A Poluição dos Rios

1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento urbano da cidade de Salvador, tal como em grandes cidades brasileiras, favoreceu – e ainda favorece – um dos principais problemas ambientais da atualidade: a poluição dos rios urbanos.

A expansão urbana desordenada aliada ao desenvolvimento da indústria, atividades agropecuárias, domésticas e comerciais são causas específicas deste problema. Tais fontes poluentes, entre as quais destacam-se o acúmulo de lixo e o lançamento de esgotos direto nos rios, sem nenhum tipo de tratamento especifico. Essas práticas esgotam a capacidade de absorção pelos organismos decompositores dos poluentes despejados, intervindo diretamente na qualidade das águas e na vida daqueles que de alguma maneira estão vinculados aos rios.

De tal forma a população precisa, assim, estar sensível e consciente do seu papel de cidadania que transcende a análise do processo histórico sobre o desenvolvimento da educação ambiental no Brasil e no mundo, considerando que seu conceito deve ser abordado de maneira interdisciplinar objetivando a redução dos danos ambientais causados pela configuração da sociedade atual.

 

2. OBJETIVOS

1. Geral

Identificar os problemas que causam a devasta poluição deste recurso natural renovável e sensibilizar a sociedade das consequências desse descaso, devido ao enorme número de fatores e ações sociais envolvidas que mantém e aumenta agentes contaminantes ambientais que são perceptíveis.

Buscamos detectar indicadores sobre a qualidade das águas e sobre o acesso aos serviços públicos de saneamento ambiental, a delimitação das bacias hidrográficas e de drenagem natural e a delimitação dos bairros de Salvador, tendo como referência as noções de identidade e de pertencimento dos seus moradores.

2. Específico

Demonstrar a real situação dos rios da cidade do Salvador, detectando a ausência de cuidado, atenção e investimento em potencializar essa grande importância socioambiental que passa despercebida por milhares de habitantes de maneira negligenciada. Sugerindo campanhas e movimento que trate da realidade local, tratando esgotos e fazendo uma reciclagem do lixo, evitando assim a poluição dos mesmos.

3. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO SOBRE AS ÁGUAS DOS RIOS EM SALVADOR

Primordial para a vida, a água sempre esteve entre os fatores determinantes para o desenvolvimento humano. Desde as primeiras civilizações que se expandiram em volta de rios e originaram as grandes cidades da atualidade, a maneira como os indivíduos e os gestores responsáveis tratam os rios definem a prosperidade da localidade. Àqueles que investiram em pesquisas e obras públicas através de melhorias das condições sanitárias desenvolveram-se mais rapidamente (REZENDE; HELLER, 2000).

Porém, nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, a cobertura dos serviços públicos de saneamento básico ainda é muito baixa e trazem consequências a curto e longo prazo, como o esgotamento dos rios devido ao uso irracional dos seus recursos pela população. Na maioria das cidades brasileiras, como por exemplo, Salvador – BA, a poluição das nascentes, rios e mares afetam diretamente a qualidade de vida dos homens e animais que dependem – diretamente e indiretamente – desse bem natural. Com o desenvolvimento da cidade e o crescimento urbano, a poluição dos rios tornou-se um problema complexo devido aos enormes números de fatores sociais envolvidos. Como em muitas metrópoles, os rios da capital baiana foram contaminados e poluídos em função do crescimento desordenado e do processo de industrialização cada vez mais acentuado. Ligações de esgoto e lixo são uns dos maiores responsáveis pela precária situação dos rios, que se encontram sem condições mais de uso por conta do grau elevado de poluição.

Diversos agentes podem ser percebidos como contaminantes ambientais. Alguns exemplos como: a falta de saneamento básico, que é uma grande ameaça à saúde pública, deixando a cidade ainda mais exposta a doenças; e as questões culturais, sociais e políticas que impõem desafios ambientais cotidianamente no mundo moderno. Espera-se que governos, cidadãos e demais seguimentos da sociedade tenham a capacidade de reconhecer tais desafios e deem respostas que apontem na direção de soluções adequadas, objetivando a mitigação dos danos ambientais causados pela configuração atual do mundo que vivemos.

4. POLUIÇÃO DOS RIOS EM SALVADOR

Salvador é uma cidade naturalmente cortada por rios. Os cursos d`água soteropolitanos não possuem níveis bons de potabilidade e piscosidade e são considerados esgotos pela população.

Mais de 80% apresentam um índice de qualidade ambiental de ruim a péssima, com alta concentração de coliformes termotolerantes (incluído os fecais) e baixa concentração de oxigênio. (FLORES; Noemi, 2014.2).

Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) realizaram análises feitas por técnicos que foi apresentado em um seminário em Salvador, “Qualidade Ambiental dos Rios e Lagoas da Cidade de Salvador”. Estudos estes que foram realizados no primeiro semestre do ano de 2014, podendo concluir que o único rio que se apresenta em índice bom é o Rio Cascão, localizado próximo ao 19º Batalhão de Caçadores, no Cabula, porque está dentro de uma área que ainda tem mata preservada. Transcendendo desta forma, que as lagoas de Salvador também estão menos poluídas que os rios.

Figura 1 - 19° Batalhão de caçadores – Cabula.

Fonte: Wikimapia.org (2006);

Figura 2 – Represa do Cascão - Reserva militar

Fonte: Wikimapia.org (2006);

Por toda via, o coordenador de Monitoramento do Inema, Eduardo Topázio, afirmou que este trabalho tem o objetivo de avaliar a qualidade dos rios para alertar a população sobre a poluição destes rios urbanos e o cuidado que se deve ter com a água nas atitudes cotidianas, visando mudanças de comportamento para um futuro mais sustentável.

Os resultados desse estudo confirmam que a falta de saneamento urbano e o uso ocupacional do solo de forma desordenada da cidade causam impacto diretamente na qualidade ambiental dos rios de Salvador. O exemplo disto é o Rio Cascão que apresentou resultado favorável, devido à preservação da mata ao redor. (TOPAZIO;