Capitulo 1 - Beaba da Acústica
Por: Thays Oliveira • 31/7/2017 • Resenha • 605 Palavras (3 Páginas) • 299 Visualizações
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Bê-á-Bá da acústica arquitetônica – SOUZA, L et al.
- Parte 1: Introdução à acústica arquitetônica: Paginas: 15 a 44
A acústica mostra seu valor desde a antiguidade com os projetos de tetros realizados por gregos e romanos. Essas construções eram geralmente realizadas em sítios inclinados para aproveitamento da topografia. O espaço costumava ser constituído de: cávea (espaço circular destinado aos expectadores), orquestra ( espaço em forma circular destinado à peças e tragédias)e palco (localizado entre a orquestra e uma construção na parte posterior e servia para apoio dos atores). Com eles, aprendeu-se a eficiência da distribuição da plateia em formas semicirculares e aproveitamento da topografia, o que possibilitam a melhora na acústica do espaço.
O teatro romano segue o modelo do grego, exceto por possuírem uma estrutura independente, ou seja, não está vinculada a topografia. Dos romanos, observou-se a possibilidade de reforço sonoro por meio do aumento das superfícies verticais da edificação construída atrás do palco e de reflexões laterais.
Com a expansão do Cristianismo, os teatros deixam de se desenvolver e foca-se mais nas igrejas, pois possuem então melhor desempenho acústico. Os romanos construíram maiores edificações, comparado aos gregos, devido a criação dos arcos que possibilitavam vãos maiores sem que fossem necessárias colunas. Construídos com materiais reflexivos (pedra e areia), as igrejas medievais são exemplos de ambientes com grande sobreposição sonora. Em locais com influência bizantina, as cúpulas serviram como exemplo de superfícies que causam ocorrência de uma localização sonora e mais tarde o gótico mostra que com o arco ogival, liberando as paredes do peso da cobertura, o edifício torna-se mais alto, consequentemente aumentando o caminho percorrido pelo som.
O Renascimento, elementos clássicos foram reinseridos, dando espaço mais uma vez ao teatro, porém, desta vez em espaços fechados. Nos teatros fechados, o grande número de superfícies propicia as reflexões sonoras. As reflexões, entretanto, são compensadas pela grande absorção causada pelo público. O desenvolvimento da ópera incentivou o aumento para alocação de músicos e ambientes específicos para a orquestra, isso agrava problemas acústicos. A área reflexiva dos músicos contrasta com a decoração absorvente do palco, o que revela a necessidade de equilíbrio acústico.
Cientificamente, a importância da acústica dos ambientes foi comprovada no século XX, com o estudo de Wallace C Sabine, correlacionando o volume, os materiais e o tempo de reverberação dos ambientes. No final do século XIX a plateia apresentou homogeneidade na percepção sonora, devido a forma retangular que os auditórios passaram a ter. Atualmente, novas formas arquitetônicas são exploradas, porém, alguns fatores não podem ser esquecidos. A preocupação com a acústica deixa de ser só umas questão de condicionamento acústico e passa a ser também umas questão de preservação da qualidade ambiental e controle de ruídos.
Só se pode discutir acústica possuindo conhecimento do fenômeno chamado som. O som tem sua origem na vibração de um objeto, promovendo a vibração de partículas do meio e podendo assim ser captado pelo ouvido humano. Um som, para ser captado pelo ouvido humano, usa o ar para deslocar-se. As alterações realizadas na atmosfera pelas vibrações do ar configuram-se como ondas sonoras. A grandeza da pressão exercida pela atmosfera determina o máximo deslocamento da partícula, esse fenômeno chama-se amplitude. O número de vezes que uma partícula completa um ciclo de compressão em determinado intervalo de tempo é denominado frequência. A maioria das fontes sonoras possuem várias frequências, o que determinam um tom. As frequências mais altas possuem som mais agudo e as frequências mais baixas os sons mais graves.
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