As Principais enfoques teóricos sobre redes urbanas
Por: Andressa Denardi • 6/9/2018 • Resenha • 531 Palavras (3 Páginas) • 303 Visualizações
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL | ARQUITETURA E URBANISMO | URBANO III | 2017/04
PROFESSORA: SANDRA MARIA FAVARO BARELLA
ALUNA: ANDRESSA ANGELA DENARDI
SÍNTESE DO CAPÍTULO: PRINCIPAIS ENFOQUES TEÓRICOS SOBRE REDES URBANAS
As redes urbanas podem ser analisadas de diversas formas, podendo dividir-se em estudos sobre as funções urbanas, dimensões básicas dos sistemas urbanos, relações tamanho/desenvolvimento, hierarquia urbana e relações cidade/região. O texto cita que em 1921, foi feito um estudo sobre as funções urbanas, e a partir deste estudo classifica as cidades em oito tipos, baseado na atividade dominante de cada cidade. Em 1971, outro estudo feito sobre os centros urbanos de Santa Catarina, com base na economia e relações funcionais, e com esta análise, foi adotado o conceito de atividades básicas e não-básicas, que são as necessidades que devem ser supridas dentro dos centros urbanos. Por meio destes conceitos, é definida a necessidade mínima de mão-de-obra em cada atividade das cidades e o que passaria desta necessidade mínima seria considerado mão-de-obra de exportação. Com esta classificação, tem-se as dimensões básicas dos sistemas urbanos, isto é, a classificação das cidades em determinado número e hierarquia.
Sobre as relações entre o tamanho e o desenvolvimento das redes urbanas, tem pesquisadores que consideram o sistema como uma expressão territorial da divisão do trabalho, e a partir disso fazem uma análise da variação do sistema urbano. A análise é voltada para áreas da estrutura socioeconômica, ritmos de crescimento e formas de concentração urbana. Com este estudo surge a primazia urbana, que é um crescimento desordenado e acelerado da cidade, provocado pelo desenvolvimento do país em um curto espaço de tempo e que normalmente está associado ao subdesenvolvimento.
A hierarquia urbana é estabelecida como uma relação hierárquica entre as cidades, que é feita a partir de diversas características, como função, tamanho, distância, e por meio destas características pode-se classificar as cidades como metrópole, centro sub-regionais, centros de zona e centros locais. Esta hierarquia surge por consequência das demandas das cidades, que é expressa pela população ou renda. Com isso a hierarquia das cidades, leva em conta a relação entre a distância que o custo do transporte permite e o mercado mínimo necessário para a implantação de um empreendimento, e por consequência atrairão atividades de maior hierarquia, e logo contribuem para a dimensão das cidades e a hierarquia que cada uma recebe. Assim, as relações entre cidade e região, indicam uma atração da população rural pela cidade, e com isso tem uma drenagem urbana da renda fundiária, comercialização do produto rural, investimentos e criação de trabalho pela cidade e a distribuição de bens e serviços.
As redes urbanas estão mudando em função da globalização da economia e da melhoria da infraestrutura. O esquema hierárquico tradicional, onde as cidades pequenas dependiam das cidades medias, e estas, dependiam dos centros regionais e assim consequentemente, uma cidade dependendo da outra, está caindo em desuso e sendo substituída por uma nova hierarquia urbana. Nesta nova hierarquia, as cidades pequenas deixam de depender das maiores, ou seja, as cidades de pequeno porte têm uma relação comercial direta com os centros regionais, exportando seus produtos, e até mesmo tendo relações comerciais externas a sua região, e assim as cidades estão ficando cada vez mais interdependentes.
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