois tem uma idealidade de que cada qual tem propriedades relativamente fixas e estática, ressaltando então a sua pobreza simbólica. Não é apenas o edifício definido na base de uma função, é o bairro residência, o parque de diversão. Quem pode vive uma parte de sua vida nessa mobilização universal, e depois foge para as comunidades fechadas em busca de segurança em suas moradas, porém à uma contradição, já que na sua idealização ele fala que há uma necessidade de viver em comunidade, mas por outro lado temos a privacidade, os moradores são pessoas que cruzam relações na base do interesse recíproco, indiferentes uma para as outras,
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