A HISTORIA DAS COISAS
Por: DIASTAMY • 15/4/2015 • Projeto de pesquisa • 452 Palavras (2 Páginas) • 394 Visualizações
O video sugerido para análise nos proporciona uma reflexão do modus operandi de nossa economia consumista atual. A mensagem passada pelo vídeo abrange o todo, numa visão holística como a de Capra, do problema da produção e consumo exacerbado que transborda questões ambientalistas e tange questões idealistas, econômicas e sócio-politicas.
Uma vez que nos deparamos com o primeiro ponto de atenção, a produção linear num planeta com recursos finitos, pode-se associar à idéia que a população mundial cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética; esta condição, por mais que pareça sem solução, vai esbarrar e se agregar com outra condição, outro ponto de atenção deste modelo de produção/consumo que temos adotados ao longo das décadas: o problema da distribuição. Distribuição não de produtos de consumo e ou a logística das novidades tecnológicas prontas para serem consumidas, mas a distribuição de bens de consumo primário, de capital, de propriedades e rendas; sabemos que apenas 20% da população mundial tem alto poder aquisitivo e o restante da população ainda vive a velha luta de classes proferida por Karl Marx.
Postas estas condições que nos acompanham desde a virada do século passado, hoje temos um filosofia/ideologia de vida que algumas décadas anteriores não era seguida à risca, como no próprio vídeo nos mostra: passamos de capitalistas para consumistas; e consumistas desenfreados. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman é um grande articulador sobre esse novo modo de vida que tem direcionado à todos nos últimos tempos: estamos numa era em que se mensura poder aquisitivo não pelo acumulo de propriedades ou renda, mas sim o poder de consumo e o poder de descartar os bens de consumo; hoje vivemos um mundo onde se compra e usa agora e pagamos depois graças ao milagre do cartão de crédito, onde a moda é o verdadeiro perpetum móbile de que tanto a física moderna falava, ou seja, uma força motriz que auto se gera e nunca tem fim. É com estas observações de Bauman e as informações demonstradas no vídeo que partimos para a resolução de que não precisamos não só de uma reconstrução em nosso modo de produzir, mas também precisamos de uma reformulação em nossa cultura imediadista.
Assim, conclui-se que nosso modo de consumo, nosso modo de produção e o modo que os governos tem gerido paises/nações, não serão transformados do dia para a noite e não só movimentos ativistas irão solidificar nosso modo de vida líquido e instável, mas deve-se partir da educação e construir uma transformação a longo prazo para que possamos malograr o atual modo de pensamento consumista.
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