A Identificação de Vestígios no Local de Crime

A identificação de vestígios no Local de Crime é uma das responsabilidades do Primeiro Interventor. Nesse sentido, o perito deve ser informado e ter conhecimento de todos os vestígios que poderão ser coletados.

Diferentemente do que os policiais e bombeiros militares, que estão acostumados a encontrar numa Cena de Crime os Vestígios Ostensivos (aqueles que são mais facilmente distinguíveis a olho nú, como armas, estojos e marcas em geral), há também o caso dos vestígios latentes, que demandam uma análise mais apurada sobre as impressões digitais, DNA e sangue (materiais biológicos).

Sobre estes aspectos, constantes na Aula 3 - Identificação e no material de apoio do Módulo 2, responda aos seguintes questionamentos:

1)    Especifique dois vestígios encontrados em local de crime e estabeleça a fonte e a provável localização do dna no vestígio.

• Faca - mulher nua sem roupas em óbito: arma branca(faca), podem conter vestígios do autor, onde ainda, deverão ser coletados flúidos corporais pelo perito oficial, tais como o sêmem, a saliva ou sangue e auxiliarão na identificação de suspeitos em casos de violência sexual (estupros, atentado violento ao pudor, atos libidinosos).

 os vestígios podem ser localizados nas vestes, nos órgãos sexuais (interno e externo) ou até mesmo próximo ao corpo em caso de morte.

• Interior do imóvel revirado com vítima fatal (possível latrocínio): podem ser localizados tecidos epteliais do autor, nas unhas da vítima, bem como pode ser localizados em janelas quebradas, em casos onde há sinais de que naquele local houve luta corporal anteriormente, arrombamento, ou ainda, objetos com sangue, objetos estes que poderiam ter sido usados durante o crime.

 2)    qual a importância das marcas de pegadas ou rastros de pneus para a criminalística.

Para a criminalística as impressões plantares são de suma importância, são ainda popularmente denominadas de pegadas. Pela pegada, pode-se chegar a uma conclusão total ou parcial do indivíduo suspeito a ser estudado, pois trata-se de marcações ou deformações.

Para a formação de uma impressão plantar não é necessária sua realização por um pé descalço, de maneira a causar impressão na superfície analisada do formato natural do pé. Ao contrário, a impressão de um pé calçado também configura uma impressão plantar que pode, da mesma maneira, ser instrumento da criminalística para reconhecimento da autoria e características do crime.

Em uma cena de crime, são uma forte evidência que merecem atenção. Apesar da produção em série dos calçados, a determinação de sua marca, tamanho e modelo consegue reduzir muito o leque de possibilidades. Além disso, o próprio desgaste natural do calçado em compasso com a utilização torna-o único, existem ainda estudos em relação a linha do andar, o ângulo do pé etc...

Pelos rastros de pneus, os vestígios deixados podem indicar: distância percorrida pelo veículo durante a frenagem (indicando a velocidade) durante um acidente ou um atropelamento, ou ainda, pode ser o veículo identificado pelo tipo do pneu ou seu tamanho (aro 15, 14, 13).

3)    é possível determinar por um pegada no local de crime a velocidade da pessoa? Explique.

 r. Sim. O estudo é feito através da podoscopia que é o estudo das impressões plantares.

Linha do andar: pode ser a mesma que a linha de direção, desde que o autor das pegadas se desloque colocando um pé na frente do outro, com fito de se avaliar características essenciais como velocidade, e demais condições do autor.