Dissertação Andra Palladio
Por: natitorquato • 5/10/2016 • Abstract • 2.096 Palavras (9 Páginas) • 264 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
NATÁLIA MARCELA TORQUATO
CONTRIBUIÇÃO DE ANDREA PALLADIO PARA A CULTURA RENASCENTISTA
Santana de Parnaíba
2015
NATÁLIA MARCELA TORQUATO
RA: B64173-8
CONTRIBUIÇÃO DE ANDREA PALLADIO PARA A CULTURA RENASCENTISTA
Trabalho para NP1 da Disciplina Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo III
Professora Carmem Procópio
Santana de Parnaíba
2015
Sumário
- Indrodução.............................................................................................................. 03
- Andrea Palladio...................................................................................................... 04
2.1 Villas Palladianas..................................................................................................... 05
2.2 Palazzo Paladdiano................................................................................................... 05
2.2Arquiteturas religiosa................................................................................................. 05
3. Obras de Palladio...................................................................................................... 06
3.1 Villa Cornaro............................................................................................................ 06
3.2 San Giorgio Maggiore.............................................................................................. 09
4. Conclusão.................................................................................................................. 12
5. Bibliografia................................................................................................................ 13
1. Introdução
O Renascimento foi um movimento cultural e artístico entre os séculos XIV e XVII que começou em várias cidades da Itália e marcou a transição da Idade Média para a Idade Moderna. Houve uma mudança de pensamento do homem medieval para o homem moderno graças a sociedade burguesa aos artistas e intelectuais que sentiram a necessidade da mudança do feudalismo para o capitalismo.
Dentre uma das características do Renascimento podemos citar o Classicismo que foi uma redescoberta, um resgate da cultura política, social e artística do período Greco-Romano, um período que era idolatrado na Idade das Trevas, pois neste havia prosperidade em Roma e queriam recriar essa glória passada.
Os artistas italianos começaram a buscar e estudar as obras antigas em Roma mas é muito importante salientar que esses artistas não copiaram e sim estudavam e buscavam a perfeição da proporção que era feita nos tempos antigos.
No Renascimento os artistas eram autônomos, assim a criação de obras começou a se intensificar. Como início podemos ressaltar Cinni di Pepo como introdutor da perspectiva na pintura, mas foi seu discípulo Giotto de Bondone que inovou e apresentou suas obras com fidelidade. Após cem anos nasceu Bruneleschi, foi um estudioso das artes gregas e romanas e descobriu o ponto de fuga.
Uma vertente da cultura renascentista foi o Humanismo, que pregava o valor do ser humano sobre as outras coisas. Na pintura principalmente destaca-se a natureza humana de infinidade de sentimentos e caracterizada fielmente.
No Renascimento a razão foi primordial para os estudiosos, não era mais uma questão divina, o homem começou investigar e se aprofundar nas questões cientificas. Deixou de ser submisso e começou a ser o centro do mundo (antropocentrismo) buscando as respostas para seus anseios. Essa época foi uma retomada da racionalidade após um tempo longo de obscuridade e submissão.
2. Andrea Palladio
Andrea di Pietro della Gondola, Pádua, Itália (1508-1580) foi primeiramente um artesão muito habilidoso, trabalhava em Vicenza. Aos seus trinta anos começou a estudar arquitetura, e em 1541 faz sua primeira viagem à Roma, faz isso várias vezes para estudar as ruínas antigas, foram pelo menos quatro viagens. Em 1554 faz seu primeiro livro “L’Antichità di Roma” fruto dessas viagens. Suas obras foram sobretudo mais concentradas na cidade de Vicenza.
Este arquiteto deixou um legado incontável para a arquitetura, não só pelas centenas de obras realizadas mas também por ter deixado um dos mais prestigiados tratados da arquitetura intitulado “Os quatro livros da arquitetura, de Andrea Palladio” em 1570. Neste livro Palladio ilustra seus próprios trabalhos Villas, Palácios e Templos que dão uma direção aos arquitetos. No primeiro livro trata do preparo, das fundações e dos materiais necessários para o início da edificação, e também descreve as ordens arquitetônicas. Palladio descreve as ordens das colunas como toscana, dórica, jônica, coríntia e compósita. Sobre a ordem Coríntia Palladio descreve em seu livro “A coluna apresenta uma base ática, mas que se distingue da que é utilizada na ordem dórica de colunas, pelo fato de sobressair um quinto do diâmetro da coluna...”. Por esse trecho podemos notar que o arquiteto estudava realmente as colunas fazendo medições nas quais colocou em seu livro. No segundo livro Palladio propõe palácios de vários modelos em plantas e elevações. No terceiro livro apresenta desenhos e organizações de ruas, praças, palácios, basílicas entre outros equipamentos urbanos. Já o quarto livro Palladio apresenta padrões ornamentais que utilizava e inspirações tiradas da Roma Antiga. O tratado oferece auxilio técnico e projetual para profissionais do ramo com um vasto acervo como exemplos de sua própria obra
Palladio trabalhava todas as fachadas da edificação, já seus antepassados não conseguiram essa proeza, possivelmente pela grande dificuldade de construção naquela época. O arquiteto conseguiu colocar características próprias para cada tipo de construção para fazer com que todas as edificações se parecessem com o seu uso.
Summerson, em seu livro “A linguagem clássica da arquitetura” faz uma comparação entre Palladio e outro grande arquiteto Bramante, “...em quase todos os projetos de Palladio, sentimos seu profundo amor pelas ordens e seu orgulho em exibi-las em versões perfeccionistas. Fazia Roma ressurgir em Vicenza com realismo ainda maior do que o de Bramamante ao fazer ressurgir Roma na própria Roma”.
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