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Artigo NR32

Por:   •  28/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.331 Palavras (10 Páginas)  •  1.003 Visualizações

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Aplicação da NR 32 no Trabalho do Técnico de Enfermagem – Estudo de Caso: Hospital Universitário UFJF

Carolina Luiza Ferreira de Souza (carolina_bytebit@hotmail.com);

Naiara dos Santos Dias (naiara.dias2@hotmail.com);

Poliana Araújo Guimarães (polly_zhr@hotmail.com)

RESUMO

Introdução: uma das classes mais comprometidas quanto ao aspecto de adoecimento e afastamento do trabalho por motivos de saúde é a do Técnico de Enfermagem. Objetivo: neste artigo propõe-se conhecer o quanto as condições de trabalho dos técnicos de enfermagem do Hospital Universitário da UFJF situado no município de Juiz de Fora está em consonância com a Norma Regulamentadora (NR) 32 da ABNT. Metodologia: o trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa, na qual coletou-se dados quantitativos e qualitativos in loco e confrontou-se essas informações com as da NR 32, dentro dos seguintes itens dessa norma: ambiente, equipamentos e organização do trabalho. Resultados/Discussão: inicialmente escolheu-se a enfermaria feminina do HU / UFJF por apresentar o serviço de internação mais antigo da rede universitária. Foram realizadas cinco visitas à enfermaria sob estudo, a fim de se observar e avaliar as condições de trabalho e, a partir disso, criar um quadro comparativo entre as condições locais e a orientação da NR 32. Observou-se, significativas avarias no mobiliário e nos equipamentos utilizados por esses colaboradores. Dessa forma percebe-se que muitas divergências reduzem o desempenho desses profissionais e, consequentemente, a qualidade do serviço prestado à comunidade. Conclusão: portanto, os resultados não foram satisfatórios, pois o hospital não possui recursos financeiros para implantação de EPIs (Equipamento de proteção individual), reformas dos mobiliários e equipamentos de uso da equipe de enfermagem, tão necessários conforme a norma regulamentadora propõe.

Palavras-chave: Norma Regulamentadora. Técnicos de enfermagem. Enfermaria Feminina.

  1. INTRODUÇÃO

As condições de trabalho nas instituições públicas, vêm se desatacando por se apresentarem desfavoráveis à saúde dos profissionais. E nas instituições de saúde a situação não é diferente, principalmente nos hospitais públicos. Essa crise nas organizações hospitalares está associada à conjuntura econômica do país e ao descaso dos gestores públicos em relação aos cuidados com a saúde desses trabalhadores. A saúde do trabalhador reflete no seu trabalho cotidiano, repercutindo no seu lazer, na sua vida social e familiar.

Destacam-se os técnicos da enfermagem tão expostos a vários riscos, entre eles os causados por agentes biológicos, químicos, físicos, ergonômicos, entre outros, conforme preconizado pela Norma Regulamentadora (NR) 32. Muitos desses riscos são deixados de lado, gerando indiferença por parte dos gestores quanto às repercussões negativas desses agentes na vida desses trabalhadores. Esses riscos que os trabalhadores se expõem, já eram preocupações em meados do século XVII.  Diariamente esses trabalhadores de saúde se sobrecarregam com vários plantões em mais de um hospital, utilizam instrumentos inseguros sem treinamento e proteção e em muitos casos não utilizam os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) básicos para a realização de procedimentos técnicos.

 Segundo Nishide (2004):

(...) os profissionais devem ser orientados, receber treinamentos, com a finalidade de prevenir eventuais acidentes, tais com uso de EPI, descarte adequado dos perfuro cortantes, imunização dos profissionais, preparo técnico da equipe, entre outras medidas que possam dificultar a disposição biológica por parte do profissional.

  1. APLICAÇÕES NORMA REGULAMENTADORA (NR) 32

A Norma Regulamentadora (NR) 32 é uma legislação que existe diretamente para os profissionais de saúde, particularmente para os profissionais da enfermagem. Criada para garantir a oferta de todas as condições de segurança, proteção e preservação da saúde dos profissionais. A NR-32 abrange as situações de exposição a riscos para a saúde do profissional, a saber: dos riscos biológicos; dos riscos químicos e da radiação ionizante. São considerados riscos aos profissionais da enfermagem, alta exposição a agentes biológicos, como: microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os parasitas  e as toxinas. E riscos relacionados com os objetos pérfuro-cortantes, que são uns dos acidentes de maior gravidade, devido ao fato da transmissão direta de doenças infecciosas e letais. Entre 60% e 80% das exposições ocorrem durante a realização do procedimento e podem ser evitadas com as práticas de Precauções Padrão e com o uso sistemático de dispositivos de segurança.

  1. REFEITÓRIOS

         Refeitórios e cozinhas são partes integrantes e fundamentais de qualquer empresa, onde ocorre um momento de prazer para o colaborador, por se tratar de um ambiente de refeições, descanso, confraternização e principalmente por cumprir necessidades básicas do ser humano, a necessidade de se alimentar e se satisfazer.

        Por isso deve ser um ambiente periodicamente monitorado para atender a essas necessidades dos colaboradores. Não obstante, algumas instituições tornam-se indiferentes a esse ambiente e não monitoram o espaço, as atividades realizadas e o quantitativo de colaboradores que utilizam desse espaço para suas necessidades alimentícias.

  1. RISCOS QUÍMICOS

  Os produtos químicos são largamente utilizados em hospitais com diversas finalidades, como agentes de limpezas, desinfecção e esterilização. São empregados também como soluções medicamentosas e podem ser utilizados como produtos de manutenção  de equipamentos e instalações, oferecendo   riscos a saúde do profissional.

       O risco químico é caracterizado pelo perigo diante da exposição ao manipular produtos químicos. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

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