CASA FARNSWORTH

CASA FARNSWORTH

Casa núcleo / casa de vidro

Localização: Plano, Illinois, EUA

Arquiteto: Ludwig Mies van der Rohe

Tipo de edifício: Casa. Retiro de fim-de-semana

Materiais: Aço e vidro

Estilo: Moderno

Data: 1945 a 1951

Área: 140 m2

“Menos é mais” Mies Van Der Rohe

1 ENTORNO

Localizada em um prado entre árvores altas as margens do rio Fox, na cidade de Plano, estado de Illinois , próxima de Chicago, nos Estados Unidos, foi construída como um refúgio de final de semana para a Dra. Física Edith Farnsworth projetada pelo arquiteto Mies van der Rohe. Afastada de residências, tem fácil acesso através da Fox River Dr. Entorno demarcado pela exuberância da vegetação ali existente. Caso fosse implantada em outros locais ou em ângulos diferentes não causaria o mesmo impacto.

2 CONCEITO

O conceito de “Less is more” foi aplicado nesta casa através de formas puras. A quantidade mínima de linhas e planos trouxe uma presença extremamente notável. Essa construção limpa e sem excessos, marcada por planos, níveis e cores neutras é denominada minimalista.

Com um volume único, Mies propôs perceber melhor a beleza pura dos volumes, ou seja, em sua concepção a arquitetura precisa ser limpa e trabalhada.

Visando atender as necessidades de uma cliente solteira que gostava de ler e tocar violino, renunciou a privacidade com o objetivo de religar casa, indivíduo e natureza. Nessa residência, público e privado quase não se distinguem, uma vez que o exterior pode ser observado praticamente de qualquer ângulo. Dentro ou fora da casa.

Apesar da lareira, é possível observar apenas uma casa e não um lar, conforme salientado em aula. Ou quem sabe, até mesmo, um simples abrigo perante as intempéries. Mesmo com sua exuberante magnitude, tem aparência fria e pouco receptiva ao convívio.

3 COMPOSIÇÃO

Sendo a transparência, a fluidez dos espaços e a integração com a natureza as principais características desse projeto, seu desenho apresenta linhas mínimas, uma linguagem de planos sobrepostos, diferentes níveis e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. É composta basicamente por 3 planos horizontais, e os perfis de aço, vidro e piso de mármore travertino marcam os conceitos da arquitetura racionalista. Observa-se grande preocupação com o uso de materiais modernos.

Através de uma estrutura metálica, duas lajes de concreto armado são suportadas por oito pilares de aço em I e descarregam seus pesos em pesadas fundações de concreto. Todo o piso está suspenso do chão, aumentando a transparência criada pela luz que inunda por todos os lados através das paredes de vidro. Trazendo leveza a obra e permitindo que a natureza e a luz a envolvam. A cobertura é uma placa paralela igual à do piso, levemente inclinada do centro para as extremidades fazendo com que a água das chuvas escorra para as laterais.

Com uma área aproximada de 207 m² (23 x 9). Foi construída 1,60m acima do nível do rio numa tentativa de ficar a cima do nível da água em caso de cheias, nos remetendo a casa africana sobre palafitas. Na implantação da residência todos os materiais utilizados estão interligados obedecendo a uma rígida retícula modular. O tamanho da placa de travertino determina as proporções da planta. A cada oito placas foi inserido um pilar. Seis metros é a distância entre os pilares que suportam o peso do piso e da cobertura. As paredes de vidro foram inseridas sobre a linha de rejunte entre as placas.

Essa residência também recebeu influencias gregas quando relacionamos proporções e colunas. A plataforma elevada enaltece quem é colocado sobre ela. Na Grécia eram os Deuses, nesse caso o próprio residente.

A primeira plataforma é acessada a partir de uma escada com cinco degraus que saí do chão e funciona como uma transição entre a casa e a natureza. Não possui guarda corpo e está separada do chão por quatro colunas de aço. Essa plataforma nos dá acesso ao terraço da casa mediado por outra escada alinhada com a primeira.

A casa Farnsworth tem a forma pura de um retângulo, com planta livre e um pé direito de 2,85m de altura. Sua forma exterior não identifica sua função. Ao entrar no interior da residência, através do acesso único, é possível observar um núcleo central de madeira que nada mais é do que “divisões” internas. Esses espaços