A Democracia e Educação
Por: Bruna Duarte • 13/9/2019 • Resenha • 954 Palavras (4 Páginas) • 216 Visualizações
- O postulado democrático
O anseio pela democracia gera uma implicação a um pedido essencial, que está associado a educação e democracia. Este pedido é que todos nós sejamos o bastante desenvolvíeis, para que assim possamos administrar uma vida em sociedade, numa forma que todos compartilhem dela como iguais, no que se diz respeito às diferenças das próprias histórias e das diferenças propriamente particulares.
“A democracia é, todo um programa evolutivo de vida humana, que, apenas há cerca de uns cento e oitenta anos, começou a ser tentado e, de algum modo, desenvolvido [...] ainda não conseguiu de todo vencer sequer a fase de controvérsia e negação, por que passa toda grande transformação histórica.” (Teixeira, 1956, p. 1)
- Origem histórica da democracia
O surgimento da democracia ocorreu como uma evolução na história, com uma reclamação política e principalmente de ideais individualistas. Tais forças sociais do século dezoito proporcionaram ao individuo uso da expressão, usar seus conhecimentos que a ciência do século o proporcionava, para assim poder ensaiar, empreender e realizar em âmbitos desimpedidos, seja na área econômica, político ou pessoal.
“Somente agora estamos despertando para a necessidade de completar a obra democrática, com um esforço educativo paralelo ao dos que, sensíveis aos aspectos de organização, vieram intensificar o trabalho das escolas mas o fizeram, sem o devido acento no papel único eu continua a caber ao indivíduo, de ser a força de revisão e mudança, pelo pensamento livre, da extrema e complicada máquina organizativa da sociedade moderna.” (Teixeira, 1956, p. 2)
- Sociedade Democrática
Podemos dizer que a sociedade não é de fato um único só ao todo, mas principalmente a sociedade moderna, basicamente um arquipélago de pequenas sociedades. Como se possamos subdividir as maiores sociedades que temos, como membros do trabalho, escola, família, que separados são sociedades menores, mas, ao todo formam a grande sociedade.
“A sociedade democrática é a sociedade em que haja o máximo de comum entre todos os grupos e, por isso, todos se entrelacem com idêntico respeito mútuo e idêntico interesse. As relações entre todos os grupos e o sentimento de que têm algo a receber e algo a dar emprestam à grande sociedade o sentido democrático e lhe permitem fazer-se o meio do desenvolvimento de cada e de todos.” (Teixeira, 1956, p. 3)
- Educação e processo democrático
A educação de nível superior e médio foi considerada a educação da classe propriamente dita como dominante ou a educação de conhecedores, que possuíam privilégios iguais aos das classes dominantes, e a educação para se formar pessoas da famigerada elite social. Já na escola primária podemos encontrar maneiras de uma formação democrática, para orientar o cidadão comum. Sendo assim se desmembrando em duas formas: social e pedagógica.
Nem sempre esses resultados foram alcançados pela escola primária, tanto por falta de um modelo a se seguir. Sendo assim seria necessário que a escola comum e a democrática refizessem a educação, oferecendo a pessoa um âmbito otimizado à revisão e relação de suas experiências, de forma que o torna-lo um participante inteligente e ajustado de uma sociedade feita de todos e para todos, além de que o interesse pelo próximo se amplifique além dos acamamentos sociais e de grupos, fazendo que a pessoa antes de um membro de família a pessoa seja um membro de algo maior, como sua comunidade, país e de toda a humanidade.
“Desde que toda ação é um ato partilhado, a ideia de participação faz-se a matriz de toda atividade humana e a criança na escola deve poder sentir quanto o seu desenvolvimento é um desenvolvimento em conjunto, não podendo ela própria realizar-se a si mesma senão na medida em que se faz útil aos outros e outros uteis a ela [...] .Existir em sociedade deve ser o quadro geral da escola, que por isto mesmo, se organiza em comunidade de professores, alunos e pais, desenvolvendo o seu programa de atividades [...] transformada, assim, na experiencia democrática por excelência” (Teixeira, 1956, p. 6)
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