A história da cidade - Leonardo Benevolo
Por: Fatec TT • 7/4/2015 • Resenha • 1.528 Palavras (7 Páginas) • 798 Visualizações
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Arquitetura e Urbanismo – Manhã
Teoria da Arquitetura II Prof. Lucimara
Grasielle Braga Ramos Martins RGM 143170-6
Resenha: História da cidade - Leonardo Benevolo
No começo da era da humanidade o ser humano viveu usando os recursos da natureza até que se esgotasse, mudavam-se e continuavam o processo devastando o ambiente por onde passavam, mas houve um momento que aprenderam a cultivar e dominar os animais, passaram, assim, a serem sedentários, fazendo um ciclo de reuso da terra, usando os recursos da terra para poder se estabelecer –agricultura, pecuária, entre outros- a partir desse estabelecimento surgiram as aldeias com hierarquia estabelecida, divisões de serviço e indústria. O comércio era feito através de escambo com o excedente da produção. Possuía trabalho coletivo. A cidade é a evolução da aldeia e de sua produção, as pessoas ocupavam as cidade e muros eram criados e, assim, a cidade ia crescendo. As cidades, geralmente, crescem entre rios, pois é a água é o elemento essencial para a subsistência humana – quando o rio alaga, a terra abaixo da região de alagamento é uma terra fértil (propícia para a agricultura). Nessa Época haviam muitas invasões, por roubo de excedentes, expansão territorial e busca por recursos, as cidades surgiram, também para a proteção das pessoas.
Mesopotâmia Principais cidades: Nínive (grande dimensão), Babilônia (grande dimensão), Pasárgada e Persépolis.
Planície aluvial banhada pelo Tigres e pelo Eufrates – Ao longo dos rios haviam várias cidades estados, que lutavam entre si. Os governantes eram aqueles que concentravam os excedentes, administrando a riqueza local, representavam os deuses locais -deuses eram provenientes de fenômenos naturais-, recebiam impostos e administravam riquezas em troca recebiam a segurança - a cidade era murada e havia um fosso ao redor para defesa contra os inimigos. Já havia melhoramento das terras – pântanos em campos, entre outros- e canais de distribuição de água nelas e também irrigação. A cidade era dividida em propriedades individuais.
Na arquitetura: construções mais simples eram feitas de ADOBE- barro prensado com madeira e seco ao sol, os templos de pedras, encontra-se arcos e abóbodas, haviam imagens decorativas com temas místicos. A impermeabilização era feita com betume. Surgiram os zigurates- estruturas de escala monumentais que lembram uma pirâmide quadrada. A estrutura dominante é o palácio do rei -casas e palácios nivelados sob o campo-, cidades estruturadas com regularidade geométrica, áreas segregadas entre templos, palácio e casa de habitantes comuns – hierarquia. Já havia a roda, tração animal, ruas e o movimento artístico: esculturas.
Egito Principais cidades: Mênfis e Tebas.
A civilização egípcia se desenvolveu ao longo do rio Nilo. Um soberano no poder conquistou as aldeias e absorveu seus poderes divinos (de acordo com documentos encontrados nas tumbas) tendo-os como representação de deus na terra – que eram responsáveis pelos fenômenos de subsistência da população, como as enchentes do Nilo. Esse governador é o faraó que tem o domínio da terra, recebe e administra o excedente. Toda força de trabalho era vinculada para garantir o templo mortuário do faraó que levava consigo riquezas, esposas, criados, animais de estimação, entre outros. O Egito cresceu e se desenvolveu, cresceu em número de pessoas e em economia, havia a cidade divina e a cidade dos vivos, mas com o hábito de acumular recursos para a pós vida, a economia entrou em crise e a economia se reorganizou, com isso as cidades tenderam a se fundir em uma cidade única- o médio império teve uma economia mais forte.
Na arquitetura: Os monumentos não eram o centro das cidades, eram realçados –contraste entre realidades- havia a cidade divina e a eterna, construções megalíticas -monumentos de pedras-, tumbas e templos, haviam prismas, pirâmides, obeliscos, ou estátuas. Pirâmides eram para os faráos e as mastabas para os cidadãos comuns. A cidade dos vivos é construída de tijolos- mesmo os palácios-.
Pérsia - Principal cidade: Persépolis.
Houve entre o século VI ao IV uma unificação, no Oriente Médio, pelo império persa- administração unificada-, gerando plena circulação de ideias, homens e mercadoria. Há uma miscelânea de modelos arquitetônicos nas residências reais persas.
Grécia Principais cidades: Atenas e Esparta
Terreno acidentado, divisão de várias cidades estado -cidades feitas com guerra-, muitas cidades não têm condições agrícolas, não havendo muita agricultura, a economia era baseada no comércio marítimo –estabelecem primeiros portos-, trocas com Roma e polis gregas. Quem possuía terra era quem controlava e administrava as cidades, economia monetária. Havia a cidade alta – acrópole- com templos e deuses; e a cidade baixa -astu- , a cidade funciona como um todo. Os pritaneus são os dignos da cidade que se reúnem para o Bulé- conselho- ; a assembleia dos cidadãos é na ágora, havia controle de população, tem um conhecimento do que é cidadão – exceto escravos e mulheres- Polis são as cidades estado, surgimento do patriotismo, Atenas era a polis da democracia e Esparta a polis do exército, havia um sistema patriarcal na estrutura da sociedade nas cidades, havia uma divisão bem estruturada de funções –militar, político/administrativa, econômico/social- quem poderia participar da sociedade eram os cidadãos- estrutura de democracia- ,surgimento de equipamentos públicos, preferência por cidade menores -para poderem administrar-, cidades com eixos axiais, questão cultural na construção das cidades. A arquitetura se relacionava com a natureza de forma harmônica (estruturação de acordo com o entorno sem alterar o entorno), havia um limite de crescimento, no templo da acrópole havia simetria do espaço, rampa central, simplificação do método construtivo (pedras e colunas), o espaço era pensado em seu uso (circulação interna, havia sacrifícios- pessoas e animais-). No projeto da cidade haviam muros e, por eles, arcos – que era a simplificação da passagem- pessoas mais comuns passavam pelos arcos ao sair das àgoras, já havia um conceito de bairros, projeto da cidade com formas orgânicas.
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