Estudo de Caso Conjunto Residencial Santa Cruz
Por: Yasmin02Soares • 13/3/2018 • Projeto de pesquisa • 809 Palavras (4 Páginas) • 625 Visualizações
Estudo de Caso
Conjunto Residencial Santa Cruz
O Conjunto localiza-se na Rua Santa Cruz, Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo, entre a Avenida Ricardo Jafet e a Rua Embuaçu e abrange cerca de 29.435 m² de área construída num total de 61.900 m². Considerando que o fator clima é importante para a elaboração de qualquer projeto, o edifício está sob predomínio do tropical, com verões quentes e inverno seco.
Teve como autor projetual o engenheiro-arquiteto Marcial Fleury de Oliveira e como colaborador, o arquiteto Roberto José Goulart Tibau, sendo que sua construção ficou sob responsabilidade, a partir de 1947, do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (I.A.P.B), uma instituição criada para fins previdenciários voltados exclusivamente à classe trabalhadora dos bancários, extinta em 1966 após a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS).
Esteve inserido sob contexto da Era Vargas, onde, nesse período, houve a intervenção do Estado nos processos de produção, visando impulsionar e formar uma sociedade urbano-industrial e capitalista, além de ter ocorrido um aumento significativo nas taxas de crescimento da população e de urbanização, o que originou sérios problemas de assistência, habitação, saneamento e infraestrutura na época.
Foi implantado em um terreno para uso exclusivamente residencial, em uma área antes não urbanizada, sendo composta por 23 blocos com 3 pavimentos cada, totalizando 282 unidades construídas e uma densidade bruta de 240 habitantes por hectare (estimava-se cerca de 5 pessoas por apartamento). O conjunto é composto por edifícios, circulações e jardins, possuem uma unidade maior (de 89 m², com quartos menores e área de serviço maior) e uma menor (de 85 m² com quartos e área de serviço menores), além de contarem com um clube e uma cooperativa de moradores com posto de abastecimento e ambulatório médico.
Os edifícios de habitação foram implantados no sentido Leste-Oeste e com uma distância de aproximadamente 16 metros uma das outras, visto que, dessa forma, haveria uma insolação uniforme à todos e durante uma boa parte do dia. No espaço livre entre as unidades habitacionais, foram inseridas as passagens de acesso às moradias e as áreas com jardins; a passagem para carros foi intercalada com a de pedestres , de forma a percorrer todo o jardim, para que haja mais possibilidades de percurso em substituição a um único caminho para todos.
Voltado para a via de carros, estão a área de serviço, cozinha e um dos quartos. Áreas como sala e dois quartos, voltados para o jardim. Como cada bloco é considerado um edifício independente, o acesso se dá por uma caixa de escada central, restringindo a circulação vertical e a entrada para apenas 6 famílias, sendo 2 apartamentos por andar.
A composição dos blocos está em linha, com uma volumetria em lâmina, o que mantém, ainda, a independência dada aos acessos.
O sistema construtivo utilizado foi o concreto armado, por apresentar relativas vantagens quando trata-se de obras, como a economia por ser constituído por matérias-primas com custos não muito altos e por não exigir mão de obra muito especializada, por ser de fácil preparo e transporte. Os principais
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