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Ergonomia e Arquitetura: Som X Espaço Construído

Por:   •  13/9/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.089 Palavras (9 Páginas)  •  698 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ – FAG

LETICIA EMILIA DE O. SALA

MARIANA FERNANDES

ERGONOMIA NO ESPAÇO CONSTRUÍDO

CASCAVEL

2016

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ - FAG

LETÍCIA EMÍLIA DE O. SALA

MARIANA FERNANDES

ERGONOMIA NO ESPAÇO CONSTRUÍDO: SOM X ESPAÇO CONSTRUÍDO

Trabalho apresentado como requisito parcial de nota da disciplina de Conforto Ambiental: Ergonomia e Acústica, do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz.

Prof. Orientador: Guilherme Marcon

CASCAVEL

2016

INTRODUÇÃO

O crescimento dos centros urbanos e surgimento de novas tecnologias de construção levaram ao aumento de questões sobre conforto acústico. Condições acústicas inadequadas geram vários problemas e incômodos, entre eles a dificuldade de comunicação, irritabilidade e até mesmo danos à audição e saúde.  

Na concepção de projetos de diferentes espaços atuam profissionais que prezam a qualidade desse ambiente em relação ao som: os arquitetos e ergonomistas. O ergonomista contribui para o planejamento, projeto e avalição dos ambientes e assim atua cada vez mais junto aos outros profissionais.  

Hoje a ergonomia vem ganhando mais importância e se tornando uma ferramenta fundamental na concepção de espaços, desde as primeiras ideias até o produto final e também na correção de problemas em busca do conforto. Além disso, a acústica arquitetônica ultrapassou os teatros, igrejas, estúdios, entre outros e passou a inserir-se em situações cotidianas: residências, salas de aula, escritórios, comércios e outros.

 O trabalho tem por objetivo apresentar conceitos e importância da ergonomia e acústica, identificando seu papel para o correto uso e desenvolvimento de atividades no ambiente construído. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica em conjunto com artigos publicados sobre o assunto.

        

ERGONOMIA

Segundo JAN DUL e BERNARD WEERDMEESTER (1995) a ergonomia surgiu durante a Segunda Guerra Mundial quando houve uma junção da tecnologia e as ciências humanas. Diversos profissionais se uniram com um único objetivo de resolver os problemas causados pela operação de equipamentos militares e os efeitos foram extremamente significantes a ponto de passar a serem usados em outras áreas.

DUL e WEERDMEESTER (1995) expõem que o termo “ergonomia” vem das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). Outro termo utilizado nos Estados Unidos é fatores humanos, ou seja, a ergonomia se relaciona com aspectos da atividade humana.

Os autores ainda relatam que a Associação Internacional de Ergonomia (IEA), criada no ano de 1961, representa mais de 40 países, sendo para ela a definição de ergonomia:

[...] é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. (IEA, 2009)

Para a Associação Internacional de Ergonomia (IEA) o termo se aplica em vários pontos da atividade humana. É fundamental que os ergonomistas tenham uma compreensão abrangente de todas as áreas desta disciplina. Os setores em que a ergonomia se aplica estão sempre mudando e assim surgindo novos meios de aplicação e evoluindo os que já existem. De uma maneira geral a ergonomia é dividida em três áreas: física, cognitiva e organizacional.

A ergonomia conforme os autores DUL e WEERDMESSTER (1995) aborda diferentes pontos: postura e movimentos do corpo, aspectos ambientais (ruídos e vibrações), informações, entre outros.  A correta conciliação desses elementos torna possível projetar ambientes adequados, confortáveis e funcionais melhorando a execução do trabalho e qualidade de vida. Além disso, a ergonomia se baseia em diversas áreas de conhecimento, sendo isso o que a difere das demais áreas.

O desenvolvimento da ação ergonômica na visão de ABRAHÃO et al. (2009) busca transformar o trabalho, agregar conhecimentos e projetar ou adaptar conforme a capacidade do homem com isso colocando em primeiro lugar o bem-estar, segurança, produtividade e qualidade. Em muitos casos a ergonomia é empregada nas questões de sons e ruídos, buscando soluções para os problemas existentes.

Conforme os autores, não são só mobiliários, espaços ou equipamentos que podem intervir no conforto do ser humano, mas também a quantidade de ruído. Nosso sistema sensorial compõe-se de receptores de estímulos sendo que estes agem nos sentidos, como por exemplo, a audição. Quando esse estímulo for de grande intensidade (níveis elevados de ruídos) podem resultar em efeitos negativos nas pessoas. (ABRAHÃO et al., 2009)

Para os autores, há dois princípios que se destacam quando tratamos de ergonomia aplicada à estímulos sonoros. Segundo o autor ABRAHÃO et al. (2009, p.124) primeiramente, é essencial isolar o homem dos efeitos danosos do ruído (apud IIDA, 2005). Ainda nos dias atuais, são vistos diversos trabalhadores expostos à elevados ruídos que podem muitas vezes se tornarem prejudiciais a saúde e bem estar.

O segundo quesito a se pensar, de acordo com ABRAHÃO et al. (2009) é a identificação de ao menos duas dimensões do ruído: enquanto fonte de informações significativas e o modo como esses elevados efeitos sonoros podem afetar o discernimento das informações significativas para o trabalhador.

Essas duas questões podem ser complementadas com informações dos autores DUL e WEERDMEESTER (1995), onde segundo eles apesar de sempre se sugerir a redução do nível de ruído ele não deve ser muito inferior, pois se o som for muito baixo qualquer barulho acaba se destacando e distraindo a atenção.

SOM X ESPAÇO CONSTRUÍDO

Para os autores GREVEN, FAGUNDES e EINSFELDT (2006) o homem está diretamente exposto aos sons e ruídos presentes no dia-a-dia sendo estes prejudiciais à saúde nos levando a buscar e propor soluções aos ambientes construídos. Sons e ruídos em excesso geram desconfortos e podem até levar à perda da audição.

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