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ANÁLISE CRÍTICA DA ENTREVISTA DE JAIME LERNER – ACUPUNTURA URBANA

Por:   •  20/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  552 Visualizações

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                                              ISLAINE VIANA PEREIRA

AED 3: ANÁLISE CRÍTICA DA ENTREVISTA DE JAIME LERNER – ACUPUNTURA URBANA

                                     

Goiânia.

Abril de 2018

SUMÁRIO

  1. Análise crítica da entrevista de Jaime Lerner ao programa Café Filosófico – Acupuntura Urbana...........................................................................................................3
  2. Bibliografia..........................................................................................................................5


  1. Análise crítica da entrevista de Jaime Lerner ao programa Café Filosófico – Acupuntura Urbana

Jaime Lerner é arquiteto e urbanista graduado na Universidade Federal do Paraná. Foi um dos criadores e estruturadores do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) em 1965. Além disso, participou da preparação do Plano Diretor de Curitiba que resultou numa transformação física, econômica e cultural da cidade e foi prefeito de Curitiba em três mandatos. 

Recentemente foi eleito pela revista norte-americana de planejamento urbano (Planetizen), o segundo urbanista mais influente de todos os tempos, atrás apenas de Jane Jacobs.

Na entrevista cedida ao programa Café Filosófico (Café Filosófico é uma parceria entre o Instituto CPFL e a TV Cultura, cujo objetivo é compartilhar as ideias de grandes pensadoras e pensadores contemporâneos), o arquiteto aborda alguns fatores que influenciam a vida na cidade e fala sobre os pontos de acupuntura na cidade, tratados em seu livro: 'Acupuntura urbana', onde ele mostra que o planejamento é um projeto, que por melhor que seja não consegue gerar transformações imediatas.

Na entrevista, Jaime Lerner fala do modo como o planejamento urbano priorizava a saúde, a educação, as pessoas. Segundo ele, hoje não funciona mais assim. O planejamento atual prioriza o automóvel.

O arquiteto compara a cidade a um casco de tartaruga: “Se fragmentássemos o casco e dividíssemos o serviço a moradia, o lazer, cada um em um fragmento, a cidade não funcionaria de maneira satisfatória”.

Isso se deve ao fato de que essa divisão, que setoriza os serviços, aumenta as distancias e isso nos leva a usar e priorizar os automóveis. Além disso, ainda perdemos muito tempo, por exemplo, para chegar ao trabalho. Tempo esse que poderia ser aproveitado para praticar outras atividades, como ficar com a família ou alguma atividade de lazer.

Segundo ele o uso do automóvel não deve e não vai acabar, mas seu uso deve ser racional, limitado ao necessário. Para isso deve-se dar as condições necessárias para que as pessoas mudem de hábitos e abandonem a cultura do carro.

Umas das principais condições, seria a criação de micro áreas que comportem a moradia e o trabalho lado a lado. É necessário que haja essa aproximação para a cidade funcionar melhor e trazer mais qualidade de vida para as pessoas. Assim, não haveria necessidade de se usar tanto o automóvel e o tempo utilizado para tal trajeto poderia ser utilizado de outra maneira.

Ele fala também da grande importância de um transporte coletivo de qualidade, que atenda às necessidades da população. Um transporte com mais linhas em áreas mais densas, com corredores que ajudem a agilizar a viagem e com segurança. Isso incentivaria as pessoas a deixarem o carro em casa.

Outro aspecto tratado pelo arquiteto na entrevista são os pontos de acupuntura da cidade. Seriam pontos onde se implantam soluções para melhoria da cidade, mostrando para todos os resultados dessas mudanças.

Segundo ele a cidade deve dar condição e orientação para a melhoria, e assim a população contribuirá e cooperará: “Temos que mudar paradigmas. Baratear o custo das moradias é o primeiro deles. Além disso, aproximar e integrar, em locais, a moradia, os trabalhos e o lazer, são medidas que tornam a cidade atraente e mais segura”.

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