Arquitetura pós guerra
Por: Barbara Iglesias • 27/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.149 Palavras (5 Páginas) • 680 Visualizações
A Casa do pós guerra. Reconstruir, como foi?
No termino da primeira guerra na Europa se agrava a crise política interna e econômica. Passados alguns anos, se retoma o crescimento, o movimento mundial pós guerra, surgindo a construção de abrigos temporários para a demanda de sem teto. A indústria se desestrutura, gerando paralisação, sem mão de obra qualificada e escassez de material de construção. Em 1925, o aumento de casamentos gera o superávit populacional e a necessidade de habitações com ênfase para a industrialização da habitação proletária em todos os países europeus, possibilitando maior controle da expansão urbana. Frente aos problemas, o Estado, no controle da produção imobiliária pública, se estruturou para a implantação de política habitacional baseada em desapropriações de terrenos com a utilidade pública e o estabelecimento de mecanismos de financiamentos, através de recursos incrementados por impostos, conforme o Estado do Bem Estar Social.
Para começar o processo de reestruturação nas habitações foi criada a Comissão Estética para cuidar da qualidade do Plano Urbano. O Código de Obras define as condições de habitabilidade, reduzindo os parâmetros, a partir de componentes ergométricos para a Habitação Mínima. A derrota da Alemanha na 1ª Guerra Mundial instalou a República de Weimar, social democrata e a crise política interna econômica. O controle da expansão urbana exige estratégias formuladas, em seu Plano Urbano baseado na descentralização urbana a partir de incentivos à criação de cidades pequenas, incorporando a industrialização padronizada nas construções de interesse social direcionadas aos sindicatos operários . Cidades satélites- jardins, predominantes na Alemanha e Holanda, cercadas por cinturões verdes, influenciam na construção destes conjuntos populares ligados por eixos viários Com isso uma nova arquitetura surge com a finalidade, e com poder e forma técnica, racional e funcional ao modo de vida de um tempo novo após o final da guerra que levantou à construção exigências de uma maior higiene, iluminação, saúde, ventilação, conforto, onde o interesse de todos se sobrepõe ao individual, conjuntos habitacionais separado dos centros urbanos. A habitação coletiva, construídas não só na Alemanha como também no restante da Europa, foi resultado, entre outros, das deficiências habitacionais encontradas desde o período que sucedeu a I Guerra Mundial. Estas iniciativas deram espaço para a implementação de uma mudança dos padrões anteriormente estabelecidos, onde o quarteirão fechado prevalecia e se assentava, apresentando uma liberdade e independência do edifício em relação à via, e, assim, gerando espaços com mais áreas verdes para a cidade. Foi representada de diversas formas pela Europa inteira mas mantendo suas finalidades:
Paris - Barcelona- [pic 1][pic 2]
Amsterdã e Viena - Berlim - [pic 3][pic 4]
França (ideia de novas cidades por Le Corbusier , edifício sobre “pilotis” ) :
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[pic 6]Linhas de pensamento:
- racionalismo formal – Le Corbusier, França
- racionalismo metodológico didáctico – Walter Gropius, Alemanha (Bauhaus)
- racionalismo ideológico – Construtivismo Russo
- racionalismo formalista – Neoplasticismo Holandês
- racionalismo empírico – Alvar Aalto, países escandinavos
No princípio de que cada elemento arquitetônico de uma construção deverá assumir a sua função; Na geometrização na composição do espaço da construção, na concepção retangular da planta e das fachadas, com amplas janelas e coberturas planas na decoração e sobriedade das formas. A preocupação em construir para resolver os problemas da habitação nas cidades e na integração de outras funções e atividades complementares nos edifícios habitacionais. O objetivo é encontrar normas padronizadas para desenhar e projetar habitações económicas, acessíveis à maioria das pessoas, mas onde a vida pudesse ser de acordo com os altos padrões de conforto, higiene, salubridade e funcionalidade.
[pic 7]
A partir da regulamentação de normas mínimas para habitação, tendência da política européia, desde a forte intervenção ocasionada pela destruição da 2ª Guerra Mundial, planos urbanísticos são elaborados, com a participação da comunidade organizada, na criação de pólos de desenvolvimento regionais.
Após a Segunda Guerra Mundial,a formulação de uma política habitacional eficaz tinha de levar em conta uma série de limitações como a falta de materiais, um grande déficit de moradias, dificuldades econômicas e a escassez de mão-de-obra especializada.
Enquanto a ausência de materiais e de capital conduz a iniciativas de restauração e reutilização de prédios destruídos nos bombardeamentos, a ausência de mão-de-obra especializada tem um efeito positivo: a mecanização da construção, com um maior controle do trabalho em usinas e a montagem simplificada no canteiro.
[pic 8]
[pic 9]
Após a II Guerra Mundial, originados de um programa de reconstrução do governo francês. A primeira unidade implantada, e a mais famosa delas, foi a da Cidade de Marselha, elaborado entre 1947 e 1953. O projeto também ficou conhecido pelo termo Cité radieuse (cidade radiosa), visto que procurava recuperar em um edifício monumental a dinâmica da vida urbana. Por sua fama foi construído em vários lugares do mundo. [pic 10]
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