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As Inovações e Deficiências Técnicas

Por:   •  17/4/2023  •  Resenha  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  62 Visualizações

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Embora o tamanho da cidade típica de antigamente fosse modesto e seu ámbito em grande parte confinado à região circunvizinha, as dimensões da cidadela e suas principais edificações podiam chegar à beira do colossal: não havia sacrificio demadado grande para exaltar seu prestigio e seu poder ou para asegurar a sua permanència. Por estranho que pareça, contudo, algumas das cidades mais antigas mostram caracteristicas fisicas, nos bairros residen ciais, que vieram a se perder no posterior desenvolvimento da cidade, embora os governantes ainda as piadessem conservar. O plano regular de ruas, as casas enfileiracias, os quartos de banhoe latrinas interiores, as manilhas de cerámica, os canais de drenagem revestidos de tijolos nas ruas, as sarjetas para conduzir as águas de chuva- todas essas coisas o escavador as encontra nas ruinas de Mohenjo-Dato e volta a encontrar, com variações menores, na espraiada Ur ou na pequena Lagash

A rua larga aparecera antes da invenção dos veiculos de roda, pois, a principio deve ter sido traçada para as procissões sagradas ou para os soldados em marcha. A freqüente orientação das principais avenidas para os pontos cardeais talvez indique o crescente predominio dus deuses do céu; esse tra çado muitas vezes furtava-se is considerações mais práticas, tais como a de moderar o calor ou de conter os ventos predominantes Contudo, muitos desses melhoramentos perderam-se de vista no posterior desenvolvimento das cidades, e ainda se achavam ausentes até recentemente, em muitas grandes c dades "progressistas" do mundo ocidental refiro-me particularmente a quartos de banho, latrinas interiores e manilhas de cerámica ao começo do século XIX. Vale o mesmo para a doutrina do progreso material continuo Nas cidades mais antigas, como mostram as excavações de Ur, a rua, como um meio aberto e articulado de circulação, era excepcional: a viela estreita e tortuosa, bem protegida por sombras contra o torrido sol, era o canal comum do tráfego, mais bem adaptado so clima do que uma artéria de largas dimensões. O que os estudiosos da Sumeria is vezes traduzem como "bulevar" não deve ser confundido com o bulevar que veio a surgir no século XVII, de um "bulwark" destruído (obra de terra, baluarte); era antes, uma Rua Larga, suficientemente larga para as multidões, onde era possível dar-se passeio ao anoitecer, ver a plantas, ouvir música, ou encontrar-se para os mexericos, como revela um A falta de uma iluminação artificial adequada continuou sendo uma das grandes imperfeições técnicas da cidade até o século XIX. Contudo, por volta de 2000 a.C., pelo menos a maior parte dos principais órgãos fisicos da cidade havia sido criada, O observador do século XIX provavelmente ter-se-la sentido pouco à vontade em meio is confusas concepções mitológicas, is ousadas obscenidades sexuais, ou en sangrentos rituais de sacrificio das religiões urba nas dominantes; mas dificilmente qualquer parte da cidade física ter-the-a sido não familiar. Aqueles dentre nós que são suficientemente conscientes da irracionalidade coletiva e da decadència da era atual sentir-se-lam igualmente à vontade-ou melhor, igualmente pouco à vontade - em ambos os territórios. O aspecto geral daquelas antigas cidades mesopotámicas deve ter sido, como matrou Leonard Wesley, muito semelhante ao de uma cidade murada do norte da África hoje em dia: a mesma rede de estreitas ruas, ou antes, vielas, de talvez não mais que 2,40 metros de largura, com as mesmas casas de um, dois e três pavimentos, os mesmos telhados utilizáveis, os mesmos pátios interiores e, finalmente, a ingreme piràmide do zigurate dominando-a por completo, como as torres da mesquita hoje dominam a cidade muçulmana, Além do recinto murado mas espaçoso do templo, espalha-se uma série de distritos mais ou menos coerentes, nos quais pequenos oratórios e templos servem para as famílias. Cada cidadão da antiga Mesopotamia, ao que poderia parecer, pertencia a um templo particular e seu deus, e efetivamente traba lhava para ele: a base da "cidadania" achava-se nessa particular filiação reli- giosa. Mostra Frankfort que uma comunidade de templo - em forma visível, uma "unidade de vizinhança", compreendia sacerdotes, funcionários, jardi- neiros, artifices, cortadores de pedra, mercadores e até mesmo escravos todo o povo do deus. Por longo tempo, os moradores eram súditos ou servos presos ao seu senhor religioso e não cidadãos: recebiam ordens, mas, provavel- mente, não se atrevíam a dá-las, mesmo pela maneira segundo a qual um conselho de aldeia as poderia dar a seus próprios membros. A "Descrição da Cidade de Assur", que data de mais ou menos 700 a.C., quando Assur já não era uma cidade real, registra trinta e quatro templos e capelas. Cada caracte rística da antiga cidade revelava a crença em que o homem não era criado para outro propósito senão o de engrandecer e servir a seus deuses, Essa era a razão última da existência da cidade.

Embora a comparação de Woolley, entre cidades antigas e modernas do Oriente Próximo, provavelmente seja correta, toma ela a cidade antiga numa fase já tardia, quando, como ocorreu com as

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