ARQUITETURA ECLÉTICA NO VALE DO TAQUARI: (RE)DESCOBRIR O PATRIMÔNIO

HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II – 2020 A

COMPLEMENTO INDIVIDUAL DO ESTUDO INDEPENDENTE 1

ARQUITETURA ECLÉTICA NO VALE DO TAQUARI: (RE)DESCOBRIR O PATRIMÔNIO

Introdução

A arquitetura neoclássica, neogótica, eclética, além dos movimentos de renovação formam um conjunto de expressões e manifestações artísticas, nas artes e na arquitetura, que tomaram a Europa no final do século XIX. Os fortes ventos que sopravam do continente europeu disseminaram os novos ideais no mundo ocidental. É possível encontrar exemplos dessa arquitetura no Brasil, em especial, e no Rio Grande do Sul, em particular, devido a presença de arquitetos e engenheiros que participaram de missões especiais ou que migraram, por alguma razão ou um conjunto de motivos. Mesmo havendo indícios de que essa arquitetura foi bastante difundida no nosso estado, há carência de levantamentos e publicações respeito a essas manifestações no Vale do Taquari.

Exercício

A proposta é construir um repositório de edificações que apresentam algumas das características associadas aos movimentos arquitetônicos do final do século XIX, em especial aquelas classificadas como Arquitetura Eclética. O propósito do levantamento é traçar um panorama da diversidade arquitetônica dos municípios do Vale do Taquari. Com ênfase na arquitetura da imigração, será explorado o seguinte tema:

1. Arquitetura eclética no Vale do Taquari: (re)descobrir o patrimônio. Nas cidades de colonização alemã, italiana ou açoriana, efetuar o levantamento de edificações que exibam assimilação dos padrões arquitetônicos associados ao ecletismo.

Metodologia

Atividade desenvolvida individualmente, abordando a arquitetura do século XIX, a partir da análise de uma obra de livre escolha, localizada no município de origem do estudante. O levantamento da obra deve incluir: registros históricos, função, elementos compositivos, linguagem/estilo e sistema construtivo (estrutura, vedação, cobertura, escada, piso e forro, portas e janelas e pintura), documentos a partir de fotografias atuais e de época, croquis e esquemas gráficos, etc.

Forma de apresentação e prazo

O trabalho será apresentado em um seminário e postado no Ambiente Virtual no dia 18/03/2020.

Critérios de avaliação

• Autonomia e empenho na pesquisa bibliográfica e iconográfica;
• Clareza, correção e pertinência dos textos e da análise formal da obra;
• Capacidade de síntese.

ESTUDO INDEPENDENTE 2

ARQUITETURA ECLÉTICA NO VALE DO TAQUARI: (RE)DESCOBRIR O PATRIMÔNIO

FICHA DE DESCRIÇÃO TÉCNICA
Denominação: Villa Emília / Villa Kerbes
Cidade: Arroio do meio	Endereço: R. Visconde do Rio Branco, 560 - Centro
Propriedade:    Privada ( X )    Pública (    )	Época ou ano de construção: 1925
Tipo de uso inicial: Residência	Tipo de uso atual: Uso comercial
Projeto: (autor) Coronel Adolfo Zimmermann
Tipologia: edifício de esquina ( X )    edifício de meio de quadra (    )    edifício isolado (    )
Nº pavimentos: 3	Possui porão: sim	Possui corpos anexados: não
Possui sótão: -	Cobertura: Sim

[pic 2][pic 3]

Registro de imagens (fotográfico atual, imagens de época, croquis, etc.)     Reuniões da comissão pró-emancipação                                 Família Zimmermann                                                                                                [pic 4][pic 5] [pic 6] [pic 7]

Breve descrição do edifício (registros históricos, função, elementos compositivos, linguagem/estilo, etc.): Essa casa foi construída pelo Coronel Adolfo Zimmermann, em 1925, era chamada de Villa Emília. Esse era o nome de sua esposa, e em homenagem a ela, pôs o nome na fachada da Residência. No início do século 1930, o local sediou reuniões da comissão pró-emancipação de Arroio do Meio, sendo sua sacada utilizada como palanque para os comícios da dita comissão. Em 1941, a residência então pertencente aos herdeiros Zimmermann sediou o primeiro posto de Higiene (de saúde) do município. Nos anos 70, na parte do térreo, funcionou o bar e restaurante Kastelão. Foi até o começo dos anos 2000. Na década de 1980, funcionou a drogaria Vega. Atualmente, o prédio pertence à família Kerbes, sendo dominado, Villa Kerbes, onde se encontra no segundo pavimento, a Multiclínica Kerbes. No térreo, encontramos uma agência de turismo, um escritório de Engenharia, uma barbearia e um escritório. Com o passar dos anos, a estrutura de estilo eclético se manteve, fazendo com que o edifício chame muita atenção pela cidade.

Características construtivas (sistema construtivo: estrutura; vedação: fachadas, portas, janelas, cobertura); divisões internas (paredes, acabamento, pisos e forros e escadas). As fachadas da residência, são caracterizadas pela sua simetria, busca da grandiosidade e riqueza decorativa, bastante ornamentadas. A sua estrutura de concreto, concede um ritmo entre as janelas simétricas, compostas por oramentos com flores e colunas. A edificação tem como uma base, um corpo e o coroamento. Simetria, composição, proporção e diretrizes existem na residência.  Mas a maior caracterização da obra é a expressividade, luxo e exuberância. Depois que o Dr. Sérgio comprou a residência, ela passou por reformas internas. O piso passou a ser de laje, revestida por porcelanato esmaltado. As janelas mantiveram-se. Na fachada, as portas de madeira foram trocadas por portas de correr de vidro. Como na época não conheciam o concreto armado, ainda se encontra algumas paredes no térreo com uma espessura de 90 cm e as laterais de 60 cm. O terceiro pavimento, na época havia uma sala de jogos, hoje está desocupada.  Na lateral da residência, foi realizado salas comerciais, onde na época, era o porão. As divisões internas hoje, são separadas por alvenarias, onde se encontra cada consultório.